sexta-feira, 14 de junho de 2013

Novos partidos: STF deve derrubar liminar

Os partidos de oposição no Senado se mobilizam para uma nova batalha contra os grande partidos governistas na retomada da votação do projeto de lei que inibe a criação de novos partidos. Ontem, antes mesmo da conclusão do julgamento no Supremo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota comemorando. Disse que prevaleceu a harmonia e independência dos Poderes, e classificou a retomada da votação como um marco para reafirmar a autonomia do Legislativo. O dia da nova tentativa de votação ainda depende da conclusão do julgamento do STF, mas os líderes da oposição antecipavam o discurso: a presidente Dilma Rousseff pagará por um desgaste desnecessário, porque a inconstitucionalidade do projeto certamente será reconhecida posteriormente pelo Supremo.
- Essa decisão define parâmetros para o processo legislativo e, definitivamente, esclareceu que não pode haver controle prévio de constitucionalidade. É um grande momento para o Congresso. O resultado não caracteriza nem vencedor nem vencido, quem ganha é a democracia - comemorou Renan.
- O bom senso recomenda que o presidente Renan proceda pelo arquivamento da matéria, porque ela divide muito o Parlamento. Mas se for aprovada, ingressaremos com uma Adin no STF - anunciou o líder do PSB, senador Rodrigo Rollemberg(DF), autor da ação que motivou a liminar que suspendeu a votação no Senado.
PT e PMDB lideram o movimento pela aprovação do projeto, com apoio de partidos aliados e mais o DEM. Pequenos partidos e o PSDB são contra. Para o líder do PT, senador Wellington Dias (PI), não houve surpresa:
- A tradição do Supremo é não apreciar mérito nem constitucionalidade de projetos.
O líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), estocou Dilma:
- O constrangimento era evidente por causa do caráter casuístico do projeto. Mas não sei se a presidente Dilma fica constrangida com essa truculência não! Para quem já disse que quem está em campanha faz o diabo, ela não deve se incomodar com isso.
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), defende o projeto:
- Quem errou ao liberar o tempo de TV e recursos do fundo partidário para o PSD foi a Justiça. Esses novos partidos não elegeram um só deputado - disse Raupp.

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