segunda-feira, 15 de junho de 2015

Ceará registra 12 casos de meningite este ano


Apesar de estar em evidência após a notificação de três mortes, entre as quais a do deputado estadual Wellington Landim, a ocorrência de meningite no Ceará continua com o mesmo padrão desde 2012, diz nota técnica divulgada pela Secretaria da Saúde do Estado.

Segundo a secretaria, neste ano, até maio, foram constatados 12 casos da doença e dois óbitos no estado. O terceiro caso confirmado foi o do deputado, que morreu no dia 9.

De acordo com secretaria, o maior número de casos de meningite costuma ocorrer entre janeiro e maio. O infectologista Robério Leite, do Hospital São José, em Fortaleza, explica que o fato tem a ver com o período do ano em que há mudanças significativas no clima do Ceará. As chuvas e a alta umidade facilitariam a transmissão da doença no estado nesse período, diz o médico.

Ao comparar os dados de janeiro a maio de anos anteriores, a secretaria demonstra que houve redução nos números da doença. Em 2012, foram confirmados 56 casos. Em 2013 e 2014, foram 23 e 16, respectivamente. O número de pessoas que morreram de meningite também: em 2012, foram notificadas 18 mortes, em 2013, oito e, em 2014, quatro.

A meningite que acometeu o deputado Wellington Landim é a do tipo pneumocócica, causada por uma bactéria pouco transmissível, mas que desenvolve uma forma muito grave da doença.

O tipo que tem mais possibilidade de causar surtos é a meningite meningogócica, também bacteriana. Robério Leite ressalta que esse tipo de meningite costuma afetar mais os adolescentes. “Não existe uma explicação para isso, mas é possível que seja pelo fato de eles conviverem em grupos muito próximos.”

A prevalência entre os jovens está expressa na nota técnica da Secretaria da Saúde, segundo a qual a maior incidência da doença este ano é na faixa de 15 a 29 anos. O dado deste ano se baseia principalmente na ocorrência de meningite entre detentos do sistema penitenciário cearense: houve quatro casos em dois presídios. Um detento morreu. Para evitar que outros presos contraíssem a doença, foi feita a chamada quimioprofilaxia: todas as pessoas que atuavam nas unidades tomaram antibióticos específicos.

A meningite pneumocócica afeta principalmente crianças, que tem o sistema imunológico mais frágil. Por isso, o infectologista alerta que é importante vaciná-las antes dos 2 anos de idade. “A vacinação é feita na rotina para prevenir que a pessoa seja colonizada (pelas bactérias), evitando que desenvolva a doença. Eventualmente, em casos de surto grande, é preciso realizar o bloqueio com vacina.”

O calendário nacional de imunização inclui quatro tipos de vacina contra meningite, que são aplicadas em crianças de até 4 anos de idade (entre elas a BCG, aplicada em recém-nascidos). A primeira implantada foi a chamada pentavalente, que protege contra meningite e outras infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B.

De acordo com o Robério Leite, essa vacina praticamente erradicou a meningite no Brasil e no mundo entre as crianças. Em 2010, o Ministério da Saúde incorporou as vacinas pneumocócica conjugada 10-valente e a meningocócica conjugada C, tipo que mais circula no Brasil. O infectologista estima que entre 60% e 70% dos casos de meningite notificados no país são causados por esse sorogrupo da bactéria.

Outras vacinas recomendadas para crianças, mas que não estão no calendário nacional de imunização, são as que protegem contra os menigococos tipos A, C, W e Y (vacina quadrivalente) e tipo B, que começou a ser comercializada em maio.

Correio Braziliense

Polícia Federal realiza operação no Tribunal de Justiça do Ceará

Polícia Federal (PF) cumpre mandados de busca e apreensão no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), na manhã desta segunda-feira, 15, em Fortaleza. O  caso segue sob segredo de Justiça e a PF disse que não vai se pronunciar.
Por volta das 9 horas da manhã, três agentes da PF entraram no prédio do tribunal, mas não quiseram falar com a imprensa. O TJCE informou, por meio de sua assessoria, que não tem informações sobre a operação.
Mais informações em instantes. 
O POVO

Deputados evangélicos são os mais populares nas redes sociais

A guinada à direita no perfil das manifestações de rua entre junho de 2013, ápice do movimento pela redução das tarifas de transporte, e março de 2015, quando milhões marcharam pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff em todo Brasil, é refletida também no perfil do Congresso Nacional. Segundo uma pesquisa inédita feita pelo departamento de pesquisa do grupo Máquina da Notícia, os deputados mais populares nas redes sociais são filiados a legendas conservadoras e/ou evangélicas.
Deputado eleito pela Bahia, Irmão Lázaro (PRB), que é pastor evangélico, registra, se somadas todas as redes sociais, interação com 8.333.003 pessoas. Em segundo lugar está o deputado paulista Celso Russomano, que também é do PRB, legenda que orbita na área de influência da Igreja Universal do Reino de Deus: 512.607 internautas interagem com ele no Facebook, no Twitter e no YouTube. No ranking dos partidos com mais alcance entre os eleitores nas redes sociais, o PRB também lidera, seguido por PSB e PSDB.
Entre as mais conhecidas redes sociais, o Facebook é a principal ferramenta, com alcance médio de 63 mil curtidas por página oficial dos eleitos para a Câmara. A surpresa ficou com o Instagram, que mesmo não tendo sido amplamente utilizado na campanha de 2014, passou o Twitter e aparece como a segunda rede mais acessada pelos parlamentares entrevistados.
Na abordagem qualitativa, a maior parte dos entrevistados declara consumir múltiplas fontes de informação na internet. Quando o tema é confiança, os jornais impressos continuam na liderança, com três vezes mais confiança do que publicações alternativas, como blogs e páginas de internet. O levantamento foi feito entre dezembro de 2014 e maio de 2015 nas redes sociais utilizadas pelos deputados eleitos.
(Fonte: Estadão Conteúdo)

Que entrevista de Dilma para o programa do Jô...

Era de se esperar que causasse polêmica a entrevista concedida pela presidente da República, Dilma Rousseff, ao “Programa do Jô, na madrugada de sexta para sábado. Não cabe a este blog sobre televisão opinar a respeito do que a presidente (felizmente Jô não a chamou de “presidenta”) disse em 1 hora e 9 minutos de conversa. Mas cabe, sim, falarmos sobre como foi conduzida a dita entrevista. E nesse quesito deixou a desejar.
Houve quem reclamasse – e não foram poucos – da falta de agressividade por parte de Jô. Não creio que fosse o caso. Um bom entrevistador não precisa ser feroz ou grosseiro. Por outro lado, deve ser incondicionalmente incisivo. E isso Jô não foi. Incomodou, inclusive, um certo tom laudatório, dispensável por parte de quem está na posição de perquiridor.
Bastaram poucos minutos de programa para notarmos que aquela não seria uma entrevista de questões contundentes e respostas esclarecedoras. A impressão era de que Jô seguia uma pauta, lendo em seu tablet perguntas cujas respostas já estavam na ponta da língua da entrevistada. Respostas, aliás, que em momento algum foram contestadas pelo entrevistador. E nem era preciso muito preparo por parte deste para levantar alguns pontos muito mal explicados.
A entrevista concedida ao “Programa do Jô” segue uma estratégia de marketing para criar empatia entre presidente e cidadãos. Obama é um mestre em aparecer em programas populares – de Ophah Winfrey a Ellen DeGeneres e David Letterman. Em nenhuma dessas atrações o presidente norte-americano foi hostilizado ou colocado contra a parede. Ao contrário: contou intimidades familiares e até dançou. Algo de errado nisso? De forma alguma. Era o combinado. Mas nesse caso o jogo era claro: Obama estava lá para mostrar seu lado ameno e humano, não para falar de política.
Não haveria problema algum se a entrevista de Jô tivesse como pauta a intimidade da presidente. Acontece, porém, que ela foi ao ar travestida de discussão sobre temas sociais e políticos. Nesse caso, deveria ser mais inquisitiva e contestatória em vez de levantar a bola para Dilma cortar.

Jeferson de Sousa

Morre aos 82 anos Zito, ex-jogador do Santos e da seleção

Morreu no fim da noite deste domingo (14) o ex-jogador Zito, aos 82 anos. José Eli de Miranda é um dos grandes nomes do futebol brasileiro, um dos líderes da melhor fase do Santos - ao lado de Pelé, nás décadas de 1950 e 60 - e volante bicampeão do mundo com a seleção brasileira em 1958 e 1962. 
A informação veio do ESPN.com.br, site da emissora ESPN, que confirmou com a assessoria do Santos. O velório e o enterro serão na manhã desta segunda-feira (15). O corpo será levado à cidade de Roseira, no interior paulista.
A causa da morte não foi informada, mas Zito havia sido socorrido por conta de um AVC no ano passado. Ele recebia cuidados de UTI na própria casa desde o ocorrido. O ex-jogador também sofria de Mal de Alzheimer.
A diretoria do Santos decretou luto de sete dias. Nas redes sociais, várias pessoas se pronunciaram a respeito, entre elas Neymar, que está disputando a Copa América e tem relação de apego com Zito - foi ele quem indicou o craque da seleção ao clube paulista.

Missa de 7º Dia de Wellington Landim

Será realizada, hoje, em Fortaleza, a missa de sétimo dia do deputado Welington Landim, falecido na última terça-feira (9). A celebração ocorre às 18h, na Igreja Matriz São Vicente de Paulo, no bairro Dionísio Torres. O deputado morreu aos 59 anos, acometido de meningite bacteriana, e seu corpo foi enterrado em Brejo Santo, sua terra natal. O deputado Landim estava no quinto mandato na Assembleia Legislativa. Atualmente, era vice-presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Ele foi eleito presidente do Poder Legislativo no biênio 1999-2000, sendo reeleito por unanimidade para o período de 2001 a 2002. Também foi vice-líder do Governo (1995-1996) e primeiro secretário da Casa (1997-1998).
Antes de chegar ao Parlamento, Welington Landim foi eleito prefeito de Brejo Santo em 1984. Na época, foi o mais jovem prefeito eleito no Ceará, terminando a administração com mais de 90% de aceitação popular. Entre 2003 e 2006 também comandou a Coordenadoria Regional da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) no Ceará. O Estado CE

Chacina em Limoeiro do Norte

Duas chacinas foram registradas na cidade de Limoeiro do Norte, no Interior do Estado, em menos de 30 dias. O caso mais recente foi registrado na noite do último sábado, quando três homens foram executadas a tiros em um bar do bairro Santa Luzia, no Centro do município.
As vítimas foram surpreendidas por dois homens armados, que chegaram ao local efetuando disparos de pistola. Os três foram atingidos na altura da cabeça. Dois morreram no local e o terceiro chegou a ser levado para um hospital, mas morreu durante o atendimento. Ninguém foi preso até o fechamento desta matéria.

Esta foi a quinta chacina ocorrida no Estado este ano. Ao todo, 19 pessoas foram mortas. As últimas vítimas foram identificadas como: Geovane Mardênio da Costa Gomes, 31, mototaxista; José Carlos Rocha de Sousa, 42, pedreiro; e Ozenildo José de Lima, 48, comerciante.

O autor dos disparos fugiu numa motocicleta com a ajuda de um comparsa. A motivação do crime é desconhecida. O caso será investigado. O POVO; Fotos: Liomeiro Plantão Policial

PEC da emancipação tem previsão para ser votada até o fim de 2015

Emancipalistas do Brasil avançam na viabilização da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para a criação, incorporação, fusão e o desmembramento de municípios no Brasil. Atualmente, a PEC, que tem o deputado Danilo Forte (PMDB) como signatário, está em fase de coleta das assinaturas. O instrumento jurídico é uma manobra dos emacipalistas para que a emenda seja aprovada sem o crivo da presidente Dilma Rousseff (PT), que, apenas no ano passado, vetou duas propostas, alegando aumento de despesas ao Governo.
“Dentro do pacto federativo, a gente tem levado esse debate tanto na Câmara dos Deputados como nos estados, ouvido a preocupação dos emancipalistas da necessidade de a gente ter essa legislação atualizada”, ressaltou Danilo Forte (foto), frisando ter a expectativa de que, até o final do ano, a PEC seja votada e aprovada na Câmara e Senado Federal, tanto em primeiro como segundo turno, com o quórum qualificado de 308 votos.
“Há uma visão equivocada com relação a emancipação, porque criou-se um conceito de que emancipação é gerar despesas. Entretanto, diante do clamor que há por uma melhor prestação do serviço público, criar municípios é você aumentar a capilaridade, para poder melhor prestar esses serviços”, defendeu o peemedebista.
PEC
A PEC confeccionada com a participação de entidades emancipalistas, estando o Ceará a frente deste processo, propõe pontualmente que “a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, far-se-ão por lei estadual e dependerão de consulta prévia, mediante  plebiscito, às populações residentes apenas na área geográfica emancipanda, após a realização e divulgação de Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma estabelecida em lei estadual, que determinará os requisitos mínimos a serem cumpridos em cada caso”. Na proposta, também se regra que a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, terá início mediante requerimento dirigido à Assembleia Legislativa do respectivo estado, subscrito por eleitores residentes nos municípios envolvidos dentro do período compreendido entre a posse dos prefeitos e vice-prefeitos, na forma do inciso III do art. 29 da Constituição Federal, até o último dia do ano que antecede a realização de eleições municipais.
Desenvolvimento
Para o presidente da Comissão de Criação de Novos Municípios, Estudo de Limites e Divisas Territoriais da Assembleia Legislativa, Luiz Carlos Mourão Maia, “criar municípios não é dividir problemas”, e justificou sua fala, exemplificando o município de Horizonte, o mais novo do Estado, que, hoje, é a quinta economia do Ceará, bem como Maracanaú que segue em pleno desenvolvimento.
Ceará está no centro das discussões emancipalistas
Há 19 anos, o estado do Ceará está à frente das discussões e diretrizes de ações a serem adotadas pelos movimentos emancipalistas. Após o I Encontro Nacional de Líderes Emancipalistas, que ocorreu no mês de março, em Caucaia, que contou com a presença de lideranças e políticos de 18 estados, em que, ao final, produziu-se um documento com a apresentação do manifesto A Carta De Caucaia, que dentre as proposições, orientou a criação  de uma Confederação Nacional Emancipalista, instituição com personalidade jurídica própria, que tem legitimidade para atuar junto às mais diversas esferas das instituições nacionais;cinco estados criaram suas conferações: São Paulo, Pernambuco, Pará, Goiás e Bahia. 
O Estado CE

Duas pessoas morrem após colisão com ônibus em Guaiúba

Duas pessoas morreram e uma ficou ferida após um acidente ocorrido na tarde deste domingo (14), em um trecho da CE-060, na comunidade Água Verde, em Guaiúba, no Maciço de Baturité.
Segundo o motorista do ônibus, identificado como João Ferreira, havia 40 passageiros dentro do ônibus, com destino a Redenção. Enquanto isto, o veículo, um Celta, estava na contramão. Ao perceber o carro, o motorista tentou desviar e o ônibus quase caiu de uma ponte com aproximadamente 7m de altura. 
A Polícia Rodoviária Estadual foi ao local. De acordo com os policiais, apesar de o ônibus tentar desviar, o carro ainda colidiu com o veículo. A condutora do veículo e dois passageiros ficaram presos às ferragens, mas apenas um deles foi resgatado com vida pelo Corpo de Bombeiros. 

Concessão é privatização, e agora como fica o PT?

O título acima é a polêmica da vez. Requentada, é verdade. Não importa. O veredito já foi dado pelo PT e sua área de influência em anos e anos de oposição. Portanto, no Brasil, conceder se tornou o mesmo que privatizar. Sendo assim, o pacote de concessões da presidente Dilma Rousseff (PT) não passa de um gigante “pacote de privatizações”.

De que forma a esquerda brasileira denominou o conjunto de leis promulgadas sob os auspícios do “governo neoliberal” de Fernando Henrique Cardoso que, por exemplo, passou para a iniciativa privada a exploração dos serviços de telefonia? Ora, o ato foi solenemente batizado de “privatização”. No entanto, nada mais foi que uma concessão. Sim, esse serviço é operado pela inciativa privada por concessão do Estado.

Então, as medidas contidas no Plano de Investimentos em Infraestrutura da presidente Dilma podem ser chamadas de “neoliberais”?. Bom, se considerarmos o ponto de vista histórico das esquerdas brasileiras acerca do tema, a resposta é um rotundo sim. Afinal, o modelo proposto no atual pacote petista praticamente ressuscita o modelo de concessões posto em prática por FHC, a encarnação do tinhoso na terra.

Mas, isso tudo é arranca-rabo ideológico. O que importa é a seguinte questão: as medidas são boas para o Brasil? O processo histórico indica que sim. Ao retomar um modelo já adotado na década de 90, a presidente Dilma aposta no que já funcionou bem. Sem invenções, o Estado passa para a inciativa privada a responsabilidade pelos investimentos em operação de determinados serviços.

É óbvio que tudo precisa ser feito dentro de regras que gerem equilíbrio. É por isso que o pacote de concessões vai promover a volta de um velho debate: o papel das agências reguladoras. São elas as responsáveis por fiscalizar a oferta e a qualidade dos serviços concedidos. Na era petista, essas agências foram tomadas de assalto pelo velho patrimonialismo.

É fundamental que o País persevere na busca de um modelo moderno para preencher os comandos das agências reguladoras, mantendo-as com foco nas suas atribuições, respeitando exclusivamente o interesse público e com a devida distância tanto do plantonista no poder quanto das empresas concessionárias.

Fábio Campos/O POVO

Camilo Santana quer menos Estado e mais capital privado

O Governo do Ceará decidiu abraçar a linha adotada pelo Governo Federal e iniciou os estudos de viabilidade para colocar em prática o seu próprio plano de concessões em infraestrutura. A ideia, reproduzindo o recente pacote anunciado pela presidente Dilma Rousseff, é que o Estado transfira para a iniciativa privada a responsabilidade pela operação de determinados serviços, além dos investimentos em ampliação e construção de projetos estruturantes.


Por enquanto, além das intenções e da decisão interna no âmbito do Governo, ocorreram apenas os estudos mais preliminares. Há pouco mais de cinco meses no cargo de governador, Camilo Santana (PT) tem em mente um amplo leque de possibilidades de concessões em diferentes setores da economia como forma de estimular os investimentos em infraestrutura.

De cabeça, o governador cita os seguintes equipamentos que, se houver viabilidade econômica e financeira, iriam a leilão: “Aeroportos regionais, metrô de Fortaleza e Centro de Eventos”. Camilo Santana afirma que serão feitos os estudos de viabilidade para que a duplicação de rodovias e a posterior exploração econômica das mesmas também fiquem sob a responsabilidade da iniciativa privada em regime de concessão.

Não fica nisso. Segundo o governador, o ideal é que até áreas do Porto do Pecém possam compor a lista de possíveis concessões estaduais. “É claro que tudo pressupõe uma avaliação muito criteriosa”, ressaltou. Não há dúvidas que o Porto é um dos mais importantes ativos econômicos do Ceará e certamente provocará os interesses privados.


Inaugurado em 2002, o Porto do Pecém é administrado pela Companhia de Integração Portuária do Ceará, a Cearáportos, empresa de economia mista vinculada à Secretaria da Infraestrutura, constituída sob a forma de sociedade anônima.


Em relação à Cearáportos, o Governo do Ceará já iniciou os estudos com o objetivo de abrir a possibilidade de participação da iniciativa privada como sócia da estatal que opera o Terminal Portuário do Pecém. “A ideia é fazer na Cearáportos o que já ocorre na Cegás”, disse o governador.

A Companhia de Gás do Ceará (Cegás) é a concessionária estadual de distribuição de gás natural canalizado. Foi criada por lei em 1992, mas seu efetivo funcionamento ocorreu no início de 1994 com a assinatura do contrato de concessão para a exploração industrial, comercial, institucional dos serviços de gás canalizado.

Hoje, a Secretaria da Infraestrutura é acionista majoritária da estatal com 51% das ações ordinárias. A Gaspetro, subsidiária da Petrobras é dona de 24,5% da empresa. Os outros 24,5% das ações estão nas mãos da Mitsui Gás e Energia do Brasil, holding 100% controlada pela japonesa Mitsui & Co., que possui participação societária em oito companhias de distribuição de gás natural no Brasil.

Segundo Camilo Santana, a intenção não é focar somente nas empresas e serviços controladas pelo Governo do Ceará. “Estamos discutindo com o Ministério do Planejamento a concessão de outros equipamentos que são de responsabilidade do Governo Federal”, explica.

São os casos do Arco Metropolitano e da duplicação da BR entre Mossoró e Aracati. “O pacote já anunciado pelo Governo Federal pode sofrer modificações a qualquer momento”, explica o governador. Por fim, Camilo ressalta que “só conseguiremos incluir novas propostas caso haja confirmação da viabilidade e do interesse do setor privado”.


AS DIFICULDADES

Camilo Santana demonstra preocupação com a demora na concretização das concessões federais. “É o caso da Transnordestina, em obras há quase dez anos. Estamos trabalhando para que ela seja concluída até o final de 2017. Contamos hoje com um cearense à frente do projeto que pode ajudar muito”.

Ciro Gomes ocupa, desde fevereiro, o cargo de diretor da CSN responsável pela Transnordestina, subsidiária responsável pelas obras da ferrovia. Outro obstáculo levantado pelo governador diz respeito às fontes de financiamento para viabilizar as concessões estaduais. “O Governo Federal tem BNDES, CEF, BB e BNB. Essas fontes garantem os financiamentos para a iniciativa privada. No nosso caso, é preciso um esforço maior”. Porém, o governador sabe que essas mesmas fontes podem financiar as concessões locais. Para isso, precisam ter plena viabilidade econômica.

TASSO: “É PRECISO CHACOALHAR” 
Sem a presença de Camilo Santana e do prefeito Roberto Cláudio, que estavam em viagem, Tasso Jereissati (PSDB) foi o foco das atenções nos 95 anos do Centro Industrial do Ceará, na noite da última quinta-feira. Acerca do Ceará, o senador disse que se preocupa por não haver um “projeto estratégico de longo prazo”. “Não tenho números, mas imagino que a situação financeira 
do Estado não é tranquila”.


Porém, o senador considera a conquista do “hub” da Latam uma meta muito importante. “O hub bem trabalhado pode trazer alternativas de emprego e desenvolvimento para a Região Metropolitana de Fortaleza”. Tasso disse que já conversou com os senadores José Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (PMDB) a respeito e conclamou a mobilização da Fiec e dos empresários 

a favor do projeto.

No fim de sua fala, o senador falou da necessidade de “chacoalhar” o cenário local. “É preciso pensar diferente. Chacoalhar. Refinaria já era. A indústria hoje é a do conhecimento”, disse lembrando que Pernambuco catalisou muitos polos de desenvolvimento industrial “e nós não temos nada”.

O senador ainda não tinha conhecimento das intenções de Camilo Santana expostas aqui pela primeira vez, mas afirmou uma linha que coaduna com os projetos das concessões: “O Governo não substitui 
nunca o papel do empresário, mas acende as oportunidades que despertam a iniciativa privada o espírito da competição e da realização”.

Ao fim de sua ponderada fala, o senador disse que se hoje fosse governador jogaria suas fichas na qualidade da educação e na criação de infraestrutura econômica. Acabou bastante aplaudido. O POVO

Votação desta semana na Câmara Federal



A votação da matéria que institui a reforma política ainda deve dominar esta semana de trabalhos na Câmara dos Deputados. A semana também vai ser marcada pelo retorno ao debate das pautas de autoria do governo federal. De acordo com o Terra, é que os deputados devem analisar a Medida Provisória (MP) 670/15, que reajusta a tabela mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF), e talvez votem o Projeto de Lei (PL) 863/15, que altera as regras de desoneração da folha de pagamento concedida a 56 setores da economia, um dos itens do ajuste fiscal. Também está prevista a realização de uma sessão do Congresso Nacional para analisar cinco vetos da presidente Dilma Rousseff sobre temas como o impedimento da fusão de partidos políticos recém-criados, o Orçamento, o Código de Processo Civil (CPC), a alteração da política nacional de resíduos sólidos para incluir dispositivo sobre campanhas educativas e o que retira trechos da Lei Geral das Antenas (13.116/15). "Terça (16) vou continuar a reforma política e poderá ter sessão (do Congresso Nacional) às 19h e, tendo, vamos ter o trabalho um pouco prejudicado na terça e podemos retomar a votação na quarta", disse, nessa sexta-feira (12), o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Caso os deputados concluam as votações da reforma política na terça-feira, será aberto o caminho para as pautas do governo. 
Os deputados votarão os tópicos fidelidade partidária, cotas para mulheres nas eleições, data de posse de prefeitos e vereadores, federação partidária e projetos de iniciativa popular. Para ser aprovado, cada ponto do texto precisa do voto favorável de um mínimo de 308 deputados. "A partir daí a gente pode votar (o projeto de) desoneração, mas depende do governo. Antes de votar a desoneração, precisamos votar a MP 670/15 e o governo também precisa retirar a urgência dos dois projetos", ponderou Cunha, para quem a programação da semana poderá sofrer alterações em razão das festas juninas. "A outra será uma semana de quórum mais delicado porque haverá as festividades de São João no Nordeste, e sabemos que a semana será mais difícil. Seria bom semana que vem votar a desoneração", complementou.