quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Silêncio de Lula mantém aberta a janela para sua candidatura em 2014


Enquanto fica calado a respeito de sua candidatura a presidente da República em 2014, o Lula continua dando lições sobre como governar e que rumos o país deve adotar em política externa e em  muitos setores da política interna.  Além de confirmar o início de viagens por todo território nacional, certamente que não para caçar borboletas. Em vez dele, seus ex-ministros Paulo Okamoto, PauloVanuchi e Luís Dulci acabam de declarar, ainda que sem muita ênfase, que o ex-presidente apóia a reeleição de Dilma Rousseff. 
                                                                  Pode ser, mas não deixa de se registrar no palácio do Planalto um certo receio de  o antecessor atropelar a sucessora. É de mestre-escola o comportamento  do Lula diante de Dilma, na medida em que permanece avançando palpites variados sobre funções que não exerce mais.
                                                                  No fundo situam-se algumas variáveis. Primeiro, de que setores consideráveis do PT estimulam a volta  do ex-presidente nas próximas  eleições,  frustrados que estão por Dilma não ter dividido o poder com eles, em condomínio. Depois, porque em dois anos a popularidade da presidente pode cair, caso a economia não se recupere. As forças que dão respaldo ao governo também  poderão surpreender, exigindo mais espaços. Sempre em aberto estarão os  inusitados. 
                                                                  Por tudo isso, o Lula  mantém aberta a janela de sua candidatura, mobilizando seu “ministério das sombras” para dizer o que ele não diz.   Está previsto para sexta-feira, em São Paulo, mais um encontro entre o criador e a criatura.

Carlos Chagas

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