sábado, 4 de janeiro de 2014
Cid Gomes triplica investimentos na segurança
Apesar das estatísticas revelarem o crescimento da violênciApesar das estatísticas revelarem o crescimento da violência no Ceará, a Segurança Pública foi o setor que teve maior aumento nas despesas entre 2007 e 2012, se comparado à Saúde e Educação. Segundo o portal Dados Federativos, do Senado Federal, o gasto do Executivo Estadual com Segurança cresceu 185,69%, passando de R$ 502,3 milhões, no primeiro ano do Governo Cid, para R$ 1,4 bilhão no ano passado. Em todos os anos, os valores liquidados pelo Governo do Estado com a área foram menores do que os que tinham sido autorizados.Entre 2007 e 2012, os gastos com Segurança Pública cresceram a cada ano. O maior aumento na despesa liquidada foi entre 2008 e 2009, quando passou de R$ 592,7 milhões para R$ 815,5 mi. Os valores informados pelo Portal Dados Federativos incluem a despesa com pessoal, manutenção dos órgãos de Segurança e o aparato das polícias Civil e Militar.A despesa liquidada com a área da Saúde, por sua vez, aumentou 131,88% entre 2007 e 2012. Passou de R$ 881,7 milhões, no primeiro ano da atual gestão, para R$ 2 bilhões no ano passado. Em todos os anos, a despesa só aumentou. O maior crescimento ocorreu entre 2011 e 2012, quando o gasto liquidado passou de R$ 1,7 bilhão para R$ 2 bilhões.Já a Educação teve o menor crescimento entre 2007 e 2012. Comparando o primeiro ano da atual administração e o ano passado, os gastos aumentaram apenas 17,86%, passando de R$ 1,94 bilhão no primeiro ano para R$ 2,29 bilhões em 2012. De 2011 para 2012, houve decréscimo da despesa, quando o gasto diminuiu R$ 1,6 bilhão.A Secretaria da Educação (Seduc) diz que essa redução ocorreu porque, a partir de 2012, os recursos do Fundeb repassados pelo Estado aos municípios do Interior para aplicação nos sistemas de ensino municipais passaram a ser contabilizados no orçamento de receita, e não mais de despesa, como antes.a no Ceará, a Segurança Pública foi o setor que teve maior aumento nas despesas entre 2007 e 2012, se comparado à Saúde e Educação. Segundo o portal Dados Federativos, do Senado Federal, o gasto do Executivo Estadual com Segurança cresceu 185,69%, passando de R$ 502,3 milhões, no primeiro ano do Governo Cid, para R$ 1,4 bilhão no ano passado. Em todos os anos, os valores liquidados pelo Governo do Estado com a área foram menores do que os que tinham sido autorizados.
Entre 2007 e 2012, os gastos com Segurança Pública cresceram a cada ano. O maior aumento na despesa liquidada foi entre 2008 e 2009, quando passou de R$ 592,7 milhões para R$ 815,5 mi. Os valores informados pelo Portal Dados Federativos incluem a despesa com pessoal, manutenção dos órgãos de Segurança e o aparato das polícias Civil e Militar.A despesa liquidada com a área da Saúde, por sua vez, aumentou 131,88% entre 2007 e 2012. Passou de R$ 881,7 milhões, no primeiro ano da atual gestão, para R$ 2 bilhões no ano passado. Em todos os anos, a despesa só aumentou. O maior crescimento ocorreu entre 2011 e 2012, quando o gasto liquidado passou de R$ 1,7 bilhão para R$ 2 bilhões.Já a Educação teve o menor crescimento entre 2007 e 2012. Comparando o primeiro ano da atual administração e o ano passado, os gastos aumentaram apenas 17,86%, passando de R$ 1,94 bilhão no primeiro ano para R$ 2,29 bilhões em 2012. De 2011 para 2012, houve decréscimo da despesa, quando o gasto diminuiu R$ 1,6 bilhão.A Secretaria da Educação (Seduc) diz que essa redução ocorreu porque, a partir de 2012, os recursos do Fundeb repassados pelo Estado aos municípios do Interior para aplicação nos sistemas de ensino municipais passaram a ser contabilizados no orçamento de receita, e não mais de despesa, como antes.
Senado: Projeto estabelece regras específicas para educação superior
Com relatório favorável pronto para ser analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 375/2005 fixa normas de organização, funcionamento e avaliação da educação superior pública e privada. A proposta foi apresentada pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) quando a discussão sobre a reforma universitária teve início, em 2005, em consulta pública feita pelo Ministério da Educação (MEC). O PLS propõe a criação do Sistema Federal de Educação Superior e do Plano Nacional de Educação Superior. A organização acadêmica do setor, suas modalidades, requisitos e estrutura são tópicos abordados na matéria, que também trata do processo de escolha dos dirigentes e da autonomia da gestão financeira e patrimonial das instituições. Segundo a Agência Senado, a intenção do senador foi ampliar o debate sobre as emergências de atuação da universidade brasileira. Cristovam ressalta que a reforma do ensino superior no país deve consolidar a democracia e promover um desenvolvimento justo, equilibrado e sustentável, e não apenas garantir o sucesso pessoal dos indivíduos. Para ele, é preciso definir o papel da universidade, dando a ela duas finalidades básicas e uma complementar: a construção da nação e a transformação social; e o enriquecimento cultural da humanidade. Na CCJ, o relator Cícero Lucena (PSDB-PB) propõe alterações que não modificam o mérito da proposta, apenas visam dar maior consistência quanto à juridicidade e à constitucionalidade, a fim de evitar questionamentos futuros. O projeto ainda deve ser analisado pela Comissão de Educação Cultura e Esporte (CE), onde receberá decisão Com relatório favorável pronto para ser analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 375/2005 fixa normas de organização, funcionamento e avaliação da educação superior pública e privada. A proposta foi apresentada pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) quando a discussão sobre a reforma universitária teve início, em 2005, em consulta pública feita pelo Ministério da Educação (MEC). O PLS propõe a criação do Sistema Federal de Educação Superior e do Plano Nacional de Educação Superior. A organização acadêmica do setor, suas modalidades, requisitos e estrutura são tópicos abordados na matéria, que também trata do processo de escolha dos dirigentes e da autonomia da gestão financeira e patrimonial das instituições. Segundo a Agência Senado, a intenção do senador foi ampliar o debate sobre as emergências de atuação da universidade brasileira. Cristovam ressalta que a reforma do ensino superior no país deve consolidar a democracia e promover um desenvolvimento justo, equilibrado e sustentável, e não apenas garantir o sucesso pessoal dos indivíduos. Para ele, é preciso definir o papel da universidade, dando a ela duas finalidades básicas e uma complementar: a construção da nação e a transformação social; e o enriquecimento cultural da humanidade. Na CCJ, o relator Cícero Lucena (PSDB-PB) propõe alterações que não modificam o mérito da proposta, apenas visam dar maior consistência quanto à juridicidade e à constitucionalidade, a fim de evitar questionamentos futuros. O projeto ainda deve ser analisado pela Comissão de Educação Cultura e Esporte (CE), onde receberá decisão terminativa
Resultado do Enem é divulgado
Foram divulgados na noite desta sexta-feira (3) os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os feras podem conferir seu desempenho no site oficial da prova. O estudante deve usar a senha do Enem e o número de inscrição ou o CPF para ter acesso às informações. Quem perdeu a senha pode recuperá-la no próprio site. Com o resultado, já é possível se inscrever a partir desta segunda-feira (6) no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), com quase 200 mil vagas.
As provas do Enem foram aplicadas nos dias 26 e 27 de outubro passado em 1.161 municípios de todo o País. Ao todo, participaram 5,05 milhões de candidatos.
Os alunos que desejarem participar do Sisu irão concorrer a 171.756 vagas de diversos cursos espalhados pelo Brasil. O número é 33% maior do que o ofertado no primeiro semestre do ano passado.
CALENDÁRIO
Inscrições no Sisu: de 6 a 10 de janeiro
Divulgação dos resultados da 1ª chamada: 13 de janeiro de 2014
Matrícula da 1ª chamada: 17, 20 e 21 de janeiro de 2014
Divulgação dos resultados da 2ª chamada: 27 de janeiro de 2014
Matrícula da 2ª chamada: 31 de janeiro, 3 e 4 de fevereiro de 2014
Inscrição na lista de espera: 27 de janeiro até 7 de fevereiro de 2014
Número de religiosos e missionários católicos mortos dobra em 2013
Vinte e dois agentes pastorais, a maioria padres e voluntários laicos católicos, foram mortos em 2013 no mundo, número quase duas vezes maior do que em 2012, informou nesta sexta-feira (3) a agência missionária Fides. O continente americano lidera o ranking das violências.
Com sede no Vaticano, a agência divulga anualmente este balanço. Segundo ela, 19 padres, uma religiosa e dois laicos foram assassinados no ano passado. No ano anterior, 2012, a Fides registrou 13 mortes; 26 em 2011 e 25 em 2010.
Em seu relatório, a agência mostra que a América é o continente com maior número de mortes: 15 ao todo, especialmente na Colômbia e no México. Há casos também no Brasil, na Venezuela, no Panamá e no Haiti.
Na África, três pessoas foram mortas: um padre na Tanzânia, uma religiosa em Madagascar e um laico na Nigéria. A Ásia também contabilizou três mortes: um padre na Índia, outro na Síria e um laico nas Filipinas. Na Europa, um padre foi assassinado na Itália.
Na maior parte dos casos as pessoas foram mortas em tentativas de assaltos à mão armada ou de roubo, seguidas ou não de agressão "brutal e feroz" - informa a Fides, que vê um "sinal de delinquência moral e de pobreza econômica e cultural".
A agência menciona também os casos de padres, religiosos ou laicos que foram sequestrados ou estão desaparecidos. O relatório alerta para a situação na Síria, assolada por uma guerra civil, onde alguns prelados ou religiosos não deram mais sinal de vida. É o caso do padre italiano Paolo Dall'Oglio, desaparecido desde o último mês de julho no norte da Síria.
Fonte: AFP
Marina Silva aceita ser lançada logo para vice de Eduardo Campos
Depois de convencer Eduardo Campos (PSB) a não apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, a ex-ministra Marina Silva (PSB) concordou em ter sua candidatura a vice de Eduardo lançada ainda neste mês ou no máximo até meados de fevereiro.
De acordo com o jornal O Globo, do Rio de Janeiro, Eduardo Campos desistiu do apoio a Alckmin depois que uma pesquisa encomendada pelo PSB testou a popularidade de Marina Silva e o alcance do seu apoio como vice à candidatura de Eduardo.
A popularidade de Marina bateu a casa dos 20%. Com o apoio dela, Eduardo ultrapassa Aécio Neves, aspirante a candidato do PSDB a presidente, nas maiores cidades do Estado.
Folhape
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Marcelo Nicácio está fora do Paysandu
Agora é oficial. O Paysandu confirmou, através de nota, que o atacante Marcelo Nicácio não faz mais parte dos planos do clube para a temporada 2014. O jogador teve seu contrato rescindido nesta sexta-feira, dia 3, depois de entrar em acordo com o presidente bicolor, Vandick Lima, em Salvador.
Opinião:Um país em ebulição
| Correio Braziliense |
A década de 50 foi para o Brasil uma das mais ricas da história. Ela começa, na verdade, em 1953 com a criação da Petrobras e se estende até 63, período em que nasceram a indústria automobilística, a bossa nova, o cinema novo, Brasília; foram criadas as primeiras grandes hidrelétricas; a Eletrobrás; o Código Brasileiro de Telecomunicações; a Lei de Remessa de Lucros; a concepção das reformas de base; realizada a III Conferência Nacional de Saúde, que lançou as bases da municipalização; a reforma agrária; e se conquistaram os bicampeonatos mundiais de futebol e de basquete e, ainda, Ademar Ferreira da Silva ganha duas medalhas olímpicas. A primeira foi em 52, mas isso já pode ser considerado prenúncio para a década que começava.
De lá para cá, talvez apenas entre 84 e 88, com as Diretas Já, a VIII Conferência Nacional de Saúde e a Constituinte, possa se pensar em um momento criativo e participativo como aquele. Neste 2013, 60 anos depois do início daqueles anos dourados, estão sendo colocados em discussão temas que podem estimular a criatividade e revitalizar a vida nacional. São eles: o voto aberto em confronto com o voto secreto; a liberdade de expressão versus o direito à privacidade; o marco civil da internet; a liberdade de manifestação versus o direito de ir e vir; o esvaziamento das grandes manifestações populares em função do comportamento violento de alguns setores (vândalos, da polícia ou de manifestantes) e a própria violência como forma de manifestação social.
Mais do que expõem por si mesmas, essas ideias publicitam a possibilidade de a nação (governo, instituições e povo) discutir nova ética, brasileira como a jabuticaba. O que é público, a obra ou a pessoa? Como estimular, proteger e garantir a ambos, sem inibir a livre manifestação?
Que vida queremos para nós mesmos e para os nossos netos? Quais os limites das liberdades individuais e coletivas que devem ser estabelecidos? E como chegar lá? Freud afirmava que as leis existem para conformar (dar forma a) uma civilização, de maneira a proteger o cidadão do governo, proteger o governo dos cidadãos e proteger uma pessoa de outra.
Não se trata de imaginar e propor um mundo perfeito e, por isso mesmo, inatingível. Mas de pensar que um mundo em que honestidade é cultuada como virtude, não atributo ético e culturalmente trabalhado pelas pessoas, merece ser repensado. As manifestações de rua que pipocaram em todo o país, as pesquisas de opinião, as cartas dos leitores nas mídias, os articulistas de jornais, revistas, rádios e tevês são pródigas em clamar por mudanças. Até o governo, monstro mamútico que não se prende a ideologias, fala em mudanças (o Mais Médicos é exemplo disso).
O país estava em ebulição cívica, que poderia ter sido mais criadora e dirigida para a expressão de anseios mais objetivos, entretanto a energia foi infelizmente contida pela violência de alguns. Violência que apareceu nas ruas e continua nos estádios de futebol. Questão interessante é por que não houve investigação coerente e consciente, nacionalmente falando, para conhecer mais sobre a violência e os violentos, quem os financiava e dava suporte, o que os atraía e quem se beneficiou com essas atitudes.
Uma coisa ficou patente. A violência afastou o povo das ruas e deu fim às manifestações. Mesmo com esse Congresso abúlico, ainda dá tempo de pensar sobre esse momento histórico brasileiro. E, se o Congresso não legisla nem discute, que se encontrem outros fóruns para isso. Se Einstein estiver certo e o universo for curvo, o infinito pode estar no começo
|
Opinião:Um país em ebulição
| Correio Braziliense |
A década de 50 foi para o Brasil uma das mais ricas da história. Ela começa, na verdade, em 1953 com a criação da Petrobras e se estende até 63, período em que nasceram a indústria automobilística, a bossa nova, o cinema novo, Brasília; foram criadas as primeiras grandes hidrelétricas; a Eletrobrás; o Código Brasileiro de Telecomunicações; a Lei de Remessa de Lucros; a concepção das reformas de base; realizada a III Conferência Nacional de Saúde, que lançou as bases da municipalização; a reforma agrária; e se conquistaram os bicampeonatos mundiais de futebol e de basquete e, ainda, Ademar Ferreira da Silva ganha duas medalhas olímpicas. A primeira foi em 52, mas isso já pode ser considerado prenúncio para a década que começava.
De lá para cá, talvez apenas entre 84 e 88, com as Diretas Já, a VIII Conferência Nacional de Saúde e a Constituinte, possa se pensar em um momento criativo e participativo como aquele. Neste 2013, 60 anos depois do início daqueles anos dourados, estão sendo colocados em discussão temas que podem estimular a criatividade e revitalizar a vida nacional. São eles: o voto aberto em confronto com o voto secreto; a liberdade de expressão versus o direito à privacidade; o marco civil da internet; a liberdade de manifestação versus o direito de ir e vir; o esvaziamento das grandes manifestações populares em função do comportamento violento de alguns setores (vândalos, da polícia ou de manifestantes) e a própria violência como forma de manifestação social.
Mais do que expõem por si mesmas, essas ideias publicitam a possibilidade de a nação (governo, instituições e povo) discutir nova ética, brasileira como a jabuticaba. O que é público, a obra ou a pessoa? Como estimular, proteger e garantir a ambos, sem inibir a livre manifestação?
Que vida queremos para nós mesmos e para os nossos netos? Quais os limites das liberdades individuais e coletivas que devem ser estabelecidos? E como chegar lá? Freud afirmava que as leis existem para conformar (dar forma a) uma civilização, de maneira a proteger o cidadão do governo, proteger o governo dos cidadãos e proteger uma pessoa de outra.
Não se trata de imaginar e propor um mundo perfeito e, por isso mesmo, inatingível. Mas de pensar que um mundo em que honestidade é cultuada como virtude, não atributo ético e culturalmente trabalhado pelas pessoas, merece ser repensado. As manifestações de rua que pipocaram em todo o país, as pesquisas de opinião, as cartas dos leitores nas mídias, os articulistas de jornais, revistas, rádios e tevês são pródigas em clamar por mudanças. Até o governo, monstro mamútico que não se prende a ideologias, fala em mudanças (o Mais Médicos é exemplo disso).
O país estava em ebulição cívica, que poderia ter sido mais criadora e dirigida para a expressão de anseios mais objetivos, entretanto a energia foi infelizmente contida pela violência de alguns. Violência que apareceu nas ruas e continua nos estádios de futebol. Questão interessante é por que não houve investigação coerente e consciente, nacionalmente falando, para conhecer mais sobre a violência e os violentos, quem os financiava e dava suporte, o que os atraía e quem se beneficiou com essas atitudes.
Uma coisa ficou patente. A violência afastou o povo das ruas e deu fim às manifestações. Mesmo com esse Congresso abúlico, ainda dá tempo de pensar sobre esse momento histórico brasileiro. E, se o Congresso não legisla nem discute, que se encontrem outros fóruns para isso. Se Einstein estiver certo e o universo for curvo, o infinito pode estar no começo
|
Opinião:Um país em ebulição
| Correio Braziliense |
A década de 50 foi para o Brasil uma das mais ricas da história. Ela começa, na verdade, em 1953 com a criação da Petrobras e se estende até 63, período em que nasceram a indústria automobilística, a bossa nova, o cinema novo, Brasília; foram criadas as primeiras grandes hidrelétricas; a Eletrobrás; o Código Brasileiro de Telecomunicações; a Lei de Remessa de Lucros; a concepção das reformas de base; realizada a III Conferência Nacional de Saúde, que lançou as bases da municipalização; a reforma agrária; e se conquistaram os bicampeonatos mundiais de futebol e de basquete e, ainda, Ademar Ferreira da Silva ganha duas medalhas olímpicas. A primeira foi em 52, mas isso já pode ser considerado prenúncio para a década que começava.
De lá para cá, talvez apenas entre 84 e 88, com as Diretas Já, a VIII Conferência Nacional de Saúde e a Constituinte, possa se pensar em um momento criativo e participativo como aquele. Neste 2013, 60 anos depois do início daqueles anos dourados, estão sendo colocados em discussão temas que podem estimular a criatividade e revitalizar a vida nacional. São eles: o voto aberto em confronto com o voto secreto; a liberdade de expressão versus o direito à privacidade; o marco civil da internet; a liberdade de manifestação versus o direito de ir e vir; o esvaziamento das grandes manifestações populares em função do comportamento violento de alguns setores (vândalos, da polícia ou de manifestantes) e a própria violência como forma de manifestação social.
Mais do que expõem por si mesmas, essas ideias publicitam a possibilidade de a nação (governo, instituições e povo) discutir nova ética, brasileira como a jabuticaba. O que é público, a obra ou a pessoa? Como estimular, proteger e garantir a ambos, sem inibir a livre manifestação?
Que vida queremos para nós mesmos e para os nossos netos? Quais os limites das liberdades individuais e coletivas que devem ser estabelecidos? E como chegar lá? Freud afirmava que as leis existem para conformar (dar forma a) uma civilização, de maneira a proteger o cidadão do governo, proteger o governo dos cidadãos e proteger uma pessoa de outra.
Não se trata de imaginar e propor um mundo perfeito e, por isso mesmo, inatingível. Mas de pensar que um mundo em que honestidade é cultuada como virtude, não atributo ético e culturalmente trabalhado pelas pessoas, merece ser repensado. As manifestações de rua que pipocaram em todo o país, as pesquisas de opinião, as cartas dos leitores nas mídias, os articulistas de jornais, revistas, rádios e tevês são pródigas em clamar por mudanças. Até o governo, monstro mamútico que não se prende a ideologias, fala em mudanças (o Mais Médicos é exemplo disso).
O país estava em ebulição cívica, que poderia ter sido mais criadora e dirigida para a expressão de anseios mais objetivos, entretanto a energia foi infelizmente contida pela violência de alguns. Violência que apareceu nas ruas e continua nos estádios de futebol. Questão interessante é por que não houve investigação coerente e consciente, nacionalmente falando, para conhecer mais sobre a violência e os violentos, quem os financiava e dava suporte, o que os atraía e quem se beneficiou com essas atitudes.
Uma coisa ficou patente. A violência afastou o povo das ruas e deu fim às manifestações. Mesmo com esse Congresso abúlico, ainda dá tempo de pensar sobre esse momento histórico brasileiro. E, se o Congresso não legisla nem discute, que se encontrem outros fóruns para isso. Se Einstein estiver certo e o universo for curvo, o infinito pode estar no começo
|
Opinião:Um país em ebulição
| Correio Braziliense |
A década de 50 foi para o Brasil uma das mais ricas da história. Ela começa, na verdade, em 1953 com a criação da Petrobras e se estende até 63, período em que nasceram a indústria automobilística, a bossa nova, o cinema novo, Brasília; foram criadas as primeiras grandes hidrelétricas; a Eletrobrás; o Código Brasileiro de Telecomunicações; a Lei de Remessa de Lucros; a concepção das reformas de base; realizada a III Conferência Nacional de Saúde, que lançou as bases da municipalização; a reforma agrária; e se conquistaram os bicampeonatos mundiais de futebol e de basquete e, ainda, Ademar Ferreira da Silva ganha duas medalhas olímpicas. A primeira foi em 52, mas isso já pode ser considerado prenúncio para a década que começava.
De lá para cá, talvez apenas entre 84 e 88, com as Diretas Já, a VIII Conferência Nacional de Saúde e a Constituinte, possa se pensar em um momento criativo e participativo como aquele. Neste 2013, 60 anos depois do início daqueles anos dourados, estão sendo colocados em discussão temas que podem estimular a criatividade e revitalizar a vida nacional. São eles: o voto aberto em confronto com o voto secreto; a liberdade de expressão versus o direito à privacidade; o marco civil da internet; a liberdade de manifestação versus o direito de ir e vir; o esvaziamento das grandes manifestações populares em função do comportamento violento de alguns setores (vândalos, da polícia ou de manifestantes) e a própria violência como forma de manifestação social.
Mais do que expõem por si mesmas, essas ideias publicitam a possibilidade de a nação (governo, instituições e povo) discutir nova ética, brasileira como a jabuticaba. O que é público, a obra ou a pessoa? Como estimular, proteger e garantir a ambos, sem inibir a livre manifestação?
Que vida queremos para nós mesmos e para os nossos netos? Quais os limites das liberdades individuais e coletivas que devem ser estabelecidos? E como chegar lá? Freud afirmava que as leis existem para conformar (dar forma a) uma civilização, de maneira a proteger o cidadão do governo, proteger o governo dos cidadãos e proteger uma pessoa de outra.
Não se trata de imaginar e propor um mundo perfeito e, por isso mesmo, inatingível. Mas de pensar que um mundo em que honestidade é cultuada como virtude, não atributo ético e culturalmente trabalhado pelas pessoas, merece ser repensado. As manifestações de rua que pipocaram em todo o país, as pesquisas de opinião, as cartas dos leitores nas mídias, os articulistas de jornais, revistas, rádios e tevês são pródigas em clamar por mudanças. Até o governo, monstro mamútico que não se prende a ideologias, fala em mudanças (o Mais Médicos é exemplo disso).
O país estava em ebulição cívica, que poderia ter sido mais criadora e dirigida para a expressão de anseios mais objetivos, entretanto a energia foi infelizmente contida pela violência de alguns. Violência que apareceu nas ruas e continua nos estádios de futebol. Questão interessante é por que não houve investigação coerente e consciente, nacionalmente falando, para conhecer mais sobre a violência e os violentos, quem os financiava e dava suporte, o que os atraía e quem se beneficiou com essas atitudes.
Uma coisa ficou patente. A violência afastou o povo das ruas e deu fim às manifestações. Mesmo com esse Congresso abúlico, ainda dá tempo de pensar sobre esse momento histórico brasileiro. E, se o Congresso não legisla nem discute, que se encontrem outros fóruns para isso. Se Einstein estiver certo e o universo for curvo, o infinito pode estar no começo
|
Opinião:Um país em ebulição
| Correio Braziliense |
A década de 50 foi para o Brasil uma das mais ricas da história. Ela começa, na verdade, em 1953 com a criação da Petrobras e se estende até 63, período em que nasceram a indústria automobilística, a bossa nova, o cinema novo, Brasília; foram criadas as primeiras grandes hidrelétricas; a Eletrobrás; o Código Brasileiro de Telecomunicações; a Lei de Remessa de Lucros; a concepção das reformas de base; realizada a III Conferência Nacional de Saúde, que lançou as bases da municipalização; a reforma agrária; e se conquistaram os bicampeonatos mundiais de futebol e de basquete e, ainda, Ademar Ferreira da Silva ganha duas medalhas olímpicas. A primeira foi em 52, mas isso já pode ser considerado prenúncio para a década que começava.
De lá para cá, talvez apenas entre 84 e 88, com as Diretas Já, a VIII Conferência Nacional de Saúde e a Constituinte, possa se pensar em um momento criativo e participativo como aquele. Neste 2013, 60 anos depois do início daqueles anos dourados, estão sendo colocados em discussão temas que podem estimular a criatividade e revitalizar a vida nacional. São eles: o voto aberto em confronto com o voto secreto; a liberdade de expressão versus o direito à privacidade; o marco civil da internet; a liberdade de manifestação versus o direito de ir e vir; o esvaziamento das grandes manifestações populares em função do comportamento violento de alguns setores (vândalos, da polícia ou de manifestantes) e a própria violência como forma de manifestação social.
Mais do que expõem por si mesmas, essas ideias publicitam a possibilidade de a nação (governo, instituições e povo) discutir nova ética, brasileira como a jabuticaba. O que é público, a obra ou a pessoa? Como estimular, proteger e garantir a ambos, sem inibir a livre manifestação?
Que vida queremos para nós mesmos e para os nossos netos? Quais os limites das liberdades individuais e coletivas que devem ser estabelecidos? E como chegar lá? Freud afirmava que as leis existem para conformar (dar forma a) uma civilização, de maneira a proteger o cidadão do governo, proteger o governo dos cidadãos e proteger uma pessoa de outra.
Não se trata de imaginar e propor um mundo perfeito e, por isso mesmo, inatingível. Mas de pensar que um mundo em que honestidade é cultuada como virtude, não atributo ético e culturalmente trabalhado pelas pessoas, merece ser repensado. As manifestações de rua que pipocaram em todo o país, as pesquisas de opinião, as cartas dos leitores nas mídias, os articulistas de jornais, revistas, rádios e tevês são pródigas em clamar por mudanças. Até o governo, monstro mamútico que não se prende a ideologias, fala em mudanças (o Mais Médicos é exemplo disso).
O país estava em ebulição cívica, que poderia ter sido mais criadora e dirigida para a expressão de anseios mais objetivos, entretanto a energia foi infelizmente contida pela violência de alguns. Violência que apareceu nas ruas e continua nos estádios de futebol. Questão interessante é por que não houve investigação coerente e consciente, nacionalmente falando, para conhecer mais sobre a violência e os violentos, quem os financiava e dava suporte, o que os atraía e quem se beneficiou com essas atitudes.
Uma coisa ficou patente. A violência afastou o povo das ruas e deu fim às manifestações. Mesmo com esse Congresso abúlico, ainda dá tempo de pensar sobre esse momento histórico brasileiro. E, se o Congresso não legisla nem discute, que se encontrem outros fóruns para isso. Se Einstein estiver certo e o universo for curvo, o infinito pode estar no começo
|
Opinião:Um país em ebulição
| Correio Braziliense |
A década de 50 foi para o Brasil uma das mais ricas da história. Ela começa, na verdade, em 1953 com a criação da Petrobras e se estende até 63, período em que nasceram a indústria automobilística, a bossa nova, o cinema novo, Brasília; foram criadas as primeiras grandes hidrelétricas; a Eletrobrás; o Código Brasileiro de Telecomunicações; a Lei de Remessa de Lucros; a concepção das reformas de base; realizada a III Conferência Nacional de Saúde, que lançou as bases da municipalização; a reforma agrária; e se conquistaram os bicampeonatos mundiais de futebol e de basquete e, ainda, Ademar Ferreira da Silva ganha duas medalhas olímpicas. A primeira foi em 52, mas isso já pode ser considerado prenúncio para a década que começava.
De lá para cá, talvez apenas entre 84 e 88, com as Diretas Já, a VIII Conferência Nacional de Saúde e a Constituinte, possa se pensar em um momento criativo e participativo como aquele. Neste 2013, 60 anos depois do início daqueles anos dourados, estão sendo colocados em discussão temas que podem estimular a criatividade e revitalizar a vida nacional. São eles: o voto aberto em confronto com o voto secreto; a liberdade de expressão versus o direito à privacidade; o marco civil da internet; a liberdade de manifestação versus o direito de ir e vir; o esvaziamento das grandes manifestações populares em função do comportamento violento de alguns setores (vândalos, da polícia ou de manifestantes) e a própria violência como forma de manifestação social.
Mais do que expõem por si mesmas, essas ideias publicitam a possibilidade de a nação (governo, instituições e povo) discutir nova ética, brasileira como a jabuticaba. O que é público, a obra ou a pessoa? Como estimular, proteger e garantir a ambos, sem inibir a livre manifestação?
Que vida queremos para nós mesmos e para os nossos netos? Quais os limites das liberdades individuais e coletivas que devem ser estabelecidos? E como chegar lá? Freud afirmava que as leis existem para conformar (dar forma a) uma civilização, de maneira a proteger o cidadão do governo, proteger o governo dos cidadãos e proteger uma pessoa de outra.
Não se trata de imaginar e propor um mundo perfeito e, por isso mesmo, inatingível. Mas de pensar que um mundo em que honestidade é cultuada como virtude, não atributo ético e culturalmente trabalhado pelas pessoas, merece ser repensado. As manifestações de rua que pipocaram em todo o país, as pesquisas de opinião, as cartas dos leitores nas mídias, os articulistas de jornais, revistas, rádios e tevês são pródigas em clamar por mudanças. Até o governo, monstro mamútico que não se prende a ideologias, fala em mudanças (o Mais Médicos é exemplo disso).
O país estava em ebulição cívica, que poderia ter sido mais criadora e dirigida para a expressão de anseios mais objetivos, entretanto a energia foi infelizmente contida pela violência de alguns. Violência que apareceu nas ruas e continua nos estádios de futebol. Questão interessante é por que não houve investigação coerente e consciente, nacionalmente falando, para conhecer mais sobre a violência e os violentos, quem os financiava e dava suporte, o que os atraía e quem se beneficiou com essas atitudes.
Uma coisa ficou patente. A violência afastou o povo das ruas e deu fim às manifestações. Mesmo com esse Congresso abúlico, ainda dá tempo de pensar sobre esse momento histórico brasileiro. E, se o Congresso não legisla nem discute, que se encontrem outros fóruns para isso. Se Einstein estiver certo e o universo for curvo, o infinito pode estar no começo
|
Assinar:
Comentários (Atom)