quinta-feira, 23 de abril de 2015

Cid Gomes afirma que país vive 'presidencialismo parlamentar'



Na primeira entrevista após a conturbada saída do Ministério da Educação (MEC), o ex-ministro Cid Gomes (Pros) avaliou que o Brasil vive hoje uma espécie de "presidencialismo parlamentar", com um Congresso com "muito pouco" compromisso com a governabilidade e um governo cada vez mais dependente do PMDB. Cid Gomes prevê que a presidente Dilma Rousseff enfrentará muita dificuldade para aprovar o ajuste fiscal. "Vivemos hoje um presidencialismo parlamentar, com um Congresso que tem muito pouco compromisso com os reais problemas do País", afirmou, em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. De acordo com ele, falta atualmente uma "sintonia" entre os Poderes Executivo e Legislativo. Não por questões ideológicas, mas por motivos "fisiológicos", com um Parlamento onde são poucos os que têm compromisso com a governabilidade. 

O ex-governador do Ceará avaliou que esse cenário é agravado por um PMDB com espaço cada vez maior no governo federal, o que, na opinião dele, é "ruim para o País". Segundo Cid Gomes, a ida do vice-presidente Michel Temer para a articulação política do Planalto, no lugar do ex-ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT), mostra a força do PMDB e a dependência do governo em relação ao partido, que também detém as presidências do Senado, com Renan Calheiros (AL), e da Câmara, com Eduardo Cunha (RJ). Para o ex-ministro da Educação, deputados e senadores têm aprovado uma série de propostas na "contramão" do ajuste fiscal, o que deverá tornar a aprovação do ajuste no Legislativo uma tarefa difícil para o governo Dilma. "Hoje é absolutamente consensual no Brasil a necessidade de se equacionar o Orçamento, e o Parlamento, como regra, trabalha na contramão porque não tem compromisso com a governabilidade", afirmou. "O Parlamento é um antipoder", acrescentou. 

Na avaliação de Gomes, a crise vivida hoje pelo governo é reflexo, sobretudo, do modelo político brasileiro, em que o Executivo depende muito do Parlamento para conseguir governar. "Se o Brasil vivesse o parlamentarismo, o Parlamento governaria com a responsabilidade para o bem ou para o mal. Como não é assim, o Parlamento não se sente responsável. Quer tomar parte do governo para si", afirmou. Conforme o ex-ministro da Educação, as propostas de reforma política apresentadas até agora não atacam essa questão. O ex-ministro contou que já previa que teria de deixar o cargo quando foi à Câmara, após ser convocado para prestar esclarecimentos sobre a declaração de que, na Casa, havia "400, 300 achacadores". No depoimento, Cid Gomes manteve a afirmação. "Eu sabia que ou eu desmentia o que disse ou deixaria o cargo. As duas coisas eram incompatíveis", disse. Cid Gomes lembrou que, logo após o incidente, foi ao Palácio do Planalto e entregou o cargo. Desde então, disse que não conversou mais com Dilma. 

O ex-ministro evitou tecer comentários sobre o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. Após a quarentena exigida ao deixar o cargo público, o ex-governador cearense deve ir trabalhar no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), nos Estados Unidos, a partir do segundo semestre, como planejava após deixar o governo do Ceará, no ano passado. Ele ressaltou que essa é uma das possibilidades, mas ponderou que ainda não bateu martelo.  

Estadão

Análise: Por que danado se torce por um time do ‘Sul’

Com a cobertura da participação do Salgueiro na Copa do Brasil, veio a constatação que pegou algumas pessoas de surpresa de que existem torcedores do Flamengo em território pernambucano. O que  mexeu um pouco com os brios de quem pensava que nós éramos imunes  à  “tendência” de nossos vizinhos  de terem um time do “Sul”.
A verdade é que a sensação de que não nos deparamos com camisas do Flamengo, Vasco, São Paulo ou Corinthians com tanta frequência como em  João Pessoa, Maceió e até Fortaleza se restringe à  Região Metropolitana do Recife, que é por onde a gente anda mais.
Afinal, a  RMR não se contagia por esse estrangeirismo em grande parte  porque os times da capital são “visíveis” à cobertura da imprensa local, que nunca os abandonou,  independente da campanha. Um interesse que move a paixão dos torcedores e retroalimenta a vontade da mídia, sempre  em busca de audiência, num ciclo virtuoso.
Como a distribuição de jornais e sintonia de rádios e TV vai rareando interior a dentro, a única saída são as parabólicas – não confundir com TV por assinatura – quase todas presas às  programações do “Sul”, o que faz às vezes torna mais fácil ficar informado em pleno Sertão pernambucano sobre um assalto no Leblon que no Recife. A lógica é a mesma com o futebol.
Melhor que lamentar e reclamar é agir, começar a prestar mais atenção além da RMR, não só divulgando os times da capital no interior, mas abrindo esse fluxo em  mão-dupla.  Foi o que fez o Blog do Torcedor e o outros veículos do SJCC, ao enviar um repórter ao Sertão e cobrir a movimentação da torcida, a expectativa, o treino e o jogo direto de Salgueiro,  que, não custa nada lembrar, fica em  Pernambuco. Uma cobertura que ao mesmo tempo que reduz um pouco nossa dívida  com o torcedor do interior, está dando um orgulho danado da gente de fazer.
Sistema Jornal do Comércio de Pernambuco

Apenas 1 em cada 10 jovens infratores saem para estudar ou trabalhar

Os jovens que cometeram crimes graves, como latrocínio e estupro, sejam minoria, apenas 10% dos 23 mil adolescentes infratores do país cumprem punição em semiliberdade. Entre os adultos condenados, a porcentagem é bem maior: 35%. Com informações do jornal Folha de S.Paulo.
A semiliberdade permite que o jovem saia para estudar e trabalhar de dia e volte para dormir na unidade.
É uma medida socioeducativa menos severa que a simples internação –que, pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), deve ser adotada quando o jovem pratica o ato "mediante grave ameaça ou violência à pessoa", como homicídio, latrocínio e estupro, reincidência e descumprimento de medida anterior.
Já a semiliberdade cabe, por exemplo, em casos de tráfico flagrado pela primeira vez e com pouca quantidade.
Mas há Estados sem nenhum jovem em semiliberdade, caso de Mato Grosso, ou com menos de 3% deles, como Paraíba e Maranhão. Entre os motivos estão a falta de estrutura e o rigor de juízes.
Em São Paulo, os envolvidos em atos hediondos são 2,6% dos internos. Mas só 7% do total têm semiliberdade.
(Com informações do jornal Folha de S.Paulo)

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Nova greve dos caminhoneiros



Os caminhoneiros ameaçam parar novamente a partir desta quinta-feira (23) caso o governo federal não atenda às reivindicações da categoria, de acordo com reportagem da Agência Câmara. Terminou na última terça-feira (21) o prazo pedido pelo governo para tentar um entendimento com o setor e atender à principal reivindicação dos caminhoneiros: uma tabela de custo que possa embasar um preço mínimo para o transporte de mercadorias. O deputado Celso Maldaner (PMDB-SC), coordenador da comissão externa da Câmara que acompanha o movimento, disse que ainda não há consenso sobre o tema. "O impasse que nós vamos ter no dia 22 é a reivindicação da tabela referencial de custos. Essa é a nossa grande preocupação. Grandes embarcadores e trades entendem que não pode haver uma tabela mínima", explicou o parlamentar. Ivar Schmidt, líder de um dos movimentos de caminhoneiros, o Comando Nacional de Transporte, destacou que muitos caminhoneiros dependem de uma tabela mínima para basear seus custos de frete. "A principal reivindicação nossa no dia 22 é a criação do frete mínimo. É uma questão de sobrevivência para a categoria hoje. Em geral, o pessoal que trabalha com caminhão não tem um grau de instrução muito elevado, não sabe calcular o custo de transporte e acaba carregando por menos do que é o custo real", disse Schmidt. "Por isso a gente está exigindo essa tabela do frete mínimo, como se fosse um salário mínimo, para que garanta pelo menos a cobertura dos custos", acrescentou.

Câmara dos Deputados gasta R$ 200 mil com sala VIP em aeroporto, diz coluna



A Câmara dos Deputados acaba de renovar um contrato para uso de uma sala VIP no aeroporto de Brasília. O espaço de 42 m² custará R$ 206 mil ou cerca de R$ 18 mil mensais, de acordo com a coluna Expresso, da revista Época. O contrato foi firmado com a Inframerica, empresa que administra o aeroporto, e prevê a cessão de três linhas de telefone fixo aos deputados que estiverem de passagem. A regalia, no entanto, não é exclusividade da Câmara. Conforme publicado na coluna, o Senado também gasta valor parecido para manter uma sala VIP no prédio.

Senado aprova voto distrital para vereadores em cidades com mais de 200 mil habitantes



A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (22) a eleição de vereadores por voto distrital em cidades com mais de 200 mil eleitores, segundo informações da Agência Brasil. A mudança está prevista no Projeto de Lei do Senado (PLS) 25/2015. Conforme a proposta estabelece, estes municípios serão divididos em distritos na mesma quantidade do número de vagas da Câmara. Cada distrito elege um vereador por maioria simples – 50% dos votos mais um – e o candidato mais votado será eleito. Nesta lógica, o texto prevê que o partido ou a coligação poderá registrar apenas um candidato por distrito e cada vereador terá um suplente. Caberá os Tribunais Regionais Eleitoral (TRE) a divisão dos distritos, com critérios de continuidade do território e igualdade de voto. O relator do PLS na CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), leu seu voto favorável ao projeto e conseguiu a aprovação de uma emenda para eliminar o dispositivo que previa o fim da propaganda eleitoral dos candidatos a vereador. Ainda segundo a Agência Senado, se não for apresentado recurso para que a matéria seja examinada pelo plenário do Senado, a proposta segue direto para a Câmara dos Deputados. A expectativa é que a proposta seja decidida a tempo de valer para as eleições de 2016.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Marina: Dilma vive ‘cassação branca’

Terceira colocada nas disputas presidenciais de 2010 e 2014, a ex-senadora Marina Silva (PSB-AC) avalia que a presidenta Dilma Rousseff (PT) vive uma espécie de “cassação branca”, na qual quem comanda a política é o PMDB, na figura do vice-presidente Michel Temer, e a economia é tocada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
“Na realidade de hoje, é como se a presidente só estivesse manejando a crise. A economia está nas mãos do Levy e a política está nas mãos do PMDB. Na prática, você já tem quase uma cassação branca de um governo que acaba de ser eleito”, disse Marina em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
A ex-senadora sustenta que Dilma tem “responsabilidade política indireta patente” nos escândalos da Petrobras. “Como você é ministro de Minas e Energia, chefe da Casa Civil e presidente da República e tudo isso acontece?” Mas ressalta que não há, no momento, elementos que justifiquem o eventual impeachment da presidenta.
Para ela, a oposição deve agir com responsabilidade em relação a esse assunto e fazer o que é “correto”, e não se deixar levar pelas manifestações das ruas. “O impeachment está previsto na Constituição, não é ilegal nem é ilegítimo se referir a ele como alternativa, mas, para chegar a ele, existem vários elementos, não é só o desgaste político, só a vontade política, mas é também a materialidade dos fatos. Os que têm responsabilidade política não podem passar por cima da materialidade dos fatos”, declarou a ex-petista à jornalista Eliane Cantanhêde.
Primeira senadora eleita pelo PT, a ex-ministra do Meio Ambiente no governo Lula considera que Dilma está colhendo a “herança maldita” de seu primeiro governo, quando tentou conduzir a economia e, segundo Marina, fracassou. Para ela, o país não teria chegado a uma crise política dessa dimensão se PT e PSDB tivessem estabelecido uma “agenda essencial”, em vez de reivindicarem o “monopólio” da inclusão social, no caso do primeiro, ou da estabilidade econômica, no caso do segundo.

Fracassa manifestação pela renúncia de Eduardo Cunha em Fortaleza


Um grupo de 200 manifestantes - segundo a Polícia Militar  - em sua maioria servidores comissionados das Prefeitura de Fortaleza, Sobral e do Governo do Estado, protestaram na manhã deste domingo (19) em uma passeata que saiu do Aterro da Praia de Iracema, e seguiu através da Avenida Beira Mar, gritando palavras de ordem e exigindo a renúncia do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).


Os manifestantes também condenavam o PMDB, veiculando o partido à denúncias de corrupção e atacavam duramente o senador Eunício Oliveira.

A realização do movimento foi idealizada pelos irmãos Cid e Ciro Gomes, desde o dia em que o ex-governador do Ceará se demitiu do Ministério da Educação do Governo Dilma. Mas, nenhum dos dois compareceu ao ato, como também o governador Camilo Santana e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.

A riqueza do movimento, comprovada através dos gastos, foi o destaque com a utilização de carros de som e a distribuição de camisas entre banhistas que estavam na praia. Além disso, organizadores estariam pagando manifestantes para participar do movimento, o que ninguém quis comentar.

Diante da ausência de apoio popular, a Polícia Militar acompanhou o movimento à distância, que chegou a causar apenas pequenos congestionamentos.

Ceará News 7

Cid Gomes nos EUA

O ex-governador e ex-ministro da educação, Cid Gomes, encontra-se nos EUA com a família. Nada de acertos relacionados a trabalho com o BID. Passará uma semana de lazer.

Custo da saúde nos hospitais regionais do Ceará

A manutenção mensal dos grandes hospitais geridos pelo Estado não é coisa pouca, não. O Hospital Regional do Cariri custa R$ 10,6 milhões; o Hospital Regional do Norte, R$ 14,5 milhões; e o HGF tem peso de R$ 22 milhões.

Mas no Centro-Sul o Hospital Regional custa por mês R$ 309 mil reais.

Frente Parlamentar Católica será apresentada

Será dia 28 o lançamento da Frente Parlamentar Católica, com 200 deputados, sob tutela do federal Givaldo Carimbão (PROS-AL).
Chega como irmã da Bancada Evangélica, representada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha. As duas se unem para blindar a pauta conservadora do presidente, com o discurso sobre valores morais e da família.
Coluna Esplanada

Eduardo Cunha rejeita tese do impeachment, mesmo após 'pedalada fiscal'



Principal estrela do Fórum de Comandatuba, maior encontro empresarial do País, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeitou veementemente a tese de que já existem elementos para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, proposta que ganha corpo entre os partidos de oposição. "Qualquer coisa que chegar a gente vai examinar com atenção e respeito. Mas, na minha opinião, o que saiu em relação a isso foi no mandato anterior. Não vejo como possa se aplicar em responsabilidade no atual mandato", afirmou. Questionado se as "pedaladas fiscais", manobras em que o governo usou bancos públicos para cobrir despesas que deveriam ter sido pagas pelo Tesouro, justificariam o impedimento da presidente, Cunha novamente rejeitou a ideia. "O que vocês chamam de pedalada é a má prática de se adiar investimento para fazer superávit primário. Isso vem sendo praticado nos últimos 15 anos sem nenhuma punição", avaliou. Sobre a votação do projeto de terceirização, que deve acontecer na quarta-feira, o presidente da Câmara afirmou que foi "um erro" ter demorado tanto tempo para se votar essa pauta. "Faz anos que está lá. Não tenho compromisso com o conteúdo do resultado, mas com a votação." Organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), o Fórum de Comandatuba começou ontem e terminará na terça-feira.