quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Vereadora acusada de forjar o próprio sequestro é solta




O último balanço referente aos dois primeiros dias de inscrição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), fechado às 17h dessa terça-feira (8), foi apresentado pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que recomendou aos estudantes que analisem com calma todas as opções de cursos, já que alguns dos mais procurados têm notas de corte muito altas.

“Tem curso com oferta de cem vagas para quase nove mil inscritos. Quem estiver muito abaixo da linha da corte não vai conseguir entrar. O estudante deve tentar analisar outras opções do mesmo curso ou um próximo daquele que queira fazer, se de fato quiser entrar numa faculdade pública”, observou o ministro.

A vereadora de Ponta Grossa (PR) Ana Maria Holleben (PT), que segundo a polícia forjou o próprio sequestro, foi solta na tarde desta quarta-feira. Ela estava presa desde o último dia 2 de janeiro no quartel do Corpo de Bombeiros da cidade. A ordem de soltura foi expedida pela 2ª Vara Criminal de Ponta Grossa.

De acordo com a polícia, a vereadora forjou o próprio sequestro para não ter de participar da eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal. O grupo político da petista disputava a direção da Casa, mas ela se recusava a seguir a orientação do partido.

O desaparecimento da vereadora de 60 anos, que cumpre o terceiro mandato, mobilizou a imprensa e a polícia do Paraná. Inicialmente, o caso foi tratado como um sequestro, já que na terça-feira o motorista relatou à polícia que ela foi levada por homens armados logo após deixar a cerimônia de posse, que ocorreu em um teatro da cidade. No entanto, o rastreamento dos celulares ajudou a desmontar a farsa. 

Além da vereadora, três pessoas que participaram do falso sequestro foram presas, e depois soltas na última segunda-feira, quando expirou o prazo de prisão temporária. Segundo a polícia, todos serão indiciados por falsa comunicação de crime, fraude processual e formação de quadrilha. Nesta terça-feira, o quinto suspeito de envolvimento no caso, que estava foragido, se apresentou à polícia.

Segundo o advogado da vereadora, Fernando Madureira, ele deve seguir para uma clínica de reabilitação para tratar uma crise de depressão. Ainda segundo o advogado, ela só deverá prestar depoimento oficial à Polícia Civil e à Câmara Municipal após o tratamento, que deve durar 20 dias. "Tudo o que posso adiantar é que o sequestro não ocorreu e que também não aconteceu um 'falso sequestro'", disse.

CPI - A conduta da vereadora vai ser alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal. Segundo o novo presidente da Casa, Aliel Machado (PC do B), até agora o pedido de CPI recebeu a adesão de 17 parlamentares. A CPI só deverá começar os trabalhos em fevereiro, após o fim do recesso parlamentar, quando os funcionários da Casa voltam ao trabalho.

De acordo com o advogado da vereadora, Ana Maria deverá protocolar nesta quinta-feira um pedido de afastamento de 20 dias.

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