Recepção fria no encontro entre Dilma e Aécio em Minas

Clima frio e protocolar marcou o encontro dos dois prováveis protagonistas da corrida presidencial de 2014, a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), na última sexta-feira, 21, em Belo Horizonte. A petista e o tucano participaram na capital mineira da reinauguração do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, e, ao menos em público, trocaram apenas cumprimento formal e não se falaram mais.

Ambiente não tão amistoso também era visível entre a presidente e o prefeito da capital, Marcio Lacerda (PSB), que rompeu com o PT às vésperas da eleição de outubro e, com campanha comandada por Aécio, derrotou o candidato da presidente - o ex-ministro Patrus Ananias - e se reelegeu no primeiro turno.

Dilma chegou ao local na tarde de sexta acompanhada do governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB). Cumprimentou rapidamente Aécio, que já aguardava no estádio. A presidente ainda percorreu parte das novas instalações ao lado dos tucanos e dos ministros Aldo Rebelo (Esporte), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Helena Chagas (Secretaria de Comunicação da Presidência) e José Henrique Carvalho (Gabinete de Segurança Institucional) e de outras autoridades.

Durante a “vistoria”, transmitida pelos telões instalados no estádio, Dilma manteve conversas com Anastasia, mas praticamente não falou com Aécio - que, na cerimônia oficial, sentou-se em outra fila, atrás da presidente.

“Revolução gerencial”
Apesar de não discursar, o senador foi homenageado nas falas do governador e do prefeito, em meio a aplausos de dezenas de autoridades. Além de elogiar os tucanos, Lacerda não citou em nenhum momento de seu discurso a presidente, que manteve todo o tempo semblante de indiferença “Quis homenagear o governador anterior e o atual porque eles iniciaram uma revolução na forma de tocar o Estado. Em Minas se iniciou um processo de revolução gerencial”, justificou o prefeito do PSB, após o evento.

No seu discurso, Dilma lembrou que boa parte das obras para a Copa do Mundo são realizadas com recursos do Governo Federal. Salientou ainda que a própria reforma do Mineirão, feita a um custo de R$ 665,8 milhões, teve R$ 400 milhões de financiamento do BNDES “com juros subsidiados”.

Rompidos, Aécio e Pimentel, que se uniram em 2008 para lançar a primeira candidatura de Marcio Lacerda, também se cumprimentaram apenas protocolarmente. (da Agência Estado)

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ENTENDA A NOTÍCIA

Aécio Neves tentou ser candidato a presidente da República em 2006 e, com mais ênfase, em 2010. Foi preterido em ambas, mas agora desponta como nome favorito do PSDB para enfrentar Dilma Rousseff em 2014.

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