A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) rejeitou nesta quarta-feira (8) o voto distrital para eleição de vereadores em cidades com mais de 200 mil habitantes. Mas a decisão final sobre o projeto (PLS 145/2011) poderá ser dada pelo Plenário, ao qual o autor da proposta, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), anunciou que pretende recorrer.
Tanto Aloysio Nunes como o relator, senador Pedro Taques (PDT-MT), apontaram vantagens na mudança do sistema proporcional para distrital: menor custo das campanhas, contato mais estreito do eleitor com o candidato e fim do chamado "paraquedismo político" (em que um postulante sem vínculo com a comunidade é eleito por influência do poder econômico).
Mas prevaleceu o voto em separado apresentado pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), para quem os cidadãos de hoje percebem a vizinhança como um "laço menos estreito" e importante que a afinidade política em relação aos grandes temas do momento.
- O sistema proporcional é o mais adequado às condições modernas de vida, enquanto o voto majoritário cabia em sociedades mais tradicionais, com pouca difusão da informação, nas quais os vínculos pessoais, fundados na vizinhança, eram a principal fonte da confiança política entre representantes e representados.
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