segunda-feira, 27 de abril de 2015

Primeiro teste caseiro de HIV começa a ser comercializado no Reino Unido



O primeiro teste caseiro que permite saber em 15 minutos se uma pessoa foi infectada com o vírus HIV começou a ser vendido nesta segunda-feira (27) no Reino Unido. O teste, da companhia Bio Sure UK, pode ser comprado pela internet. Ele funciona de maneira similar ao de gravidez, ao medir os níveis de anticorpos no sangue. Entretanto, os especialistas advertem que, se o exame der positivo, o teste precisa ser confirmado por médicos. Mas eles ressaltam que o exame ajudará as pessoas a obter um tratamento rápido, caso tenham sido infectadas com o vírus. O dispositivo permite analisar uma pequena gota de sangue extraída pela pessoa e, após 15 minutos, aparecerão duas linhas de cor roxa se o teste der positivo. Nesse caso, o fabricante recomenda comparecer a uma clínica especializada em doenças sexualmente transmissíveis. Os especialistas afirmam, no entanto, que embora o resultado seja negativo, não quer dizer que a pessoa esteja livre do vírus já que os anticorpos são gerados três meses depois da infecção. A responsável da entidade benéfica Terrence Higgins Truste, Rosemary Gillespie, que apoia pessoas com Aids, expressou sua satisfação pelo acesso da população a este teste. "Fizemos campanha durante muito tempo para conseguir uma legislação que permita contar com testes caseiros de HIV, algo que foi conquistado em abril de 2014, portanto é fantástico ver estes primeiros exames", afirmou Gillespie.

Partidos se desconectam do eleitor e Internet vira parlamento

A presidente Dilma Rousseff avalia se fará na próxima sexta-feira o tradicional pronunciamento de 1º de maio. Teme haver um novo panelaço virtual convocado pela internet e que se materializa com o liga-desliga de luzes nas cidades e pessoas batendo panelas nas varandas.
No país em que os partidos estão cada vez mais reduzidos a atividade meramente congressual, que poderia também se dizer dedicados a seus interesses burocráticos, a desconexão entre os objetivos partidários e os anseios da sociedade ficou tão grande que já tem cientista político achando que a internet pode se tornar o único canal de conexão efetivo entre o governo e a
sociedade.
De tal forma que o que a onda de menções no Twitter, Facebook, Instagram e Linked-In seu tornariam tão efetivas que seria melhor o governo “filtrar” o que a sociedade deseja primordialmente e assumir essas bandeiras que de tão representativas obrigariam os partidos a serem forçados a referendá-las.
Naturalmente, e felizmente, estamos longe de uma sociedade governada por uma Democracia Digital Direta (sempre passível de manipulações cibernéticas e de robôs de cliques), mas o alerta sobre a fragilidade do Parlamento e sua desconexão com a sociedade é oportuno.
O problema não é a presidente da República, com apenas 120 dias de governo, não poder se dirigir aos seus concidadãos para falar dos temas mais importantes para nossa economia sob pena de não ser ouvida. O problema é ver os partidos não serem capazes de captar essa insatisfação para sua ação no Congresso.
Ou, como ficou mais constrangedor: não terem condições de erguer suas bandeiras nestas manifestações sob pena de também serem expulsos. E não estamos falando aqui do PSDB, mas dos partidos de esquerda que são tradicionalmente contra o governo do PT. Da mesma forma que o PT, em tese, o partido da presidente ser obrigado a “subcontratar” militantes para
levantar bandeira em manifestação em que a audiência é altamente constrangedora pela falta de legitimidade.
Esse quadro é novo e ao mesmo tempo preocupante. Assim como os movimentos ainda não foram capazes de definir um foco de reivindicação objetiva que lhe permita uma ação no
Parlamento, não há, hoje, uma proposta honesta do PSDB para a crise porque ele não conseguiu capturar a frustração dos cidadãos pelo seu comportamento ambíguo e flácido no
Congresso.
O PSDB não tem uma proposta de governo melhor porque tem medo de assumir as medidas que o governo do PT está tomando e porque teme a repercussão negativa nas ruas e na Internet.
Dito de outra forma: o PSDB não tem coragem cívica de assumir o Programa de Ajuste do Governo Dilma, que na campanha foi seu, porque teme ser criticado nas ruas e nas redes sociais.
Por outro lado, o PT insiste em manter seu programa quando em quatro anos ele fracassou. Ou alguém acha que não foi exatamente por defender as teses econômicas do PT que Dilma Rousseff afundou o país numa crise que, hoje, o governo dela não sabe como resolver sem que adote as teses do PSDB que hoje não tema coragem defendê-las?
O mais grave é que nesse quadro o Congresso Nacional simplesmente não toma conhecimento do que acontece nas ruas, ou no cyberespaço. Ele foi cuidar de sua agenda doméstica e de interesses proto-grupos que se aproveitam dessa desconexão para apresentar uma pauta que está a quilômetros dos temas de interesse da sociedade dentro desta crise.
Claro que a eleição de um personagem como Eduardo Cunha ajuda a montar uma pauta que inclui temas como regulamentação da terceirização, a redução da maioridade penal, da flexibilização do porte de armas com mudanças no Estatuto do Desarmamento e o chamado Estatuto da Família.
Rigorosamente nenhum desses temas está na ordem do dia do país. Na verdade, eles são a expressão dos interesses mais medíocres do Congresso. Mas, eles vão entrar na ordem do dia
porque interessam a grupos que não estão interessados em ter qualquer conexão com a sociedade, mas com os seus interesses diretos. Mas, o Eduardo Cunha “amarrado em nome de Jesus” põe essa pauta na ordem do dia.
Dito de outra forma: o Congresso vai por um caminho e a sociedade nas ruas e na internet vai por outro. E os partidos que poderiam defender as teses de verdadeiro interesses imediato da sociedade não se atrevem a ir às ruas ou a TV defendê-las por terem medo do feedback e de uma maior interlocução com o cidadão. Ou alguém acha que o pedido de aumento no repasse ao Fundo Partidário em 2015 de R$ 289 milhões para R$ 867,5 milhões tema ver com o momento atual?
Não se sabe se a presidente Dilma Rousseff vai à TV falar do desafio que se tornou manter o nível de empregos e da necessidade de um ajuste que vai exigir sacrifícios de todos os
brasileiros. Mas, sabemos que não terá qualquer repercussão no Congresso, que está tão interessado no 1º de maio quanto aquele trabalhador que só se interessa pela data porque, ela
sendo numa sexta-feira, vira um feriadão.
Blog do Jamildo

domingo, 26 de abril de 2015

Gabinete Itinerante do deputado Agenor Neto movimentou Quixelô

Gabinete Itinerante do deputado Agenor Neto movimentou Quixelô
A cidade de Quixelô recebeu na manhã deste sábado (25) a primeira edição do Gabinete Itinerante, uma iniciativa inédita do deputado estadual Agenor Neto. Ação tem como objetivo ouvir a população, debatendo os problemas e as reivindicações dos municípios da região Centro Sul e outras localidades onde o parlamentar foi votado. “O nosso objetivo é ouvir a população e realizarmos um mandato em sintonia com a necessidade das pessoas, contribuindo para a solução de problemas comunitários e trabalhando para o desenvolvimento da região”, disse o parlamentar.
O evento, realizado no auditório da Câmara Municipal, contou com a participação de políticos, lideranças comunitárias, empresários, entidades de classes, além da população em geral, que apresentou demandas no setor da saúde, da educação, abastecimento de água, entre outros. "Quero que a população do Centro Sul saiba que agora ela tem um representante com voz firme na Assembleia Legislativa do Ceará preocupado em resolver os problemas da região". O vereador da cidade de Quixelô, Samuel Araújo (PPL), participou do evento e elogiou a iniciativa do deputado de sair da Assembleia para ouvir as demandas da população. “É uma ação que deve servir de exemplo para outros parlamentares votados em nossa região. Isso mostra o compromisso que o deputado Agenor Neto tem com as pessoas mais necessitadas do nosso município de Quixelô", disse.
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O prefeito de Iguatu Aderilo Alcântara esteve presente ao evento, e disse que a função do representante público é estar perto das pessoas, ouvir suas demandas e sugestões e encontrar formas de resolver os problemas da comunidade. “Quero parabenizar o deputado Agenor Neto por mais esta ação inédita. Isso mostra o compromisso e a vontade de transformar a vida das pessoas que mais precisam", disse. A próxima ação do Gabinete Itinerante do deputado Agenor Neto acontecerá nas cidades de Cariús, Irapuan Pinheiro e Solonópole. As datas ainda não estão confirmadas.
Assessoria

Quanto custa uma democracia?

O momento pede sacrifício geral e, em nome dele, claro que pareceu fora de hora a decisão dos parlamentares de emendar a proposta original e praticamente quadruplicar o dinheiro destinado aos partidos no Orçamento da União de 2015. Agora, é preciso que a sociedade entenda de maneira mais objetiva que manter uma democracia tem custos. O debate sobre a necessidade de termos partidos fortes, orgânicos, que funcionem, passa por uma outra discussão, ainda não feita, sobre as fontes de financiamento para construção do modelo perfeito que todos acabamos idealizando.
O escândalo da hora, que tem impactado de maneira direta a Petrobras e atinge um conjunto importante de segmentos políticos, nos desdobramentos da operação Lava Jato, apenas reforça a convicção de que algo precisa ser feito para reduzir, ou acabar, a linha de promiscuidade entre os partidos políticos e setores da iniciativa privada que terminam sendo chamados a financiá-los. No final, temos visto, a conta acaba sendo apresentada ao cidadão, na forma de superfaturamentos de obras públicas, desvios e outros artifícios criminosos que podem ser resultado da inexistência de regras claras quanto ao ônus financeiro de manter o País sob um ambiente livre e democrático.
Gualter George /O Povo

Gastos com ações de mídia do governo Dilma chegaram a R$ 3,7 bilhões em 2014



Dados divulgados pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) nesta sexta-feira (24) revelam que a administração pública federal gastou R$ 3,74 bilhões em ações de mídia - o que inclui publicidade e patrocínios - ao longo de 2014. Ministérios, autarquias e empresas públicas do governo Dilma Rousseff (PT) gastaram, ao todo, R$ 2,32 bilhões com investimentos publicitários. O valor é 5,7% menor que os gastos em 2013, quando somaram R$ 2,46 bilhões. No entanto, comparado com o último ano eleitoral, em 2010, quando a administração pública havia destinado R$ 2,09 bilhões ao mercado da publicidade, o montante é 11% maior, em valores corrigidos. Para ações de patrocínio estatal em áreas como esporte, teatro e meio ambiente o governo destinou outro R$ 1,42 bilhão. No último ano, a internet, pela primeira vez na série histórica do governo, passou a ser a segunda que mais recebe verbas publicitárias federais. A televisão, contudo, continua a ser o veículo com mais investimentos: foram gastos R$ 1,55 bilhões com propagandas, o que representa 66% do montante destinado aos meios de comunicação, que incluem internet, mídia externa, rádio, jornal, revista, cinema e outdoor. Apesar da determinação do Superior Tribunal de Justiça, a Secom decidiu não divulgar informações detalhadas sobre quanto cada empresa de comunicação recebeu, especificando os valores despendidos por órgãos das administrações direta e indireta.

Marcha dos Prefeitos vai discutir reforma política e pacto federativo em Brasília

Organizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a 18º Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, mais conhecida como Marcha dos Prefeitos, terá como temas principais a reforma política e o pacto federativo. Com o lema "um novo Brasil transparente" o movimento deve acontecer nos dias 25 e 28 de maio, reunindo prefeitos, secretários, vereadores e outros agentes municipais na capital federal. Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, representantes dos municípios brasileiros devem se reunir com a presidente Dilma Rousseff (PT) e outros autoridades do governo para discutir, sobretudo, o pacto federativo, que determina os mecanismos de partilha dos tributos arrecadados entre os entes da Federação. “Essa situação tem se arrastado ao logo dos anos, e, se não houver a reformulação, em um futuro próximo, será impossível administrar os municípios sem comprometimentos legais, inclusive com a Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou Ziulkoski. Em 2014, a presidente Dilma recebeu, no Palácio do Planalto, prefeitos e o presidente da CNM para discutir aumentos na fatia de arrecadação total do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Impostômetro atingirá R$ 600 bilhões nesta sexta-feira

O total de impostos, taxas e contribuições que os brasileiros já pagaram à União, Estados e municípios neste ano atingirá a marca de R$ 600 bilhões nesta sexta-feira, 24, por volta das 13h50, de acordo com o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em 2014, o valor foi alcançado 12 dias depois, no dia 6 de maio.
Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, essa antecipação deixa claro o aumento da carga tributária de um ano para o outro. "Isso significa que, no Brasil, a arrecadação cresceu mais do que a economia. Ou seja, aumentou a contribuição compulsória de cada cidadão para os governos", afirmou, em nota.
De acordo com as estimativas da entidade, 2015 deve bater recorde na arrecadação de tributos, com um total de R$ 2 trilhões. No ano passado, o total arrecadado foi de pouco mais de R$ 1,8 trilhão. Nos dez anos de existência do painel, os brasileiros já pagaram mais de R$ 12,878 trilhões em tributos.

Agenor Neto defende isonomia na área da saúde

Durante o primeiro expediente da sessão plenária desta quarta-feira (22/04), o deputado Agenor Neto (PMDB) apelou para que seja realizada audiência com o governador Camilo Santana, a fim de discutir a isonomia regional no Ceará. O parlamentar voltou a reclamar do tratamento diferenciado, por parte do Governo do Estado, entre as regiões Centro-Sul e Norte. “Queremos ouvir do governador quais são as políticas públicas para o interior do Ceará”, assinalou.
Segundo o deputado, o Hospital Regional de Iguatu está sendo bancado pela Prefeitura da cidade, que arca com mais de R$ 700 mil por mês, tornando a situação inviável. Já os municípios de Sobral e Juazeiro do Norte não disponibilizam recursos nos hospitais regionais. Conforme o deputado, o Hospital Regional de Sobral é custeado totalmente pelo Estado.
O peemedebista disse que, no dia 1º de maio, o Hospital Regional de Iguatu será entregue à administração do Estado. “Fica aqui a nossa preocupação. A cada dia as coisas ficam mais difíceis para os municípios”, disse.
O parlamentar informou  ainda que, na próxima sexta-feira (24/04), haverá manifestação por mais saúde e melhorias no ensino superior do Centro-Sul. O encontro será na Praça da Matriz de Iguatu.
Em aparte, Capitão Wagner (PR) parabenizou a dedicação do peemedebista em defender dos interesses do Centro-Sul, chamando moradores para as ruas, por mais investimentos.  
Já o deputado Heitor Férrer (PDT) afirmou que é necessário ter um sentimento crítico em relação aos erros e acertos do Governo. Segundo ele, a falta de isonomia fere o princípio constitucional da impessoalidade. O pedetista lembrou ainda que Sobral “tem privilégio de ter avião e custeio do Hospital Regional garantido pelo Governo do Estado, e Iguatu não”. O deputado João Jaime (DEM) lembrou que seu município, Acaraú, embora seja da região Norte, não tem o mesmo investimento que Sobral, onde tudo de melhor qualidade foi inserido.
O deputado Carlos Matos (PSDB) disse que o fato de devolver o Hospital Regional de Iguatu por falta de capacidade financeira mostra que a situação é preocupante. “Imagina outros municípios que não têm a mesma condição de Iguatu?”, questionou.
O deputado Leonardo Pinheiro (PSD) avaliou que é pertinente a cobrança da isonomia. No entanto, atenção terciária à saúde é de competência do Governo Federal. O parlamentar defendeu mobilização da bancada cearense no Congresso Nacional por mais recursos. 

Camilo Santana entrega mensagem que define promoções de policiais

O governador do Ceará, Camilo Santana, entregou, na manhã desta quinta-feira (23/04), durante a ordem do dia da sessão plenária da Assembleia Legislativa, a mensagem do Executivo que trata sobre as promoções da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. O presidente da Casa, deputado Zezinho Albuquerque (Pros), parabenizou o governador e os policiais militares e classificou o momento como histórico para os cearenses.
De acordo com Zezinho Albuquerque, o governador cumpre mais uma promessa de campanha ao enviar a mensagem à AL. “É uma satisfação para a Assembleia receber o governador, que veio entregar pessoalmente esse documento que vai beneficiar os policiais. Ele está fazendo as coisas acontecerem em pouco tempo de mandato”, elogiou.
Segundo Camilo Santana, “a nova lei acaba com o limitador de vagas para as promoções e vai garantir que todos tenham expectativa de serem promovidos, além de corrigir a demanda reprimida de quase nove mil policiais, que deveriam ter sido promovidos no passado, mas não foram”.
Camilo Santana disse que vai dialogar com os policiais, buscando diminuir os índices de violência no Estado. “Já estamos analisando as estatísticas da violência e desenvolvendo ações para garantir a tranquilidade do povo cearense”, afirmou.
O chefe do Executivo apresentou algumas das ações previstas para o setor, como a reestruturação do Ronda do Quarteirão, a criação de 60 novas equipes do Raio para o Interior e o Batalhão de Divisas, para proteger as fronteiras do Ceará. “Nada é possível sem planejamento, e a violência não é resolvida apenas com a Polícia. É preciso integrar as ações, como os programas sociais, escolas de tempo integral, iluminação das vias públicas, além da forte presença da saúde, educação, entre outros”, avaliou.
Participaram da mesa o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Delci Teixeira; o chefe da Casa Militar, coronel Francisco Studart; o comandante geral da Polícia Militar, coronel Geovani Pinheiro, e o secretário da Fazenda, Mauro Filho.

Eunício Oliveira debate reforma política com vereadores do Ceará


As alterações na legislação política e eleitoral discutidas e sugeridas pelo Congresso pautaram a reunião entre vereadores do Ceará e o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), nesta quinta-feira (23), em Brasília.
 
Em torno de 80 legisladores representantes de diversas regiões do Estado fizeram questão de agradecer o empenho de Eunício na liderança dos debates e procuraram tirar suas dúvidas.
 
Para esclarecer os temas já aprovados pelo Senado e encaminhados à Câmara, Eunício afirmou que há certo movimento favorável à aprovação dos projetos que preveem o fim das coligações proporcionais para eleição de deputados federais, estaduais e vereadores, assim como o fim da reeleição para prefeito, governador e presidente. 

Para ele, a proposta que torna coincidente a realização de eleição para todos os mandatos, sem a convocação de eleição para mandato tampão, e o fortalecimento dos partidos através de regras mais rígidas visando à fidelidade partidária, também estão entre os temas com mais chances de serem aprovados a tempo de terem validade já nas próximas eleições. 
 
A vereadora Tia Rita, do município de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, afirmou que as mudanças sugeridas para eleição de vereador têm gerado algumas dúvidas entre os legisladores e a população dos municípios. “Essas mudanças nos preocupam e queremos saber efetivamente o efeito que elas vão nos trazer já nas próximas eleições”, questionou a vereadora se referindo ao voto distrital para vereador.
 
Eunício reforçou que esse sistema ainda precisa ser analisado pela Câmara e que caso seja sancionado, dividirá os municípios com mais de 200 mil eleitores em distritos, no número correspondente ao de vagas na Câmara.
 
Ele acrescentou que a proposta busca ampliar o debate para que as regras passem a ser mais claras e gerem economia de gastos. “Não podemos ir mais uma vez à outro processo eleitoral sem apresentar mudanças que correspondam ao que a população está pedindo nas ruas. Como o combate a corrupção e redução de gastos”, disse.
 
Eunício ainda defendeu o voto majoritário para eleição proporcional, onde os mais votados são eleitos e o fim do suplente de senador sem voto.
 
Em nome dos vereadores, o representante da cidade de Brejo Santo, Anão Rufino, agradeceu o empenho de Eunício e disse confiar na liderança do peemedebista à frente dessa discussão. “Vamos sair daqui agradecidos porque confiamos na sua liderança”, disse.
 
Vereadores pedem apoio de Eunício para eleição da UVC
 
Acompanhado do deputado estadual Audic Mota (PMDB), da deputada federal Gorete Pereira (PR), o vereador Hérberlh, representante da cidade de Baturité, pediu apoio de Eunício para eleição de presidente da União dos Vereadores do Ceará (UVC), que acontecerá no próximo dia 30.
 
Ao reconhecer sua liderança na região e os trabalhos já desempenhados junto ao eleitorado, Eunício assegurou apoio integral à Hérberlh e se colocou a disposição do candidato no pleito e após sua vitória.
 
O líder peemedebista disse ser importante eleger alguém que possa dar continuidade ao que foi iniciado pelo deputado Audic Mota, quando esteve à frente da entidade. Ele afirmou que acredita na capacidade de Hérberlh incentivar o diálogo entre os associados e fortalecer, principalmente, o elo entre eleitor e o vereador. “Sabemos que o vereador é o agente mais cobrado, mais requisitado em todo esse processo e Hérberlh tem essa condição de fortalecer a atuação do vereador como agente social”, defendeu.
 
Aplaudido por dezenas de vereadores, o candidato Hérberlh agradeceu o apoio de Eunício e assegurou a ampliação do diálogo e o fortalecimento da entidade. “Nós estaremos com toda a classe, porque aqui existem representantes de todas as partes do Ceará, trabalhando e sabendo o nome de casa associado. Priorizando esse diálogo. Porque a UVC é dos vereadores”, disse.
 
Estiveram presentes vereadores dos municípios de Maracanaú, Itapipoca, Baturité, Itapajé, Ibicuitinga, Morada Nova, Madalena, Aurora, Quixeramobim, Barbalha, Mulungu e Chorozinho. 
 

Joaquim Barbosa: governo mente ao dizer que combate a corrupção

Aposentado desde agosto do ano passado, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa criticou duramente o PT e o governo Dilma durante palestra sobre ética e administração em Santa Catarina à noite. Joaquim afirmou que o governo mente ao dizer que nunca, como na atual gestão, combateu-se tanto a corrupção. “Quem está combatendo é o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Justiça. Eles não têm nada a ver com isso. Nunca se combateu tanto a corrupção, mentira”, afirmou o ex-ministro, segundo relato de O Globo.
Ele criticou mudanças feitas pelo governo na regulamentação da chamada Lei Anticorrupção, que endureceu as punições a empresas condenadas por corrupção. Joaquim disse que não poderia quantificar se os desvios aumentaram ou diminuíram desde a chegada do PT ao Planalto, em 2003. Mas chamou de “cínica” a forma com que o partido do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma, na visão dele, trata o assunto. “Eles alegam ‘nós não inventamos a corrupção, sempre houve corrupção na vida brasileira’ ou seja, é como se tivesse chegado a vez dele”, disse à platéia em Florianópolis.
O ex-ministro reafirmou que votou em Lula e Dilma para presidente, mas que acredita que o PT falhou ao não “expurgar” da sua cúpula pessoas que se utilizaram da filiação ou de sua posição de poder para enriquecer e se corromper.  Joaquim Barbosa descartou a possibilidade de disputar a eleição de 2018. “Vocês acham que uma pessoa que pensa como eu pode ter sucesso?”
Congresso em Foco

Mais uma opinião sobre a redução da maioridade penal

A redução da maioridade penal envolve as questões: é permitido, aos que têm 16 anos, matar, estuprar, sequestrar? Três anos de pena para estes menores em abrigos são justos face à gravidade dos crimes? Não está em questão se o sistema prisional recupera ou não os criminosos, mas que eles devem ser afastados do convívio social para que não continuem atentando contra a vida.  
A redução de maioridade penal não vai diminuir a criminalidade, como também a lei existente para os adultos não reduz. Mas não se pode compactuar com o crime, deixando os delinquentes livres para agir. O que reduzirá a criminalidade é o investimento massivo dos governos em creches e escolas em tempo integral para as populações vulneráveis, nos bairros carentes das cidades, dotando-os de infraestrutura de esgoto, pavimentação, iluminação e lazer.
Fazer das escolas espaços atrativos de estudo e convivência, disponibilizando reforço escolar, artes e esportes, inclusive nos finais de semana; e das periferias, locais dignos de viver são caminhos para a construção de uma sociedade civilizada, pacífica. Outro ponto fundamental é “blindar” as fronteiras do País à entrada de armas e drogas, banindo-se o narcotráfico, causa da violência disseminada no Brasil.
Tornar os presídios lugares de recuperação constitui outro desafio. Esta questão deve merecer a atenção dos governos e da população. Urge que se escolarize e capacite a mão-de-obra dos detentos, viabilizando sua utilização na construção de estradas, escolas, postos de saúde e equipamentos públicos em geral.
A remuneração deles ajudaria a cobrir os custos que representam para o Estado e as necessidades de suas famílias. Precisamos reduzir a maioridade penal e preparar o sistema prisional para que ele deixe de ser escola do crime, passando a local de aprendizado de cidadania, garantindo-se a reinserção exitosa dos indivíduos na sociedade, após o cumprimento das penas. 
Fátima Vilanova

mfatimavvilanova@gmail.com 
Doutora em sociologia