quinta-feira, 17 de março de 2016

Renato Roseno diz que o momento nacional requer firmeza

O deputado Renato Roseno (Psol) fez pronunciamento nesta quinta-feira (17/03), durante primeiro expediente da Assembleia Legislativa, para avaliar o cenário político nacional. Segundo ele, há um clamor da população brasileira e o momento requer serenidade e firmeza. “Estamos vendo uma situação de conflagração social, beirando a irracionalidade, e se voltará contra aqueles que querem mais democracia, se as forças da sociedade não se organizarem”, alertou.
Para Renato Roseno, os argumentos da oposição são usados para legitimar as intenções. O parlamentar revelou que o patronato está ameaçando a cidadania, quando se reúne e resolve paralisar a produção. “Empresários estiveram reunidos e querem fazer o lockout. Não se pode cair no vale tudo. Se o condomínio eleitoral do PT/PMDB caiu no vale tudo, o vale tudo não vale para apeá-lo do poder”, ressaltou.
“O Governo está fraco, em conseqüência da agenda econômica equivocada, que levou ao desemprego e queda da arrecadação. Não se pode querer apoio popular com uma agenda anti-povo. Há também a reprodução da tecnologia da corrupção que corrói a sua legitimidade”, avaliou.
Para o parlamentar, as agendas econômica e política são indefensáveis. “O governo está provando da mesma medida discricionária que ele próprio criou. Não posso me associar a quem rasga as garantias. Mas não queremos substituir um corrupto por outro. Está havendo um jogo de hipocrisia. Há gente que se traveste de vestal apenas para se aparelhar com o Estado. Só o povo organizado pode apontar uma saída”, pontuou.
De acordo com o deputado, se as garantias constitucionais não são respeitadas para os mandatários da nação, também não são respeitadas para os jovens da periferia. Para ele, há um clamor inflado pelas corporações
Na visão de Renato Roseno, estamos vendo a dissolução completa do Governo e há um acordo de cúpula, querendo colocar outro condomínio eleitoral no poder, formado por PMDB e o PSDB. “Tem de haver organização da sociedade, para defender a democracia e a garantia de seus direitos. Há a necessidade de um terceiro campo, que rejeite o ajuste fiscal e outras medidas contra o povo. Há uma disputa de poder cruel, e muitas pessoas estão sendo manietadas e servindo apenas de massa de manobra”, acentuou.

Lula assume como chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu nesta quinta-feira como chefe da Casa Civil da presidente Dilma Rousseff, em uma cerimônia com ambiente de comício político que atribui a "golpistas" as denúncias de corrupção que desestabilizam o governo.

"Não vai ter golpe! Não vai ter golpe", gritaram no Palácio do Planalto, interrompidos por um opositor que gritou: "Vergonha!", em meio a vaias dos presentes.


Operação Lava Jato completa dois anos

A Operação Lava Jato chega hoje (17) a dois anos de investigações com 93 condenações e R$ 2,9 bilhões devolvidos pelos investigados. Os trabalhos começaram em 2009, quando o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, começou a apurar as operações financeiras do doleiro Alberto Youssef.
De acordo com dados recentes levantados pela força-tarefa de procuradores que atua na Lava Jato, os desvios na Petrobras envolvem cerca de R$ 6,4 bilhões em propina a ex-diretores da estatal, executivos de empreiteiras que assinaram contratos com a empresa e agentes públicos. Até o momento, foram recuperados R$ 2,9 bilhões e repatriados R$ 659 milhões, por meio de 97 pedidos de cooperação internacional. O total do ressarcimento pedido pelo Ministério Público Federal a empreiteiras e ex-diretores da Petrobras chega a R$ 21, 8 bilhões.
Em dois anos, Sérgio Moro proferiu 93 condenações, sentenças que somam 990 anos e sete meses de pena. Os crimes são corrupção, tráfico transacional de drogas, formação de organização criminosa e lavagem de ativos. As investigações também contaram com 49 acordos de delação premiada e cinco acordos de leniência com empresas.
As  investigações preliminares da Lava Jato começaram em 2009, a partir da apuração do envolvimento do então deputado federal José Janene (PP), que morreu em 2010, com os doleiros Alberto Youssef e Carlos Habib Charter.
Em 2013, a Polícia Federal descobriu quatro organizações criminosas, todas comandadas por doleiros. Com base no monitoramento dos suspeitos, os investigadores chegaram a Paulo Roberto Costa, que recebeu um veículo da marca Land Rover como presente do doleiro Alberto Youssef.
A partir daí, por meio de depoimentos de delação premiada, os investigadores descobriram a participação de dirigentes de empreiteiras, que organizaram um clube para combinar quais as empresas que participariam das licitações da Petrobras.
(Agência Brasil)

Roberto Mesquita lamenta delicado momento político do País

O deputado Roberto Mesquita (PSD) ocupou a tribuna do Plenário 13 de Maio, durante o segundo expediente e tempo de liderança da sessão plenária desta quarta-feira (16/03), para lamentar a atual situação política do País.
Segundo o parlamentar, o Brasil está encarando a falência do seu modelo político, está à deriva e sem líderes capazes de conduzir o seu destino.
“Vivemos um momento de completa desilusão e até falta de compreensão de algumas pessoas em relação ao cenário atual, pois temos até movimentos pedindo a volta da Ditadura Militar, o que só pode ser explicado pela falta de amparo sentido pela população”, comentou o deputado.
Roberto Mesquita avaliou ainda que “não há mais ambiente para a continuidade do mandato da presidente Dilma Rousseff, e o que agrava ainda mais a situação é que os seus sucessores naturais também estão envolvidos nas denúncias de corrupção, fazendo com que o povo assista ao desmanche das instituições democráticas”.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PMDB) também lamentou o delicado momento da política nacional e a situação do País no cenário internacional. Ainda de acordo com a parlamentar, a presidente Dilma deveria renunciar ao mandato se realmente tivesse amor ao País.
“Estamos virando um vexame internacional, com um investigado pelo Ministério Público de São Paulo, o ex-presidente Lula, sendo indicado para um Ministério da República. Falta decência e respeito pelo país que ele próprio governou”, pontuou a peemedebista.

Audic Mota defende rompimento do PMDB com Governo Federal

O deputado Audic Mota (PMDB) defendeu, no primeiro expediente da sessão plenária desta quinta-feira (17/03), o rompimento definitivo do PMDB com o PT em âmbito federal. Segundo o parlamentar, a atual conjuntura nacional impõe que o seu partido se desligue imediatamente do Governo Federal.
De acordo com o deputado, “o modelo de governo petista é fracassado e tem atentado contra a dignidade do povo brasileiro, desrespeitando as instituições e o Estado democrático de direito”.
Audic Mota apontou ainda a estagnação da República em todos os sentidos no atual momento. “O Brasil vive os dias mais sujos e sórdidos de sua democracia, com uma instabilidade econômica como antes não se via, e necessitando de um novo despertar”, salientou.
O peemedebista também comentou sobre o episódio dos áudios grampeados pela Polícia Federal envolvendo o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff.
“Assistimos nos noticiários de ontem mais uma cereja no bolo da corrupção no Governo, com o ex-presidente Lula se movimentando para interferir nas investigações da Polícia Federal, agindo nas sombras e revelando o seu mau caráter”, pontuou Audic Mota.
Em aparte, o deputado Ely Aguiar (PSDC) considerou que o PMDB tem grande parcela de responsabilidade no delicado momento político do país.
“O PMDB tem culpa grande em toda esta situação porque conviveu com o PT durante todo este tempo, sendo conivente com os seus desmandos. A verdade é que o país não merece os políticos que tem, e que devem ser banidos da vida pública”, assinalou Ely Aguiar.     

Deputado grita "vergonha" em posse de Lula na Casa Civil e é retirado

A posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como chefe da Casa Civil gerou um momento de tensão no Palácio do Planalto. Quando o nome de Lula foi anunciado, entrando no salão nobre do Palácio, militantes e representantes de movimentos sociais gritaram "Ole ole ole ola Lula Lula" e "Dilma guerreira mulher brasileira".


Poucos momentos antes da solenidade, o deputado Major Olímpio (Solidariedade-SP), classificou como "vergonha" o que estava acontecendo. Imediatamente ele foi cercado por militantes, que o xingaram de golpista e fascista. O parlamentar deve de ser retirado do salão nobre pela segurança da presidência.
Correio Braziliense

Temer não comparece na posse de Lula

O vice-presidente Michel Temer não vai comparecer à posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil. Segundo assessores ligados ao PMDB, ele considera Lula um problema. Temer também afirma que a insistência do deputado federal Mauro Lopes, que é da legenda, em assumir a Aviação Civil é uma afronta ao partido. O PMDB havia determinado que ninguém da legenda aceitasse ministérios. 

Manifestantes pró e contra governo entram em confronto em Brasília

Policiais militares fazem um cordão de isolamento com homens e carros no caminho entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, onde ocorre a posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil. Manifestantes pró e contra o governo já trocaram agressões. A polícia chegou a usar spray de pimenta para conter a confusão. Pelo menos duas pessoas foram presas.
A todo momento, ocorrem provocações e pequenos confrontos. A PM já evitou o linchamento de uma pessoa favorável ao governo. Ao menos 300 manifestantes de cada lado estão no local e 1.200 policiais fazem a segurança

Comissão do Impeachment já tem um cearense com vaga garantida

Na comissão do impeachment que será eleita nesta quinta-feira, em Brasília, pelo voto aberto, há um cearense com vaga assegurada: Danilo Forte que, com mais três do partido, será indicado pelo PSB.
Eduardo Cunha decidiu eleger e instalar essa comissão ainda nesta quinta-feira, depois que o STF manteve na íntegra sua decisão que invalidou parte do rito do impeachment.
Danilo Forte não esconde sua posição: quer a saída da presidente Dilma Rousseff.
Eliomar de Lima

PSB entra com medida cautelar no STF para impedir posse do ex-presidente Lula

O PSB entrou com uma medida cautelar no Supremo Tribunal Federal para impedir a posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil. O partido alega que houve descumprimento da Constituição Federal, já que a nomeação tenta invalidar as investigações da operação Lava-Jato. A posse está marcada para esta manhã.

Cid e Ciro Gomes bate boca com manifestantes contrários a Dilma

O ex-governador do Ceará e ex-ministro da Educação na gestão da Presidente Dilma Rousseff, Cid Gomes (PDT), bateu boca com manifestantes que protestavam do lado de fora do Palácio da Abolição, na madrugada desta quinta-feira, 17. O pedetista é favorável ao governo da petista. 

Apesar de a confusão não ter agressão física, o embate entre Cid e os manifestantes foi bastante calorosa. “O que vocês querem?”, perguntou o Ferreira Gomes ao grupo. Queremos o Lula na cadeia e Dilma fora”, diz um deles.  “Bolsonaro, Bolsonaro, Bolsonaro”, eram os gritos de alguns manifestantes que discutiram contra Cid Gomes.



Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da República em 2018, também entrou na discursão ao chegar a residência do irmão Cid. Exaltado e reclamando invasão de privacidade, Ciro falou em fascimo e, em momento de desabafo, até se referiu ao ex-presidente Lula. Chamou Lula de "m…" e reiterou que os manifestantes, em plena madrugada, estavam tentando constranger seu irmão.


Bancada do PRB decidiu por unanimidade deixar base de Dilma


O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, anunciou nesta quarta-feira (16), que seu partido deixará a base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo o dirigente, a legenda colocará o Ministério do Esporte, ocupado por George Hilton atualmente, "à disposição" da petista. Ele afirmou que as bancadas da sigla adotarão postura de "independência" na Câmara e no Senado. Pereira disse que a decisão de desembarque do PMDB foi aprovada durante reunião na tarde desta quarta-feira, 16, por unanimidade, pela bancada do PRB na Câmara, composta por 21 deputados. De acordo com ele, a decisão foi motivada pelo agravamento da crise econômica e política. "Estamos escutando a voz das ruas. Não estamos vendo norte para a situação que o País vive", justificou. 

Questionado por que o ministro do Esporte do PRB não apresenta um pedido de renúncia do cargo, o presidente nacional do PRB afirmou que não é necessário. De acordo com o dirigente, é de praxe o partido "colocar o ministério à disposição", cabendo a presidente Dilma Rousseff decidir se demite o ministro ou não. Líder do bloco partidário formado pelo PRB, PTN, PTdoB e PSL, o deputado federal Celso Russomano (SP) afirmou que a decisão de desembarcar do governo não tem nada a ver com o anúncio de nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil, no lugar de Jaques Wagner. "Essa foi uma posição partidária", disse o parlamentar, pré-candidato a prefeito de São Paulo. 

O presidente nacional do PRB afirmou que o senador Marcelo Crivella (PRB) disse que também adotará postura independente no Senado. Crivella, contudo, deve desembarcar do PRB. Segundo já mostrou o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, o senador está negociando sua filiação no PSB.