terça-feira, 17 de março de 2015

FHC chama Lula à responsabilidade de responder aos protestos

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) avaliou que as manifestações do último domingo passaram um recado tanto para a presidente Dilma Rousseff (PT) como para o ex-presidente Lula (PT). Em entrevista ao jornal Valor Econômico, FHC disse que os ânimos se acirraram após a fala de Lula de que exércitos da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) iriam para as ruas defender o governo. O tucano reclamou ainda do silêncio do petista .
– Ele sumiu e agora só a Dilma que é a culpada? Só se lê nos jornais que Lula reclamou da Dilma. Que é isso? – questionou.
Ele avaliou que os protestos e especialmente os panelaços mostraram que é a sociedade que está surda ao governo e não o contrário. Disse ainda não crer que Lula e Dilma não soubessem sobre o esquema de corrupção na Petrobras.
– Em português claro: não é crível que o que aconteceu na Petrobras fosse desconhecido por quem estivesse no poder, seja Lula seja Dilma. Não digo que estejam involucrados no assunto, mas não é crível que estivessem alheios. Foram muitos anos com diretores sustentados pelos partidos.

Crise econômica

Fernando Henrique cobrou Lula, Dilma e o PT pelo que considera erros econômicos. Argumentou que as falhas em optar por controle de preços de combustíveis, política de campeões nacionais – de priorizar empréstimos do BNDES para algumas companhias – e mesmo as decisões de política energética não podem ser colocadas na conta do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. FHC repetiu a argumentação que vem sendo feita pelo PSDB e pela oposição de cobrar um mea-culpa do governo petista.
– Quantas vezes não disse que errei por não ter ajustado o câmbio antes de 1998? Tinha mil razões para dizer por que não ajustei, mas não importa. Não se pode fugir da responsabilidade histórica.
O ex-presidente tucano avaliou ainda que o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi nomeado "não pela razão, mas pelo coração". Para FHC, fica evidente o entendimento do Planalto de que, se Levy for embora, "a coisa explode". Ele apontou, contudo, não ser fatalista e ver condições para a correção de rumo na economia.
– O desemprego cresceu, mas ainda não é assustador. A inflação subiu, está pegando mais que o desemprego, mas ainda há margem de manobra do governo. O ex-presidente avaliou que o PMDB pode até ter diminuído em tamanho de bancadas no Congresso Nacional, mas ainda tem consistência e poder de influenciar partidos próximos. Ele avaliou que a legenda pode ajudar na aprovação de ajustes fiscais, mas que o PT vai ter colocar a mão no fogo.– Quem vai pagar o preço é o PT. Ninguém vai pôr a mão no fogo para tirar as castanhas. Claro que não são malucos de negar o necessário. Acho que não haverá irresponsabilidade de negar o ajuste, mas vai custar para fazer. 
Sobre os rumores de que ele se encontraria com Dilma em um gesto de acalmar os ânimos entre os dois partidos adversários em um momento que ganham força discursos mais radicais de impeachment, FHC disse nunca ter recusado o chamado de ninguém para conversar, mas que o "momento não é de conchavo".– Se a presidente achar que é o momento de chamar, deve ser público – afirmou.
Estadão

Site lança campanha para Temer assumir presidência; vice não sabe quem é o responsável

Com a crescente insatisfação de parte do eleitorado, que cobra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) por conta dos escândalos de corrupção na Petrobras e a crise econômica, já começou a se falar na possibilidade do vice, Michel Temer (PMDB), assumir o cargo. Tanto que um site já foi criado para promovê-lo, com sua biografia e, numa referência ao número do PMDB, lista 15 motivos por que o vice seria credenciado para assumir o Executivo. O problema é que, de acordo com a coluna Radar Online, Temer e seus assessores não fazem ideia de quem criou o site e podem tentar tirá-lo do ar. Baseado nos Estados Unidos, o site não permite que se descubra o nome de quem o registrou.

Governo irá adotar número no WhatsApp para fazer propaganda e desmentir boatos

O WhatsApp está mesmo em moda na política brasileira. Depois do vereador Isnard Araújo (PR) propor um centro de recuperação para os "viciados" no aplicativo e do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) ironizar um possível grupo dos ministros de Dilma Rousseff, o governo irá adotar o app. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o Palácio do Planalto terá, em abril, um número para enviar mensagens de Whatsapp para quem se cadastrar. A ideia é divulgar fatos positivos e rebater boatos contra a presidente nas redes sociais. Segundo a publicação, o governo avalia que a popularização do Whatsapp impede o monitoramento confiável de adesão a manifestações e do potencial de alcance de notícias negativas, como havia em junho de 2013, por exemplo.

Cid Gomes poderá ser substituído por Aloizio Mercadante na educação

A presidente Dilma Rousseff está mesmo disposta a fazer uma reforma política após três meses de seu segundo mandato, e pressionada pelas manifestações realizadas no último final de semana e embates internos.

Aconselhada pelo ex-presidente Lula, com quem ela se reuniu na noite desta segunda-feira (17), a mexida em áreas em áreas específicas do primeiro escalão terá como principal objetivo dar mais espaço ao PMDB, e garantir o apoio do partido às medidas do ajuste fiscal.

Em uma das principais mudanças, Dilma estuda enviar o atual chefe da Casa Civil para a Educação, hoje sob o comando de Cid Gomes (PROS-CE), fragilizado desde que entrou em atrito na Câmara de fortaleza.

*Com Folha de S. PAULO.

Brasileiros já pagaram mais de R$ 400 bilhões em impostos em 2015

Os contribuintes brasileiros já pagaram mais de R$ 400 bilhões em impostos federais durante 2015. A marca foi alcançada no início da tarde desta segunda-feira (16), segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Segundo Rogério Amato, presidente da ACSP, em 2014 o número foi alcançado apenas no dia 24 de março, demonstrando um aumento da arrecadação no país. "E esse aumento é resultado da elevação de preços e do fim de isenções fiscais”, afirmou em entrevista ao G1. Ao final do ano passado, o impostômetro beteu recorde ao alcançar R$ 1,8 trilhão, montante superior ao 1,7 trilhão arrecadado em 2013.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Henrique Eduardo Alves não quer ministério das Relações Institucionais, diz coluna

O ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB) não quer o ministério das Relações Institucionais – de acordo com a coluna de Felipe Patury, da revista Época. Segundo a publicação, a recusa do peemedebista é motivada pela “alta temperatura” entre o governo e o congresso. Apesar da negativa, Alves continua mesmo de olho e no Ministério do Turismo, cargo pelo qual ele já foi especulado em outras oportunidades.

Camilo Santana diz que diálogo em 2016 "depende do PMDB"

Nesta segunda-feira,16,  foi publicado na coluna Vertical do Jornal O Povo que tem a frente o blogueiro Eliomar de Lima. Uma nota onde afirma que o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), indagado se o partido do seu principal rival na eleição passada pode entrar no diálogo sobre a disputa eleitoral de 2016, disse que "depende do PMDB". Na última semana, Camilo fez críticas ao PMDB dizendo que a sigla "não se comporta como partido da base aliada".

Protestos rendem quase 2 milhões de tuítes durante o final de semana

Os protestos que aconteceram no Brasil provocaram uma onda de tuítes sobre o assunto ao longo do final de semana. Entre 0h da última sexta-feira (13) e 12h desta segunda-feira (16) foram registradas 1,7 milhões de mensagens na rede social com as hashtags #Dilma, #governo, #manifestação e #protesto. O período de análise abrange os protestos organizados por movimentos sindicais na sexta e a mobilização contra o governo que aconteceu neste domingo (15). O pico de tuítes aconteceu ontem às 15h30, momento em que cerca de 2 mil novas mensagens eram publicadas por minuto no Twitter. O Twitter chegou a preparar um mapa interativo com o fluxo de tuítes com as hashtags analisadas ao longo dos últimos dias.

Cearense terá três feriados nas próximas semanas

O fortalezense e os habitantes de vários outros municípios do Estado terão três feriados nas três próximas semanas. Os dois primeiros, nesta semana e na próxima, concentram-se no intervalo de sete dias. Um é feriado celebrado em vários municípios pelo Estado Ou outro é o único de âmbito estadual no Ceará. A seguir, haverá o feriadão da Semana Santa. 
Nesta quinta-feira, 19, será o dia de São José, festa religiosa católica do santo padroeiro do Estado. Embora seja tradição comemorar a festa em todo o Ceará, trata-se de feriado a ser definido a critério de cada município. Em Fortaleza, o dia de São José é oficializado como feriado pela lei 8.796, de 9 de dezembro de 2003, sancionada pelo então prefeito Juraci Magalhães.
Em vários outros municípios, também há lei estabelecendo feriado no dia do padroeiro do Estado. Entre eles estão Aracati, Aquiraz, Caucaia, Crateús, Iguatu, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Pacajus, Quixadá, Sobral, entre outros. E há lugares em que é feriado pela tradição, embora não haja decreto oficial.
O dia de São José é um marco para o sertanejo que, pela crença popular, acredita que a chuva ou a ausência dela neste dia indica se haverá ou não quadra chuvosa favorável ao plantio.
Em 25 de março, haverá o feriado mais novo a que o cearense tem direito. Criado há quatro anos, marca o dia da abolição da escravidão no âmbito estadual, em 1884, há 133 anos. Instituído por emenda constitucional aprovada na Assembleia Legislativa, a partir de proposta de autoria do ex-deputado estadual Lula Morais (PCdoB), o feriado demarca o pioneirismo do Ceará na libertação dos escravos. Foi a primeira província - denominação usada na época do Império - a tomar a atitude, cinco anos antes de a princesa Isabel sancionar a Lei Áurea. É o único feriado instituído no âmbito estadual, considerado data magna do Ceará.
Na primeira semana de abril, haverá o feriado de Sexta-Feira Santa, no dia 3. Em escolas e algumas repartições públicas, o feriado começa um dia antes, na quinta-feira. Na Justiça Federal, é feriado a partir da quarta-feira.
Ao longo do ano, haverá mais nove feriados em Fortaleza. Sete deles em dias úteis, um num sábado (15 de agosto) e um num domingo (15 de novembro).

Saiba mais

Próximos feriados
19 de março (quinta-feira) – Dia de São José (feriado municipal)
25 de março (quarta-feira) – Abolição dos escravos no Ceará, data magna do Estado
3 de abril (sexta-feira) – paixão de Cristo
21 de abril (terça-feira) – Tiradentes (feriado nacional)
1º de maio (sexta-feira) – Dia do Trabalho (feriado nacional)
4 de junho (quinta-feira) – Corpus Christi (feriado municipal)
15 de agosto (sábado) – Dia de Nossa Senhora da Assunção (feriado municipal)
7 de setembro (segunda-feira) – Dia da Independência (feriado nacional)
12 de outubro (segunda-feira) – Dia de Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional)
2 de novembro (segunda-feira) – Dia de Finados
15 de novembro (domingo) – Proclamação da República (feriado nacional)
25 de dezembro (sexta-feira) – Natal (feriado nacional)

Outras datas
Há outras datas que não são feriado por lei, mas nas quais é decretado ponto facultativo no serviço público, ou nas quais há feriado para algumas categorias. Por exemplo, em 11 de agosto, Dia do Estudante, não há aula nas instituições de ensino. Assim como em 15 de outubro, dia do professor. O mesmo vale para o comércio no dia dedicado aos trabalhadores do setor, 26 de outubro.  
É decretado ponto facultativo, válido sobretudo para o serviço público, na segunda-feira e na terça-feira de Carnaval, até 14 horas da Quarta-feira de Cinzas, no Dia do Servidor Público (28 de outubro) e a partir de 14 horas dos dias 24 de dezembro (véspera de Natal) e 31 de dezembro (véspera de Ano Novo). Nos municípios em que não é decretado feriado, Corpus Christi também tem ponto facultativo.
O POVO

Eduardo Cunha diz que vai arquivar pedidos de impeachment contra Dilma Rousseff

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), indicou nesta segunda-feira (16) que vai arquivar os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que chegarem à Casa. Cunha, que é o terceiro na linha de sucessão da Presidência, disse que não leu o pedido do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), mas acredita que o impeachment "não é a solução". Ele ainda disse que o impedimento da presidente é uma situação que "beira o ilegal e o inconstitucional". "Efetivamente, da nossa parte, não tem guarida para poder dar seguimento até porque entendemos que esta não é a solução. Entendemos que temos um governo que foi legitimamente eleito e que, se aqueles que votaram neste governo se arrependeram de terem votado, isso faz parte do processo político. E não é dessa forma que vai resolver", argumentou o peemedebista, após participar de um encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. "Temos que debater, sim, o que aconteceu nas ruas ontem, temos que buscar formas que ajudem o governo a se encontrar com aquilo que a sociedade deseja ver. Mas não a partir de situações que cheiram e beiram o ilegal e o inconstitucional", completou. Em seguida, o presidente da Câmara passou a fazer críticas ao governo e aos ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, escalados para defender o governo no início da noite desse domingo (15). Cunha disse que a fala dos ministros não refletiu o clima das ruas e chamou a participação dos dois de "desastre". "Não vi ninguém nas ruas pedir reforma política, vi pedir reforma de governo", disse Cunha. "Não vi ninguém nas ruas dizendo que o financiamento empresarial é o problema". Sobre a proposta apresentada pelos ministros de um pacote anticorrupção, Cunha ironizou dizendo que há dois anos escuta o governo dizer que vai mandar as medidas para o Congresso. "Qualquer proposta que mandarem eu coloco em votação imediatamente", disse.

YouTube permitirá que usuários assistam vídeos em 360 graus

O YouTube anunciou neste final de semana que dará suporte para o envio de vídeos em 360 graus, no site e também em dispositivos móveis com sistema Android. O recurso permite que os usuários assistam às publicações em diferentes ângulos. Para o desenvolvimento da ferramenta, o YouTube trabalha em parceria com empresas do setor de câmeras 360 graus, já disponíveis no mercado. De acordo com nota emitida pelo site, em breve o recurso estará disponível para iPhone e iPad. No Brasil, a primeira experiência com vídeos que podem ser assistidos em vários ângulos foi realizada durante o carnaval de Salvador deste ano, com os shows de Anitta e do cantor Neto Lx; confira.

MPF denuncia João Vaccari Neto e Renato Duque por corrupção e lavagem de dinheiro

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 27 pessoas por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Entre os envolvidos estão João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, e Renato de Souza Duque, ex-diretor de serviço da Petrobras que foi preso nesta segunda-feira (16), dia em que foi deflagrada a 10ª fase da Operação Lava Jato. De acordo com o G1, a denúncia aponta que os dois participavam de reuniões para tratar de pagamentos de propina. Segundo o MPF, aconteceram 24 pagamentos ao longo de 18 meses, totalizando R$ 4,26 milhões. O valor foi pago na forma de doações oficiais ao PT, mas tinha origem como propina. Entre os denunciados também estão o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o ex-gerente da Petrobras Pedro José Barusco Filho. Confira a lista com os 27 denunciados: Adir Assad, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Alberto Elísio Vilaça Gomes, Alberto Youssef, Ângelo Alves Mendes, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, Dario Teixeira Alves Júnior, Francisco Claudio Santos Perdigão, João Vaccari Neto, José Aldemário Pinheiro Filho, José Américo Diniz, José Humberto Cruvinel Resende, Julio Gerin de Almeida Camargo, Lucélio Roberto Von Lehsten Góes, Luiz Ricardo Sampaio de Almeida, Mario Frederico Mendonça Góes, Marcus Vinícius Holanda Teixeira, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, Paulo Roberto Costa, Pedro José Barusco Filho, Renato de Souza Duque, Renato Vinícios de Siqueira, Rogério Cinha de Oliveira, Sérgio Cunha Mendes, Sonia Mariza Branco, Vicente Ribeiro de Carvalho, Waldomiro de Oliveira.