A deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) lançou nesta sexta-feira sua candidatura à presidência da Câmara. A atual vice-presidente da Casa vai concorrer com o líder da sua legenda, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), escolhido pelo partido e favorito para vencer a disputa.
"Eu poderia tê-lo feito em vários momentos, mas eu me sentiria como oportunista se o fizesse [lançar a candidatura]. Faço isso numa Casa vazia, mas eu tenho certeza de que eu terei um momento, apesar de não ter tido oportunidade de falar para todas as bancadas", afirmou em sessão esvaziada hoje.
Rose já havia confirmado que disputaria a presidência da Câmara nas últimas semanas, mas pela primeira vez falou em plenário sobre o tema. A deputada destacou que apoiou as candidaturas de Alves à liderança do PMDB e disse que exigiu a votação das reformas política e tributária, além de mudanças internas na Casa. No entanto, apontou que demandas feitas ao correligionário e adversário ao comando da Câmara não foram cumpridas.
Em outra parte de sua fala, a pemedebista afirmou que "a intimidade do poder corrompe a simplicidade, a objetividade, a humildade". E rejeitou ter lançado sua candidatura por um "jogo de vaidade" ou por ânsia de poder.
"Então, quem está falando aqui é quem está no sexto mandato, esperando a mudança. A paciência do povo tem limite. Ninguém pode mais dizer que é a imprensa quem denigre a imagem da Casa. Quem denigre a imagem da Casa somos nós, que a cada dia concedemos mais um dedo, mais um anel, mais a paciência, mais uma concessão sobre projeto tal", declarou.
Em seu discurso, Rose apontou que, hoje, o plenário da Câmara está insatisfeito porque os projetos de lei não são votados. Defendeu a autonomia da Casa em meio às decisões do Judiciário sobre temas que seriam de competência do Legislativo, como a votação dos vetos ao projeto dos royalties do petróleo.
"Não esqueçam que nós estamos permitindo que isso seja feito porque nós não fizemos nosso dever de casa, não decidimos na hora certa e ficamos às vésperas de uma eleição com prerrogativas que nunca foram aceitas, nunca foram colocadas em prática. Nós não sabemos quais são as regras de uma eleição", disse.
A deputada recebeu apoio dos deputados Izalci (PSDB-DF) e Roberto de Lucena (PV-SP).
Folha

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