terça-feira, 14 de maio de 2013

Marina Silva corre atrás de apoio em Fortaleza


A ex-senadora Marina Silva esteve, ontem, em Fortaleza, para reforçar a mobilização pela criação de um novo partido, o Rede Sustentabilidade. Para oficializar a legenda, é necessário  colher cerca de 500 mil assinaturas em pelo menos em nove estados. Entretanto, em menos de dois meses e meio, a arrecadação bateu recorde, mobilizando 300 mil cidadãos.
Em Fortaleza, a sigla já conseguiu cerca de três mil assinantes, com a perspectiva de ainda colher 50 mil. Além da mobilização para fortificar a arrecadação de assinaturas, segundo ela, a sua vinda ao Ceará, assim como em outros estados, também tem a finalidade  de reunir a militância e estimular os coletivos estaduais e municipais, fazendo discussões programáticas no campo das ideias.
Marina classificou como “oportunismo” a restrição ao acesso, pelos novos partidos políticos, ao tempo de propaganda eleitoral e gratuita e aos recursos financeiros  do fundo partidário. “Por que é que as regras só valeram até a criação do partido do  ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD)?”, indagou. Para Marina, “isso fere o princípio da isonomia e da impessoalidade”, em virtude de que, “não pode fazer uma lei de encomenda para prejudicar um grupo ou uma pessoa”.
A ex-ministra relatou que muitas pessoas, mesmo sendo de diferentes partidos, estão fazendo um gesto democrático de reconhecer que é legítimo  que se constitua uma força política que luta em prol do meio ambiente. “Quando o PV foi criado, nós, do PT, ajudamos a construí-lo. Eu sinto que esse movimento de solidariedade e respeito vem de todos os partidos e de pessoas como  Pedro Simon, Cristóvão Buarque, Heitor Férrer e Eduardo Suplicy”.
Segundo ela, o esforço é “programático”, mas não no sentido de realizar um movimento para “arrebanhar” deputados  e senadores. Para ela, as  pessoas que estão se vinculando ao Rede são aquelas que têm identidade com o programa, com o estatuto  e com a carta de princípio. “O nosso programa estabelece a sustentabilidade como eixo estratégico da nossa ação.
Entendo sustentabilidade, não o verde pelo verde, mas em um novo modelo de desenvolvimento que busca gerar prosperidade, melhoria da qualidade de vida das pessoas, com democracia, com respeito à adversidade, mas protegendo o meio ambiente”, disse.
Alianças e Campos
Sobre as futuras parcerias, reverberou que qualquer aliança na qual se coligar será feita sob o critério programático. “Os partidos, em si, em sua maioria, não dizem mais muita coisa. Para mim, as alianças programáticas não são só olhar para  programa. É preciso olhar para as trajetórias das pessoas”.

Indagada sobre a eventual candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à presidência da República, disse ser a favor que se tenha várias candidaturas, “para que se tenha a eleição de dois turnos”. Para ela, “só assim as pessoas podem discutir as propostas, e, no segundo turno, fazer os alinhamentos políticos e programáticos para definir quem será aquele que vai governar o País”.
O Estado CE

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