quarta-feira, 12 de junho de 2013

Ideli critica ameaça de obstrução do PMDB na votação dos vetos presidenciais e da LDO

A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse nesta quarta-feira que o governo "vê com preocupação" a mobilização dos parlamentares pela votação de vetos presidenciais e criticou a anunciada obstrução do PMDB e demais partidos nas matérias do Congresso, enquanto esta questão não for resolvida. Perguntada sobre a posição do PMDB da Câmara, Ideli disse não acreditar que o partido do vice-presidente Michel Temer, o PMDB, atue contra o governo e o país.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), disse ontem que o partido vai obstruir sessões das comissões mistas das medidas provisórias e a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, até que seja fixado um critério para a votação dos vetos presidenciais. A oposição também vai dificultar a votação da LDO.
— Não acredito que o PMDB, que é o partido do vice-presidente e que compartilha a responsabilidade de governo, tenha atitude de inviabilizar as votações estratégicas para o país. Esse tipo de ação é sempre importante realçar: não é ação contra governo, é uma ação que acaba trazendo consequências para o país, para todos os brasileiros — disse Ideli.
Ideli disse que aguarda a definição dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), sobre o critério de votação dos vetos.
— Para nós, obviamente, tem um alto grau de preocupação, porque os vetos, quando são feitos, são feitos com base em inconstitucionalidade, em questões de interesse público, de desequilíbrio fiscal. Têm vetos que, se forem derrubados, terão grande impacto nas contas públicas, na instabilidade fiscal e financeira do país. Portanto, é algo que, do ponto de vista do governo, exigiria uma alta dose de responsabilidade em tratar de determinadas matérias. Obviamente, vamos estar acompanhando, aguardando que o Congresso, como sempre tem sido, tenha essa corresponsabilidade com os destinos do país —disse Ideli.
Ideli disse que não havia conversado com o líder Eduardo Cunha nesta semana, mas acrescentou que está em permanente conversa com os parlamentares. Ela esteve na Câmara, em reuniões na liderança do governo na Câmara.
— É obvio que temos a relação dos pleitos, as exigências, as reivindicações justas e legítimas, mas atitudes que possam comprometer deliberações e encaminhamentos importantes para o país serão tratadas, se vierem a acontecer. Eu, particularmente, não acredito que o partido que compõe o governo de forma tão estreita, com a vice, tome atitudes desse tipo — reiterou a ministra. O Globo

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