quarta-feira, 10 de junho de 2015

Deputados lamentam morte de Welington Landim

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque (Pros), lamentou a morte do deputado Welington Landim (Pros) na manhã desta terça-feira (09/06). A Casa decretou três dias de luto e levantou as sessões plenárias de hoje (09/06) e quarta-feira (10/06).

“Ao longo de cinco mandatos como parlamentar, Welington Landim deu grandes contribuições ao estado do Ceará por meio dos grandes debates que promoveu e dos projetos apresentados”, ressaltou Zezinho Albuquerque.
O presidente destacou ainda a trajetória política do parlamentar, que presidiu a Assembleia Legislativa entre os anos de 1999 e 2002. “Seu legado é marcante para os cearenses, sobretudo para a população da região do Cariri, que tão bem representou nesta Casa. Que Deus dê forças à sua família, amigos e apoiadores para enfrentar este momento”.

O líder do Governo na Assembleia, deputado Evandro Leitão (PDT), afirmou que “o Ceará está triste com a morte de um grande homem público, médico e político experiente, que era tratado como “professor” pelos colegas parlamentares”. Já o vice-líder do Governo na Assembleia, deputado Júlio César Filho (PTN), lembrou que tinha uma relação próxima com Welington Landim. “Eu o chamava de professor, pois me inspiro bastante em suas posições políticas”, disse.

O deputado Fernando Hugo (SD) ressaltou a “figura cativante” de Welington Landim. “Era um profissional altruísta e deu aula de cidadania e audácia legislativa em seus cinco mandatos. Não apenas o Cariri, mas todo o Ceará sentirá sua ausência”, afirmou.

O deputado Carlomano Marques (PMDB) também enalteceu a atuação de Welington Landim. “Seu trabalho, coragem, afinco e tino político o fazem merecer que o Ceará se imposte perante sua história”. Os deputados Moisés Braz (PT) e Dra. Silvana (PMDB) consideraram a morte do parlamentar uma fatalidade. Já Augusta Brito (PCdoB) lamentou a grande perda e solidarizou-se com a família do deputado. 

O papel de líder político desempenhado pelo parlamentar foi ressaltado pelo deputado José Sarto (Pros). “Ele fez uma grande gestão enquanto presidente da AL”, avaliou, destacando ainda a luta de Welington Landim pela transposição do rio São Francisco e a implantação da Região Metropolitana do Cariri.

Já Robério Monteiro (Pros) disse que Welington sempre lutou pela região do Cariri e que o parlamentar tinha orgulho do trabalho do filho dele, Guilherme Landim, atual prefeito de Brejo Santo. Para o deputado Ely Aguiar (PSDC), Welington Landim “teve uma passagem muito positiva na política estadual, olhando bastante para o interior do Estado, e sua ausência será sentida fortemente”, salientou.

O deputado Tomaz Holanda (PPS) frisou que o parlamentar era “um homem de bem e um grande amigo”. O deputado Carlos Felipe (PCdoB), ressaltou que Welington Landim tornou-se uma referência política na região.
A conduta de Welington nos debates da Casa foi lembrada pelo deputado Heitor Férrer (PDT). “Era um deputado extremamente elegante e sempre pautou os debates com seus pares de maneira altiva e responsável. Além disso, no plano pessoal, era uma pessoa querida por todos”, disse.

Para o deputado Roberto Mesquita (PV), a morte de Welington é “uma perda inesperada e abrupta de um dos maiores líderes contemporâneos”. A deputada Rachel Marques (PT) lamentou a morte do parlamentar, ressaltando que ele estava em um grande momento da vida dele.
PE/GS

Governo do Estado decreta três dias de luto oficial no Ceará

Com pesar pela morte do deputado Estadual Welington Landim, o Governo do Estado do Ceará manifestou-se por meio de nota oficial e decretou luto de três dias no Estado. “Welington Landim foi sempre um profundo defensor do desenvolvimento regional, tendo contribuído de forma marcante para conquistas sociais no Estado do Ceará, nas últimas duas décadas.”
A nota enfatiza ainda que Landim estava exercendo seu quinto mandato como deputado estadual, sendo por duas vezes presidente Assembleia Legislativa do Ceará. “Nessa hora de dor, o Governo do Ceará presta suas homenagens e sentimentos aos familiares e amigos”, pontuou.
Facebook
Em sua página oficial do Facebook, o governador também lamentou a morte do parlamentar. “Welington foi sempre um grande guerreiro, dedicando toda a sua vida para fazer o bem às pessoas”, disse o chefe do Estado, frisando: “Welington Landim deixa um grande legado para todos nós cearenses, que aprendemos a admirá-lo e querer bem. Que Deus, em sua infinita bondade, o receba e conforte sua esposa Gislaine, filhos, familiares e amigos”.

O Estado CE

Corpo de Wellington Landim segue para Brejo Santo

Terminou por volta das 20 horas o velório do deputado estadual Welington Landim (Pros), realizado na Assembleia Legislativa do Ceará nesta terça-feira, 9. A cerimônia durou cerca de 1 hora e foi marcada por forte comoção dos familiares.
O governador Camilo Santana e o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque (Pros), chegaram nos últimos minutos do velório.
Durante toda a cerimônia, o caixão com o corpo do deputado foi mantido fechado. Apesar de boatos sobre a medida ter sido tomada para evitar qualquer risco de contaminação, de acordo com o médico infectologista Ronald Pedrosa, "não haveria perigo algum, principalmente levando em conta que o deputado permaneceu internado durante alguns dias, passando por tratamento".
O corpo de Landin seguiu para sua cidade natal Brejo Santo, no interior do Ceará. O enterro será realizado nesta quarta-feira, 10, e deve ocorrer por volta das 16 horas.
O POVO

Denúncia de compra de vereadores em Canindé

O prefeito afastado de Canindé, Celso Crisóstomo (PT), denunciou, ontem, em entrevista de coletiva à imprensa, na Assembleia Legislativa do Ceará, que cinco vereadores receberam R$ 150 mil, cada um, para votar a favor de seu afastamento.  Na última sexta-feira (5), a Câmara dos Vereadores de Canindé, decidiu por 11 votos a quatro, afastar o prefeito por 90 dias. A acusação que pesa contra o petista é de improbidade administrativa, por suposto desvio de receitas da Contribuição de Iluminação Pública. Em 27 de maio, a Justiça já havia decretado a perda da função pública e a indisponibilidade dos bens de Celso Crisóstomo.
“Na ação dos vereadores de oposição, levaram muitas denúncias ao Ministério Público e nunca encontraram roubo, falcatrua da minha parte. Mas, encontraram um problema contábil, pelo fato de a Prefeitura ter utilizado o dinheiro da iluminação pública, para pagar consumo de postos de saúde, bem como de escolas. Não me beneficiei disse”, defendeu-se. 
Coagido
Segundo Crisóstomo, na quarta-feira (3), foi coagido por três vereadores (Antônio do Ives, Francisco Alan e o vereador Alexandre Anastácio), onde buscaram, por meio de uma “chantagem”, vender os respectivos votos ao prefeito, por R$ 100 mil. “Segundo eles, lá ia passar uma Van para sequestrá-los e que, dentro desta van, teria um envelope de R$ 150 mil para cada um. Eles falaram que faziam um abatimento para mim, que se eu arrumasse  R$ 100 mil em menos de 24 horas, eles não votariam contra”, denunciou.
Durante coletiva, Celso Crisóstomo mostrou um áudio feito por seu assessor, José Estênio Maciel, em que os vereadores fazem as chantagens. “Eu disse para eles que podiam fazer o que quisessem. E falei que aquele era um caminho absurdo e que não iria entrar nesse jogo, porque eu já sei que isso é um poço sem fundo”, afirmou.
O Estado CE

Marina diz que Rede aprovará rejeição a doações privadas

A ex-candidata presidencial Marina Silva repetiu que a proposta do seu projeto de partido, Rede Sustentabilidade, é se financiar com recursos públicos e de doações de pessoas físicas. Ela disse que em breve a Rede terá um congresso e disse não ter dúvidas de que essa proposta será aprovada formalmente.
Em debate após uma palestra que fez sobre sustentabilidade da Câmara Municipal de São Paulo, Marina ouviu um questionamento duro de uma simpatizante que criticou o fato de ela ter recebido através do PSB, no ano passado, doações de empreiteiras para sua campanha. Marina não respondeu diretamente, mas afirmou que a questão das doações individuais depende de um processo. “É um processo longo, educativo, difícil, mas é aposta que estamos fazendo. Não vamos ter fundo partidário, mas vamos ter um fundo voluntário. A Rede é uma tentativa de contribuir com esse debate.”
Marina reclamou que a Rede sofrerá com uma legislação criada para prejudicar novas legendas, já que os parlamentares que migrarem para a nova agremiação, segundo a legislação mais recente, não levarão tempo de TV e fundo partidário. Ela reclamou ainda que, quando da criação do PSD, de Gilberto Kassab, a “mais alta Corte do País”, uma referência ao Tribunal Superior Eleitoral, possibilitou que a legenda ganhasse o tempo e o recurso dos novos filiados.
Marina se disse esperançosa da criação formal da Rede. O grupo entregou recentemente as assinaturas de apoio que faltavam ao TSE e trabalha com a expectativa de receber a certificação de partido político até o fim deste mês. Em 2013, a Rede não conseguiu reunir as assinaturas necessárias para se tornar partido a tempo das eleições de 2014, levando Marina a se aliar ao PSB de Eduardo Campos.
Crise
Questionada sobre o momento de crise econômica e política, Marina disse que “não é o momento de tirar proveito da crise”, mas defendeu um trabalho conjunto pelo País. Também fez uma recomendação indireta ao governo Dilma Rousseff na condução da economia. “Não é momento de ficar preocupado com popularidade, mas de recuperar credibilidade”, afirmou.

(Fonte: Estadão Conteúdo)

Teto de renda familiar para se candidatar a Fies deve ser reduzido, diz ministro

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou na tarde desta terça-feira (9) que o MEC deve reduzir o teto de renda familiar dos estudantes que se candidatam ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). "Uma família que tem R$ 14 mil de renda financiar, mesmo que seja apenas parcialmente, um curso de ensino superior, com juros subsidiados pelo Tesouro, é muito exagero", apontou Ribeiro, em entrevista coletiva. Segundo o titular da pasta, 92% dos contratos de financiamento do programa foram firmados com estudantes que têm renda familiar de até três salários mínimos, o que não impedirá a diminuição do teto. "Vai haver uma redução sim. Não temos ainda definido exatamente. Mas vai ter redução porque é difícil justificar juros subsidiado", justificou.  

CNJ aprova cota de 20% para negros no Judiciário

O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira (9), cota de acesso a negros para cargos no Judiciário. A resolução dispõe sobre vagas oferecidas em concursos públicos para provimento de cargos efetivos e de ingresso na magistratura. A partir de agora, haverá reserva mínima de 20% das vagas para estes candidatos.
O porcentual poderá ser elevado a critério de cada tribunal, que também terá autonomia para criar outras políticas afirmativas de acordo com as peculiaridades locais. Com a aprovação da resolução, a magistratura é a primeira carreira jurídica a estabelecer esse tipo de política afirmativa para preenchimento de vagas.
“Estamos diante de um momento importante, pois é primeira vez que um dos poderes da República reservará uma cota para cidadãos oriundos de mais de 50% da população que não têm acesso aos cargos de poder nesse País”, disse o presidente Ricardo Lewandowski. “Esse é um passo histórico muito relevante, pois estamos contribuindo para a pacificação e a integração deste País, e de certa forma reparamos um erro histórico em relação aos afrodescendentes.”
A proposta de resolução foi apresentada pelo relator Paulo Teixeira em 26 de maio, mas houve pedido de vista do conselheiro Fabiano Silveira. Ao devolver o assunto nesta terça-feira, o conselheiro disse que a reserva de 20% nas vagas poderia ser ineficaz, uma vez que diversos tribunais não conseguem preencher os postos para magistratura atualmente.
“A lógica que predomina é que há sobra de vagas. Faço ponderação para que a resolução pelo menos contemple a faculdade de o tribunal estabelecer um bônus de pontuação. Não estamos dizendo que deve adotar, mas que pode combinar reserva com bônus de acordo com suas experiências”, disse Silveira.
Alguns conselheiros alegaram que a bonificação poderia ser questionada legalmente e resultar na aprovação de magistrados sem qualificação mínima, e houve sugestão para criação de nota de corte e de formação especializada nas escolas da magistratura. A redação final, porém, garantiu a reserva de 20% como mínima possível e delegou aos tribunais a prerrogativa de definir outras políticas afirmativas de acesso a cargos no Judiciário a partir do texto básico aprovado pelo CNJ, inclusive em relação a cargos de chefia. As informações foram divulgadas pelo CNJ.
Apoio
A discussão teve a participação do secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil, Cláudio Pereira de Souza Neto, que manifestou apoio à iniciativa do CNJ. “A sociedade tem imposto uma série de barreiras para as minorias que têm se superado com muito sacrifício. É importante que o Judiciário seja plural, formado por composições diversas que advém da sociedade, com fatos levados ao Judiciário por diversos setores.”
O representante do Ministério Público, subprocurador-geral da República Eugênio Aragão, também apoiou a resolução.
“Me parece que a ação afirmativa não precisa de justificativa, é evidente que existe necessidade premente de criar mais acesso aos cargos públicos aos segmentos mais diversificados da sociedade. Por isso, entendo que o CNJ está de parabéns, é uma vanguarda das carreiras de Estado ao adotar medida dessa qualidade, que deve animar outras carreiras”, disse.
(Fonte: Estadão Conteúdo)

Escola de samba Beija-Flor recusa R$ 11 mi por enredo sobre Ronaldo Fenômeno

A escola de samba carioca Beija-Flor de Nilópolis, atual campeã do carnaval, fez um anúncio polêmico. Nos carnavais de 2014 e 2015, a escola foi duramente criticada por ter enredos supostamente patrocinados. Em entrevista, o diretor de Carnaval da agremiação contou que, na próxima folia de momo, a agremiação não seguirá pelo mesmo caminho. "Chega. Cansei de tomar porrada também. Recusei R$ 11 milhões da Nike para fazer um enredo sobre Ronaldo Fenômeno", disse.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Aprovação de 8% do governo Dilma preocupa o Planalto

Recentemente, o Blog revelou que o Palácio do Planalto teve acesso a uma pesquisa que apontava que, pela primeira vez, a aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff está abaixo dos 10%. Sabe-se agora que numa das simulações, o índice ótimo e bom do governo foi de apenas 8%.

Desde a redemocratização, só ex-presidente Fernando Collor havia atingido – em seu pior momento – um patamar semelhante. Nas palavras de um auxiliar direto da presidente Dilma, essa queda acentuada da popularidade tem reflexo direto no ânimo dos petistas.

"O clima de hostilidade na rua aos integrantes do PT é enorme", observou esse auxiliar. "Há uma mistura explosiva de dois fatores que ajudam a entender esse momento do governo: uma situação econômica muito difícil e a visibilidade que ganhou a investigação do esquema de corrupção na Petrobras", reconheceu um ministro.

Blog do Camarotti

Custo de energia vai subir novamente com novos leilões previstos pelo governo

Apesar de o governo prever a realização de oito leilões para ampliar a oferta de geração e transmissão de energia elétrica até dezembro, o consumidor vai continuar arcando com preços altos na conta de luz nos próximos anos. Segundo analistas, para atrair investidores para esses projetos, o governo vem aumentando o preço máximo das tarifas que podem ser cobradas pelos empreendedores pelos seus serviços.
Na disputa, vence quem oferecer o menor valor a partir da tarifa-teto fixada pelo governo. Como resultado, o preço médio das tarifas de geração, que vem aumentando desde 2012, tende a subir ainda mais.
Ao todo, o governo prevê quatro leilões de geração de energia e outros quatro para ampliar o sistema de transmissão. Os certames poderão gerar investimentos de até R$ 109 bilhões. Porém, especialistas acreditam que a crise econômica que afetou o caixa das empresas, o dólar alto e a redução dos financiamentos por parte do BNDES tornarão mais difícil o sucesso das rodadas.
Segundo a consultoria Safira, o preço médio da venda de energia nos leilões de A-5 (quando a energia só entra no sistema em cinco anos) por megawatt/hora aumentou à medida que a crise energética se agravou, com a falta de chuvas: subiu de R$ 91,25, em dezembro de 2012, para R$ 259,19, em abril deste ano.
"Essa alta reflete a percepção de um risco maior, já que os investidores passam por um cenário de crise mundial, o que acaba reduzindo o número de interessados. Com isso, o deságio acaba sendo menor, pois há menos concorrência. Há ainda o dólar alto, que encarece os projetos. O desafio para atrair investidores é a precificação do leilão, que tem de ser maior por conta ainda dos riscos regulatórios. A médio prazo, a tendência é de preços mais elevados", diz Fábio Cuberos, da Safira.
Edmar de Almeida, do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, acredita que, apesar das dificuldades da economia brasileira, os leilões vão atrair investidores, mas a um preço muito alto para o consumidor: "Não tenho dúvidas quanto ao sucesso dos leilões, mas os preços da energia estão subindo muito".
Há ainda atrasos no cronograma, o principal deles é no complexo do Rio Tapajós, no Pará. A primeira usina, São Luiz de Tapajós, que estava prevista para ir a leilão no fim do ano passado, foi adiada para o fim deste ano. Com capacidade de 8 mil megawatts, é o maior projeto planejado para os próximos cinco anos. Para efeitos de comparação, Belo Monte terá 11 mil megawatts de capacidade. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, já admite novo adiamento no leilão, citando uma polêmica se o projeto atingiria ou não terras indígenas. Analistas acreditam que Tapajós será postergado também devido à redução dos investimentos da Eletrobrás e à crise nas empreiteiras desencadeada pela operação Lava-Jato.
Entre outros leilões de geração previstos para este ano, três são os chamados “reserva” — cujo objetivo é gerar energia a curto prazo. Mas a expectativa do mercado é com o leilão A-3, que prevê gerar energia a partir de 2018 e investimentos, segundo o governo, de R$ 74 bilhões com base nos 521 projetos cadastrados. O preço-teto ainda não foi divulgado.
Thais Prandini, diretora da Thymos, destaca que o desafio principal para o sucesso dos leilões é a questão do financiamento. Segundo ela, o BNDES, que até o ano passado financiava até 70% do projeto, reduziu para até 50% neste ano.
"Como vai se financiar esses empreendimentos? O custo será mais alto, até porque as linhas do BNDES são atrativas. E isso vai se refletir na tarifa. Assim, para atrair mais investimentos, há uma expectativa que o valor da energia continue aumentando. O caixa das empresas está curto".
O governo se mostra otimista. Tolmasquim, da EPE, afirmou que, independentemente das dificuldades econômicas, os projetos têm receita garantida ao longo de todo o período de concessão (de 30 anos). "Não tenho dúvida que vai ser sucesso (os leilões), dado o interesse grande dos empreendedores e da oferta maior de projetos do que a demanda".
Para Tolmasquim, as regras dos contratos para os projetos de geração foram ajustados à nova realidade, como a redução do financiamento do BNDES, o câmbio, o peso da importação de equipamentos, entre outros fatores, para torná-los atraentes. "O Brasil vai voltar a crescer e tem que ter energia para isso. Esses leilões são principalmente para aumentar a oferta de energia a partir de 2018".
Apesar de governo e analistas citarem a redução do patamar de financiamento do BNDES, o banco disse que “para os leilões, as regras são definidas caso a caso”. Otimista, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, diz que há investidores com apetite, como os chineses. Em relação aos quatro leilões de transmissão, eles prevê investimentos de R$ 35 bilhões com as quatro linhas. A maior será de 2.500 quilômetros do chamado bipolo para transportar a energia da usina hidrelétrica de Belo Monte, em construção no Rio Xingu, no Pará.
"O setor elétrico não pode esperar a demanda crescer para correr atrás de obras. Precisa planejar a longo prazo. Mas é um desafio para a Aneel realizar os leilões, pode não ter investidores no nível necessário", admite.
Rufino cita dificuldades a serem superadas, como as questões socioambientais. Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) disse que “investimentos em infraestrutura como esses são de longo prazo, e o peso de fatores conjunturais nas decisões é relativizado”.
Mas Thais, da Thymos, diz que o governo terá de elevar a tarifa para a geração e a receita anual permitida para a transmissão como forma de atrair as empresas. 
"Chegar a esse volume de investimento é um desafio com as regras de hoje. Se não tiver mudança, com a elevação dos preços, podemos ter lotes vazios".
Correio da Bahia

Banco HSBC vai sair do Brasil

O banco britânico HSBC, afetado por vários escândalos em todo o mundo, anunciou nesta terça-feira (09) que suprimirá 50.000 postos de trabalho como parte de uma reestruturação, que inclui a venda de suas atividades no Brasil e na Turquia.
O diretor geral do HSBC, Stuart Gulliver, apresentou nesta terça-feira (09) o plano do banco aos investidores em Londres e falou de uma mudança "significativa".
"Reconhecemos que o mundo mudou e precisamos mudar com ele. Por isto, apresentamos 10 medidas estratégicas que transformarão ainda mais a nossa organização", afirmou.
O HSBC prevê eliminar quase 10% do número de funcionários, entre 22.000 e 25.000 empregos, segundo um plano divulgado em seu site. Além deste número, outros 25.000 postos de trabalho devem ser suprimidos com a venda de suas atividades no Brasil e na Turquia.
O banco tem mais de 21.000 empregados no Brasil e mais de 850 agências no país. Tudo isto ficará reduzido a "uma presença para atender as necessidades internacionais dos grandes clientes corporativos".
O HSBC fechará várias agências ao redor do mundo, acelerará o processo das transações e vai deslocar milhares de postos de trabalho para países "de baixo custo e alta qualidade" de mão de obra, informou o banco.
A decisão é parte da meta de "reduzir os custos em algo entre 4,5 e 5 bilhões de dólares anuais até 2017", segundo uma nota enviada à Bolsa de Hong Kong.

- Abalado por escândalos -


O maior banco da Europa sofreu uma queda no lucro líquido em 2014 por culpa, principalmente, das multas colossais que recebeu por várias irregularidades, sobretudo no Reino Unido e nos Estados Unidos.
O escândalo mais conhecido é o conhecido como "Swissleaks", que consistiu no uso da filial do banco na Suíça por milhares de clientes, incluindo muitas personalidades, para evitar o pagamento de impostos em seus países. 
O caso explodiu no fim de 2008, quando o ex-funcionário do HSBC Hervé Falciani entregou arquivos digitas da filial suíça às autoridades francesas, que compartilharam o material com vários países, que abriram as próprias investigações e que poderiam acabar levando o banco aos tribunais, o que acontecerá na França.
Antes, em 2012, o banco teve que pagar uma multa de quase dois bilhões de dólares nos Estados Unidos por ter permitido transferências de clientes supostamente vinculados ao narcotráfico no México e ao terrorismo no Oriente Médio.

- Voltar a Hong Kong - 

Outro anúncio desta terça-feira é o de que o HSBC pretende "acelerar os investimentos na Ásia", em particular no sul da China e no sudeste do continente, "para captar oportunidades de crescimento futuro e adaptar-se às evoluções estruturais" do mercado bancário.
Gulliver anunciou que até o fim de 2015 o banco deve completar a análise sobre sua sede, o que pode representar o retorno a Hong Kong após alguns anos em Londres, em Canary Wharf.
A regulamentação bancária mais rígida no Reino Unido pode provocar a mudança, admitiu a instituição em abril. 
"Não há futuro para os grandes bancos internacionais na Europa e nos Estados Unidos, não importa que cortem gastos", afirmou à AFP o analista financeiro Francis Lun.
"Os governos destas duas regiões sofreram grandes perdas durante o tsunami financeiro e querem ficar quites com os bancos", completou.
O HSBC foi fundado em 1865 em Hong Kong pelo escocês Thomas Sutherland como Hong Kong & Shanghai Banking Corporation para financiar o comércio no Extremo Oriente, que na época tinha o ópio como uma de suas principais fontes de riqueza.
NE10

Privatização do Aeroporto de Fortaleza será anunciada hoje

A privatização do Aeroporto Pinto Martins será anunciada hoje pela presidente Dilma Rousseff. Ele é um dos equipamentos que serão entregues pela União à iniciativa privada, dentro do pacote de concessões. Segundo o deputado José Guimarães (PT), líder do Governo na Câmara, não há outro item do Ceará na lista. O tempo médio entre o anúncio das concessões e o leilão é de 420 dias.
“Tivemos uma reunião com a coordenação do Governo hoje (ontem) pela manhã. A principal pauta foi o programa de infraestrutura logística. O programa terá a concessão de alguns aeroportos, inclusive o de Fortaleza”, afirma o deputado. Ele não especificou o valor esperado para a concessão do Pinto Martins. Os aeroportos de Salvador, Porto Alegre e Florianópolis também estão na lista. O valor total do pacote, que inclui também rodovias ferrovias e portos, é da ordem de R$ 150 bilhões segundo o deputado.

O POVO