O Governo do Estado concederá no próximo dia 25 a "Medalha da Abolição" aos empresários Yolanda Vidal Queiroz e Francisco Ivens de Sá Dias Branco, à jornalista Maria Adísia Barros de Sá e ao artista Francisco Anysio de Oliveira Paulo Filho (in memoriam). A outorga da comenda, que é a maior do Estado, para os quatro cearenses será publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (15) e está conforme o decreto nº 16.477, de 06 de abril de 1984. A entrega da comenda será feita pelo governador Cid Gomes durante cerimônia no Palácio da Abolição, às 19 horas.
A concessão da "Medalha da Abolição" tem duas características especiais. A entrega será realizada no aniversário de 129 anos da libertação dos escravos no Ceará e acontecerá na sede do Governo do Estado que tem como homenagem a abolição da escravatura. O Ceará foi a primeira província brasileira a extinguir o sistema escravista em seu território, em 1884 - quatro anos antes da Lei Áurea de 1888 - fato que originou o título de "Terra da Luz", dado por José do Patrocínio, um dos maiores jornalistas do abolicionismo brasileiro. Até mesmo Victor Hugo, celebrado poeta francês, enviou da França as suas saudações aos cearenses pelo pioneirismo na abolição dos escravos.
Sobre os homenageados:
Yolanda Vidal Queiroz
Nascida em Fortaleza, filha de Maria Pontes Vidal e Luis Vidal. Casou aos 16 anos com Edson Queiroz, de cuja união teve seis filhos: Airton, Myra, Edson Filho, Renata, Lenise e Paula, que já lhe deram 15 netos e 21 bisnetos. Companheira 24 horas da vida e empreendimentos do marido ao longo de 37 anos, Dona Yolanda participou de todas as etapas de fundação e crescimento do Grupo Edson Queiroz. Assim preparada, depois da morte precoce do fundador em junho de 1982, ela assumiu a presidência das empresas e imprimiu nelas excepcional ritmo de consolidação e expansão, de modo a incluir o Grupo Edson Queiroz entre os 100 maiores do Brasil, com 16 empresas atuando em setores diversificados, como educação superior, distribuição de gás, água mineral, fabricação de refrigerantes e sucos, metalurgia, comunicação, agropecuária, agroindústria e imobiliária.
Francisco Ivens de Sá Dias Branco
Nascido na cidade do Cedro, em 03 de agosto de 1934, é filho de Manuel Dias Branco e Maria Vidal de Sá Dias. É casado com Maria Cosuelo Saraiva Leão Dias Branco e tem cinco filho: Francisco Ivens de Sá Dias Branco Jr, Francisco Marcos Saraiva Leão Dias Branco, Francisco Clúadio Saraiva Leão Dias Branco, Maria regina Saraiva Leão Dias Branco e Maria das Graças Saraiva Leão Dias Branco.
Iniciou as suas atividades em 1953, em sociedade com o pai, Manuel Dias Branco, fundado r do Grupo. Ocupando o cargo de diretor industrial, foi responsável pelas principais inovações tecnológicas da empresa, confirmando a sua vocação para o setor. Em 1972, assumiu o cargo de presidente. Com a aquisição da Grupo Adria, em 2003, o Grupo M. Dias Branco passou a liderar o segmento de massas e biscoitos no Brasil. A compra daVitarella, em 2008, consolidou ainda mais essa liderança. Jpa no ano de 2011, outras duas aquisições: NPAP Alimentos LTDA – PILAR e Pelágio Participações S/A e J. Brandão Comércio e Indústria, detendtoras das marcas Estrela, Pelágio e Salsito. Em 2012, comprou o Moinho Santa Lúcia.
Atualmente, o Grupo é líder na fabricação de massas e biscoitos na América Latina, atuando, ainda, nos ramos de moagem de trigo (CE, RN, BA e PB), refinaria de óleos, gorduras e indústria de margarina, além do setor imobiliário e de hotelaria, tendo, também um porto privado.
Maria Adísia Barros de Sá
Nascida na cidade de Cariré, em 1929, é filha de José Escolástico de Sá e Hermínia (Mimosa) Barros de Sá. Professora Titular (aposentada), da Universidade Federal do Ceará (UFC), e professora aposentada da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Bacharela e Licenciada em Filosofia, pela Faculdade Católica de Filosofia do Ceará. Livre Docente, com grau de Doutor, em “Fundamentos de Filosofia e Comunicação”, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Lecionou nos Colégios Rui Barbosa, Santa Lúcia, Farias Brito e Justiniano de Serpa – da qual foi Diretora Geral. É do grupo fundador do Curso de Comunicação Social da UFC e do grupo fundador e primeira presidente da Associação Brasileira de Ouvidores, seção do Ceará.
Adísia trabalhou nos jornais Gazeta de Notícias (1955/1970), O Estado (Articulista, Diretora) ; AM O Povo CBN (Foi Diretora Executiva: atualmente é comentarista diária. Ombudsman do O Povo (1994) (1995)(1997) – foi a primeira no Ceará. Foi comentarista da TV União e da TV Jangadeiro. É sócia da Associação Cearense de Imprensa (ACI), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará e integra a Comissão de Ética da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). É membro do Conselho Editorial do O Povo e comentarista diária da Rádio AM OPOVO/CBN.
Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho (in memoriam)
Nascido em Maranguape em 12 de abril de 1931 e falecido em 23 de março de 2012, no Rio de Janeiro. Filho de Francisco Anysio de Oliveira Paula e de Haidée Viana de Oliveira Paula. Foi humorista, ator, dublador, escritor, compositor e pintor, Chico se destacou em todas as atividades que se dedicou, mas foi com o humor sofisticado e popular ao mesmo tempo que ganhou espaço no coração dos brasileiros.
Chico Anysio mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro quando tinha seis anos de idade. Decidiu tentar fazer um teste para locutor de rádio quando a sua irmã também faria. Saiu-se excepcionalmente bem no teste, ficando em segundo lugar, somente atrás de outro jovem iniciante, Sílvio Santos. Na rádio na qual trabalhava, a Rádio Guanabara, exercia várias funções: radioator, comentarista de futebol, etc. Participou do programa Papel carbono de Renato Murce. Na década de 1950, trabalhou nas rádios "Mayrink Veiga", "Clube de Pernambuco e Clube do Brasil. Nas chanchadas da década de 1950, Chico passou a escrever diálogos e, eventualmente, atuava como ator em filmes da Atlântida Cinematográfica.
Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado com Secretaria da Justiça do Estado
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