As divergências entre PSB e Rede Sustentabilidade no que diz respeito à construção de alianças regionais foram tratadas com cautela durante a reunião da executiva nacional do PSB, na última terça-feira (21), na residência do governador e presidenciável Eduardo Campos, no Recife. Sabedores do peso do aliado, os socialistas presentes no encontro tentaram traçar soluções para os questionamentos colocados pela ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), mas que, se possível, não comprometessem alguns dos arranjos que estão sendo discutidos nos Estados.
Para equacionar situações como as verificadas em São Paulo e em Minas Gerais, onde integrantes da Rede exigem o lançamento de candidaturas próprias do PSB – como forma de descolamento do PSDB -, os socialistas decidiram que será empregado o discurso de que o projeto nacional precisa vir em primeiro lugar. No entanto, pretendem esticar o debate até o dia 25 de março para Marina Silva possa ser convencida de que em determinados Estados os atuais arranjos devam permanecer.
O comando nacional do PSB está tendo o cuidado de não tensionar a relação com o PSDB, uma vez que os dois partidos trabalham a construção de alianças em pelo menos 15 Estados. E, em alguns deles, os alinhamentos são considerados essenciais para a obtenção de sucesso nas urnas.
Na semana passada, o presidenciável e mandatário nacional da sigla, o senador Aécio Neves, afirmou que o PSB poderia ser prejudicado pelo fim de alianças como a de São Paulo. Dias depois, o parlamentar assegurou que a candidatura do deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) ao Governo de Pernambuco era uma possibilidade que ainda poderia ser estudada pela legenda. A declaração pegou até mesmo os tucanos pernambucanos, que acabaram de ingressar no Governo Eduardo Campos, de surpresa.
A cúpula do PSB quer evitar esse tipo de situação e encontrou no prologamento do seu debate interno uma saída para atuar nas duas frentes: junto à Marina e ao próprio PSDB.
Blog Folhape
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