sexta-feira, 19 de julho de 2013

Campanha de vacinação contra cães e gatos no Ceará tem data definida

Terá início no dia 14 de setembro, no Dia D de mobilização estadual, a campanha de vacinação de cães e gatos contra a raiva em todos os 184 municípios do Ceará. A campanha se estenderá até 14 de outubro para a vacinação de 1.711.481 animais. Serão 1.128.708 cães e 582.773 gatos. A meta de cobertura estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 80%. Na última campanha de vacinação antirrábica no Ceará, encerrada em dezembro do ano passado, foram vacinados 1.678.611 animais, com o Estado superando a meta de cobertura. Chegou a 86,41%. Para a vacinação contra a raiva, o governo federal distribui a vacina em todo o Brasil e as campanhas são organizadas pelos Estados e municípios de acordo com a necessidade.

A raiva é uma doença viral que pode ser transmitida ao homem por mordida, lambida ou arranhão de um animal infectado, principalmente cães, gatos, saguis e morcegos. A taxa de letalidade entre humanos é próxima de 100%. Nos últimos oito anos, desde 2005, foram confirmados cinco casos de raiva humana no Estado. Em apenas um caso a transmissão foi através de cão. Os outros  quatro tiveram transmissão por meio de soins em São Luís do Curu, Camocim, Ipu e Jati. Os soins são animais silvestres, devem ser mantidos na mata. O caso de raiva foi transmitido por um cão foi registrado em Chaval.

Fique atento

A melhor maneira de evitar a raiva em humanos é a prevenção. Além da vacinação dos animais domésticos, as secretarias de saúde dos municípios devem ser acionadas para capturar os animais de rua que podem portar a doença. Nas cidades, a presença de morcegos deve ser notificada aos departamentos de zoonoses. Em caso de cão raivoso, há uma mudança comportamental que chama bastante a atenção. Um cão dócil começa a atacar todas as pessoas sem motivo, rejeita inclusive a alimentação. Começa também a se esconder, parece desatento e, às vezes, não atende ao próprio dono.

A vacinação é a única forma de evitar que animais domésticos contraiam raiva e transmitam a doença para humanos. Não tem contraindicações. Os donos dos cães e gatos devem levar para vacinar os animais a partir dos três meses de vida, inclusive fêmeas prenhas, evitando vacinar animais doentes.

Deputados do PMDB cearense apoiam redução dos ministérios


Parlamentares federais cearenses do PMDB apoiam a proposta do partido, a nível nacional, feita pelo presidente da Câmara dos Deputado, Henrique Eduardo Alves, de redução do número de ministérios do Governo Dilma Rousseff (PT), dos atuais 39 para 25, como forma de reduzir os custos com a máquina pública. Segundo o deputado Danilo Forte (PMDB), ele e outros deputados peemedebistas do Ceará participaram da reunião da legenda em que a ideia foi proposta, no início de julho, e foram consultados previamente acerca dela.

Forte afirma que, durante o encontro, todos os parlamentares cearenses foram de acordo com a proposta sugerida pelo presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), o qual promoveu a reunião com a bancada do partido, noticiada na última quarta-feira, após um jantar na residência oficial do presidente da Câmara. "A máquina pública custa R$ 611 bilhões. É um preço muito elevado. É quase metade do Orçamento Federal deste ano (R$ 2,14 trilhões)", justificou, avaliando que a diminuição significa mais investimentos.

Exemplo

De acordo com o parlamentar cearense, a proposta do PMDB é fundir alguns ministérios que pertencem a mesma área. "Nos setores de Direitos Humanos e Sociais, por exemplo, têm cinco ministérios que poderiam ser fundidos em um só. No de Transportes, tem quatro que também poderiam virar um", citou. Danilo Forte afirma que a legenda estaria, inclusive, disposta a perder alguns dos cinco ministérios que possui, como o da Aviação Civil, na reformulação das Pastas da área de Transportes.

A proposta do PMDB, no entanto, não teve grande receptividade no Governo Federal. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, após a manifestação do peemedebista, disse não ver possibilidade de redução do ministério. "Não consigo vislumbrar nenhuma modificação na estrutura de Governo feita pela presidenta Dilma", disse a ministra, que é responsável pela articulação política do Governo. "Eu quero inclusive avaliar, quero perguntar melhor para o PMDB no que consiste esta proposta", acrescentou.

A declaração de Ideli Salvatti foi provocada pela entrevista do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, publicada na edição de ontem do jornal Folha de São Paulo. Na matéria, o peemedebista afirma que há um "consenso" sobre o número "exagerado" de ministérios no Governo. "Com a vontade de enxugar a máquina, de fazê-la mais objetiva, em torno de 25 ministérios, (a equipe) seria do tamanho do Brasil", disse o deputado ao jornal.

Danilo Forte comentou, contudo, que o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que participou de parte da reunião do início de julho em que a ideia de reduzir o número de ministérios foi proposta, teria repassado as sugestões do partido à presidente Dilma nessa quarta-feira, e que a petista teria ficado de "avaliar". Atualmente, o Executivo é composto por 24 ministérios e outras 10 secretarias e cinco órgãos com status de ministério, dentre eles está a Secretaria dos Portos comandada pelo ministro cearense Leônicas Cristino, indicado pelos irmãos Cid e Ciro Gomes em nome do PSB. Diário do Nordeste

Opinião: A reeleição de Dilma está nas mãos do BC

O emprego da presidente Dilma Rousseff depende, em grande medida, de como a alta de juros conduzida pelo Banco Central vai afetar o mercado de trabalho. A economia cresce num ritmo mais fraco do que o previsto e a queda da confiança das empresas e famílias é uma ameaça real à retomada da atividade, assinala a ata do Comitê de Política Monetaria (Copom) do BC, divulgada ontem. O aperto monetário executado neste momento atua com defasagens e tende a provocar aumento da taxa de desemprego, sobretudo em 2014, quando a presidente disputa a reeleição.
Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve, é apontado como o culpado por George Bush pai ter perdido um segundo mandato para Bill Clinton em 1992. Ben Bernanke, com sua política monetária não convencional, deu um empurrão nas chances eleitorais de Barack Obama no ano passado. No Brasil, a política monetária de Henrique Meirelles não atrapalhou a eleição de Dilma em 2010.
O próprio Meirelles, num depoimento feito no Congresso há alguns anos, criou uma das mais expressivas figuras de linguagem para descrever as defasagens com que opera a política monetária. O Banco Central abriu a torneira de água fria, mas por alguns instantes o chuveiro ainda vai jorrar água quente. Mas, em breve, será uma ducha fria, assim que a água passar pela tubulação.
Cenário é de risco para atividade e alta de desemprego
Os modelos de projeção econômica do Banco Central tem procurado, nos últimos anos, desvendar como funciona o encanamento da política monetária. São exercícios com dados passados, contextos e hipóteses muito particulares que não necessariamente se aplicam ao momento atual, mas ainda assim exemplos instrutivos. Um deles, o chamado Samba, que representa o que há de mais sofisticado na pesquisa de política monetária, mostra que altas de juros levam a um pico no aumento da taxa de desemprego entre dois e quatro trimestres depois de um choque da política monetária. Outros dos chamados modelos estruturais revelam que, quando o Banco Central faz um aperto nos juros, a taxa de desemprego começa a subir dois trimestres depois e atinge seu auge entre o quarto e o sexto trimestres.
Pela trajetória descrita num texto acadêmico que apresenta o modelo Samba, a transmissão da alta dos juros feita pelo Banco Central para a renda real se dá pelo resultado de duas forças. De um lado, a queda da inflação leva a um aumento do salário real. Mas o fator preponderante ao longo do tempo analisado é uma redução da renda real provocada pela perda de poder de barganha dos trabalhadores num ambiente com taxa de desemprego mais alta.
Dadas essas defasagens, no contexto econômico atual, em que a economia não é nada brilhante, estamos colhendo os frutos dos estímulos monetários feitos pelo Banco Central no ano passado, quando a autoridade monetária conduziu um ciclo de baixa que levou a taxa Selic ao seu menor nível da história. É meio confuso mesmo: o BC sobe os juros, mas a economia por ora é impactada pelos cortes feitos no passado.
"O Copom avalia que a demanda doméstica tende a se apresentar relativamente robusta, especialmente o consumo das famílias, em grande parte devido aos efeitos de fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito", afirma a ata divulgada ontem. "Esse ambiente tende a prevalecer neste e nos próximos semestres, quando a demanda doméstica será impactada pelos efeitos remanescentes das ações de política implementadas em 2012."
O cenário central com que o Copom trabalha é de continuidade da recuperação gradual da economia. Mas, vistas hoje, as perspectivas para atividade econômica são menos favoráveis do que o Copom via em fins de maio. Naquela ocasião, o colegiado antecipava um crescimento muito próximo do potencial da economia, que muitos estimavam em 3% ou 3,5%. Hoje, assinala que a absorção doméstica cresce acima do Produto Interno Bruto (PIB), mas com uma ressalva importante: "O Comitê nota que a velocidade de materialização desses ganhos esperados pode ser contida caso não ocorra reversão tempestiva do declínio que ora se registra na confiança de firmas e famílias".
É nesse contexto que surgem dúvidas, em setores do governo, sobre a conveniência de promover um aperto na política fiscal para auxiliar a tarefa do Banco Central em controlar a inflação. Nos Estados Unidos, há economistas de linha mais liberal que dizem que um ajuste fiscal pode ter, na verdade, um efeito expansionista, por agir sobre as expectativas. Outra corrente advoga a tese de que os ajustes fiscais têm, sim, impactos negativo sobre a atividade econômica no curto prazo, apesar de seus inegáveis efeitos positivos para a tendência de expansão do PIB em prazos mais longos. Um ponto a considerar é que, hoje, o BC estaria menos disposto a acomodar uma expansão fiscal em sua política monetária.
Há chances de a popularidade de Dilma escapar ilesa do aperto monetário? Uma questão relevante é se a alta dos juros e a desaceleração econômica vão, de fato, provocar aumento do desemprego. Em 2012, a desaceleração econômica não foi acompanhada por uma baixa no mercado de trabalho.
Outra questão é quanto o desemprego vai subir, se de fato subir. Intuitivamente, existe um percentual de desemprego que, a partir do qual, o desconforto da população se torna tão intenso que as chances da reeleição se desidratam. No Brasil, entretanto, onde a experiência de reeleição é relativamente recente, esse percentual é desconhecido. Valor Econômico

Fim do voto secreto na geladeira

Tratado publicamente como uma das prioridades da agenda positiva do Congresso Nacional, o fim do voto secreto para a cassação de mandatos deve passar o recesso branco dos parlamentares parado nas mãos de cinco partidos: PT, PMDB, PB PTB e PcdoB. As bancadas ainda não indicaram os membros para a comissão especial que analisará a matéria na Câmara dos Deputados. A demora para compor ocolegiado pode arrastar a tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC) para depois de agosto. Isso atenderia interesses de algumas legendas que trabalham, nos bastidores, para esfriar o tema e tentar tirá-lo da pauta.
É o caso dos principais partidos da base governista, o PT e o PMDB, que juntos somam seis dos 21 integrantes titulares da comissão especial. O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), já declarou que a matéria não é prioridade do partido. Parte dos parlamentares acredita que, se o voto para a presidência das Casas fosse aberto, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL) não estariam no comando da Câmara e do Senado, respectivamente. Na época da eleição, os dois foram alvo de denúncias e pressionados para desistir dos cargos. Renan recebeu abaixo-assinado com 1,6 milhão de signatários que pediram a sua renúncia.

PMDB é ironizado

No centro do fogo cruzado entre governo e partidos aliados, que trabalham por mudanças na articulação política do Palácio do Planalto, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, rechaçou as especulações sobre uma possível reforma ministerial para os próximos meses. “Eu não consigo vislumbrar nenhuma modificação na estrutura de governo feita pela presidente Dilma (Rousseff)”, disse ontem a ministra.
A declaração de Ideli é uma resposta à bandeira levantada pelo PMDB pela redução no número de ministérios. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), defende o corte de pastas como forma de enxugar a máquina pública. “Quero perguntar melhor para o PMDFS no que consiste essa proposta. Até porque, eles ocupam seis ministérios. Vou pedir para o Henrique detalhar essa proposta”, ironizou a ministra. Na Câmara, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), alimenta um movimento do partido para apresentar uma proposta de emenda constitucional que limite o número de ministérios em 14.
A investida do PMDB é uma reação à tentativa do governo de jogar sobre o Congresso parte da responsabilidade pela crise política. Ao propor os pactos da reforma política, da responsabilidade fiscal, e das melhorias na saude, na educação e na mobilidade urbana, a presidente unificou no governo o discurso de que o Planalto fez a própria parte na busca por respostas à população. Nas entrelinhas de cada discurso que a presidente faz em defesa dos pactos, lê-se que o que não der certo deve ser imputado na conta do Legislativo. Ao jogar de volta para o governo uma proposta de austeridade, Henrique Eduardo Alves também cobra ações do Executivo.

Câmara e Senado não vão usar jatos da FAB

A sombra das denúncias sobre o uso irregular de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e a necessidade de uma agenda positiva fizeram o Legislativo pensar duas vezes antes de fretar aeronaves para levar comitivas de parlamentares para receber o papa Francisco na abertura da Jornada Mundial da Juventude, na próxima semana. Na Câmara, o grupo de cerca de 30 deputados que acompanhará o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), na recepção ao pontífice, no Rio de Janeiro, deverá viajar em aviões de carreira e custear as passagens com seus próprios recursos. A comitiva só se reunirá no Rio, para a cerimônia de chegada do papa.
Depois de utilizar uma aeronave da FAB para comparecer ao casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em 15 de junho, em Trancoso (BA), o presidente do Senado, Renan Calhei-ros (PMDB-AL), revogou a autorização que ele próprio havia dado para o envio de uma comitiva de 10 senadores para a recepção ao papa. Como viajariam em missão oficial, os senadores teriam direito a passagens fora da cota de exercício parlamentar e diárias de R$ 581. No início do mês, o senador chegou a dizer que não ressarciria os cofres públicos pelo uso da aeronave oficial para ir a um compromisso particular, mas mudou de ideia. Hoje, defende a divulgação de informações sobre voos de autoridades em aviões da FAB. De acordo com a assessoria de imprensa do Senado, não haverá uma comitiva oficial de parlamentares na solenidade de boas-vindas do papa nem mesmo com passagens custeadas pelos próprios congressistas.

Planalto
Também Dilma já foi alvo de questionamentos por conta de viagens. Em março, a comitiva presidencial gastou R$ 325 mil em hospedagens na Itália, na ocasião da posse do papa Francisco, em Roma. A presidente viaja para o Rio de Janeiro na segunda-feira no início da tarde. Lá, Dilma aguardará o pontífice no aeroporto do Galeão, para receber o chefe da Igreja Católica.
O papa deve chegar ao Rio às 16h e seguirá um longo protocolo ao desembarcar no Brasil. Francisco será recebido por um grupo de crianças antes de receber as boas-vindas da presidente, ainda no aeroporto. De lá, os dois partem em comboios distintos em direção ao Palácio da Guanabara, sede do governo estadual. Dilma vai de helicóptero. Já o papa utilizará um carro fechado no trajeto até o Palácio São Joaquim, de onde segue no papamóvel para o Palácio da Guanabara, onde será recebido oficialmente.

Governo aumenta rigor para o Mais Médicos

O Ministério da Saúde anunciou ontem que vai ser mais rigoroso com os médicos que se inscreverem no programa Mais Médicos. O objetivo é evitar fraudes e verificar se os inscritos estão realmente interessados em participar do programa. As medidas serão publicadas na edição de hoje do “Diário Oficial”. Também ontem, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, deu prazo de dez dias para que o governo se manifeste sobre ação direta de inconstitucionalidade (Adin) apresentada pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), contrário ao programa.
Com as novas regras, todos os médicos que homologarem sua participação, mas não comparecerem no início das atividades ou desistirem do programa em até seis meses, vão ser excluídos. Eles vão poder se inscrever outra vez somente seis meses depois. Quem reincidir na prática será impedido em definitivo de participar do programa.
O ministério também anunciou que médicos que ocupam vagas de residência ou que participam do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab) terão de declarar, durante a inscrição, a disposição de desistir desses postos para aderir ao programa. Eles terão de entregar uma declaração impressa de seu desligamento da residência ou do Provab, emitida pela coordenação dos programas.

Dilma Rousseff poupa Caixa por erro no Bolsa Família

A presidente Dilma Rousseff evitou responsabilizar a Caixa Econômica Federal (CEF) pelo boato sobre o fim do Bolsa Família, que em maio levou milhares de beneficiários às agências do banco e, na época, foi qualificado por ela como “desumano e criminoso”. A investigação da Polícia Federal apontou que a antecipação do pagamento pela CEF foi um dos fatores que causaram filas Brasil afora em pleno fim de semana.
Em sua retomada dos eventos de rua, para tentar reverter a queda na popularidade, Dilma presenciou ontem em Fortaleza, ao lado do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), protestos de cerca de 500 pessoas, entre médicos e índios, ao participar da inauguração de uma linha de metrô. Depois, em evento que reuniu cerca de 2.400 beneficiários do Bolsa Família, foi aplaudida:
- A avaliação da Polícia Federal é no sentido de que as mudanças no processo levaram a uma situação que facilitou um certo movimento de corrida à Caixa. Agora, ninguém sabe direito, nem tampouco a Polícia Federal conseguiu detectar, a causa real.
Ela não conseguiu e deixou isso claro na avaliação. O que a investigação acha é que isso (a antecipação do pagamento) poderia ter contribuído, que isso é um dos fatores, mas não é uma explicação conclusiva – disse Dilma, em entrevista.

PMDB tenta expor governo com pegadinha, diz Eduardo Campos

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse ontem que o PMDB “tenta se aproveitar da fragilidade de um momento delicado como o que passa o País para expor ainda mais um governo que ajudou a construir e do qual é aliado”.
“Tem gente que prefere expor ainda mais, fragilizar ainda mais quando tem uma oportunidade”, afirmou Campos, depois de uma reunião de três horas com a bancada do PSB, no Recife. Presidente nacional do partido, que também é aliado do governo, ele criticou a proposta peemedebista de reduzir o número de ministérios de 39 para 25, “Não precisamos deste tipo de observações para nos aproximar do que preocupa as ruas”, afirmou. “Preferimos ficar com questões de conteúdo, como preocupações com a economia”, disse.
“Não queremos 2013 perdido, isso não serve ao povo brasileiro”, afirmou. “Não vamos fazer a velha política, da pegadinha, do constrangimento.”

Adversários têm medo de reeleição, afirma Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não há ninguém mais qualificado para comandar o País do que sua sucessora, Dilma Rousseff, e acusou os partidos que agora defendem o fim de reeleição de ter a “medo” que ela vença as eleições do ano que vem. O aliado PMDB e o oposicionista PSDB pediram o fim da reeleição nas últimas semanas.
No discurso que fez durante evento na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, Lula centrou fogo nos adversários tucanos, lembrando que foram eles que mudaram a lei a fim de que Fernando Henrique Cardoso obtivesse dois mandatos consecutivos.
“Nós não tínhamos reeleição. Com medo de mim, até reduziram o mandato para quatro anos. Depois ganharam e aprovaram a reeleição. Agora eles querem acabar com medo da Dilma se reeleger?”, afirmou o ex-presidente. Acho que quatro anos de mandato, para alguém fazer alguma obra neste País, é quase que impossível.”

'Papa cobrará que políticos deixem os interesses egoístas'

VATICANO - O papa Francisco vai cobrar da classe política que deixe de "oprimir" o povo por "interesses egoístas" e assuma suas "responsabilidades" por criar uma "sociedade justa". Quem faz a revelação é o próprio porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, que indica que o papa pedirá ainda "respeito" pelos pobres. Em entrevista exclusiva ao Estado, o responsável pela mensagem do Vaticano confirmou que Francisco pedirá uma mudança de atitude dos líderes e antecipou o conteúdo de alguns dos discursos do pontífice.

Lombardi ainda revelou que o papa passou uma ordem clara aos organizadores de sua segurança e às autoridades brasileiras: não quer nenhum obstáculo entre ele e o povo.
Qual é a importância estratégica dessa viagem para o papa e para o Vaticano?
Evidentemente, a Igreja precisa falar com os jovens todos os dias. A educação da juventude é fundamental na fé e é a vida da Igreja, nas associações, nas paróquias. Mas o papa João Paulo II teve a ideia de ter um grande encontro do papa com a juventude do mundo. É um convite à juventude do mundo para que se encontre com o pontífice em momentos intensos e fortes de comunicação com ele. O papa pode dar sua orientação, seu encorajamento à juventude do mundo. É um encontro simbólico, uma experiência de universalidade da Igreja. Aqueles que vão têm uma experiência concreta, de que a Igreja é universal, que é uma comunidade de todos os povos e passa todas as fronteiras, nações e raças. É muito forte. Os jovens se sentem cidadãos do mundo e do futuro.
Qual será a mensagem aos jovens?
É uma mensagem de encorajamento, de esperança, de orientação. Será uma orientação para o futuro e para a missão que os jovens têm para construir uma sociedade e o futuro da humanidade. Os jovens são o futuro da Igreja. O papa Francisco está muito consciente disso e vai justamente dizer isso aos jovens: vocês são os responsáveis pelo futuro do mundo e da Igreja. Será a ocasião para deixar claro o sentimento de missão que os jovens têm de ter para viver.
Essa viagem foi organizada no pontificado anterior, de Bento XVI. Mas ironicamente ocorre justamente na região de onde vem o primeiro papa não europeu. Como Francisco vê o fato de voltar para a própria região?
O papa terá sua mensagem aos jovens. Mas o papa também terá a ocasião de falar com um continente inteiro. Por isso, estarão ali os bispos do Celam (Conferência Episcopal Latino-americana) e outras personalidades de igrejas. O papa, que conhece profundamente o que é a Igreja na América Latina e o que é a América Latina, tem muitas coisas a dizer sobre o futuro da Igreja nesse continente da esperança. Nesse sentido, é uma viagem que tem duas dimensões: a relação com os jovens, mas também uma dimensão por uma mensagem também para o continente.
A América Latina é jovem e, em sua maioria, católica. Mas é também uma região de muita desigualdade social. Como isso entrará na viagem?
Isso será fundamental. Está muito claro nesse pontificado essas dimensões de atenção aos pobres, atenção à injustiça, pelos direitos, por uma visão da fé que é uma fé ativa pela caridade, pela solidariedade. Nesse sentido, para o papa, ser cristão é estar empenhado por uma sociedade melhor e por uma vida melhor.
Então a classe dirigente também receberá uma mensagem?
Não será uma mensagem técnica. Não será mensagem que dê soluções particulares. Nos discursos do papa dos últimos meses não estavam as soluções concretas, que são de responsabilidade dos políticos e economistas. Mas será uma mensagem muito forte, de responsabilidade e de orientação a certos valores de justiça, solidariedade, atenção aos pobres, superar as desigualdades sociais, atenção pelas pessoas, pelos doentes e inválidos. Essas pessoas precisam ser respeitadas e presentes na sociedade. Nesse sentido, será uma mensagem muito forte de responsabilidade em direção a uma sociedade justa, solidária, humana e com valores para caminhar para o futuro, saindo da opressão de interesses egoístas.
As autoridades no Rio estão preocupadas com a segurança do papa, principalmente depois da violência da noite de ontem (anteontem). Como o Vaticano vê a necessidade de um reforço da segurança?
Temos de ver qual é a natureza da missão e da relação do papa com o povo. Esse é o problema. É uma relação de confiança, amor e solidariedade. O papa não deseja obstáculos em sua comunicação concreta com o povo. Essa é a realidade desse pontificado. Para nós, aqui no Vaticano, cada dia vemos isso e vemos o papa por horas com o povo aqui na Praça São Pedro. O papa sempre esteve nessa situação. Ele vai fazer no Brasil o mesmo que fez todos esses meses aqui em Roma. Não há mudanças. A grande mudança seria se houvesse uma mudança. É sua maneira de ser e temos de ajudá-lo em seu ministério. MSN

TCM desaprova contas de ex-gestores de Jucás e Mulungu por falhas nas contas


O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), na sessão de ontem, emitiu pareceres recomendando às câmaras municipais de Jucás e Mulungu a desaprovação das Contas de Governo do ex-prefeitos José Helânio de Oliveira (Jucás) e de José Mansueto Martins (Mulungu), ambas no exercício de 2010. José Mansueto também foi condenado, pela Justiça Federal, por ter deixado de construir unidades habitacionais a famílias de baixa renda. A decisão determina ressarcimento do dano, de R$ 93,9 mil, suspensão dos direitos políticos por oito anos e multa de R$ 20 mil.


No caso do ex-prefeito de Jucás, várias irregularidades foram constatadas. Embora tenha sido comunicado para apresentar defesa ou complementar a documentação, o gestor deixou o processo correr à revelia, informou o relator, conselheiro Ernesto Saboia, esclarecendo ao pleno que, por AR (aviso de recepção), foram feitas três tentativas de comunicação, sem resposta.

As principais irregularidades constatadas pelos técnicos do TCM dizem respeito a documentação incompleta, abertura de créditos adicionais sem amparo legal, insuficiente arrecadação dos valores inscritos na dívida ativa. Pela documentação apresentada, foi impossível apurar os percentuais aplicados em setores como educação e saúde. 

Diário do Nordeste