segunda-feira, 15 de julho de 2013

Aécio Neves cria ‘Rede’ para ala jovem do tucanato


O senador tucano Aécio Neves criou uma nova estrutura no seu partido, chamada "Rede Temática PSDB Jovem", para o lugar da Juventude do PSDB, onde seu rival paulista José Serra mantém forte influência política.
A manobra do senador mineiro, eleito presidente nacional do partido em maio, é vista como estratégica para a condução da campanha eleitoral do ano que vem, quando ele pretende disputar o Palácio do Planalto. Com a nova estrutura, ele pretende estreitar os laços com o eleitorado mais jovem - um segmento bem mais importante depois das manifestações de junho. A importância da atuação da juventude nas redes sociais cresce a cada eleição.
A atual ala jovem tucana, dominada por aliados de Serra, ex-governador paulista, não está oficialmente extinta, mas não tem presidente há dois meses. Na versão oficial do partido, a eleição, que deveria ter ocorrido em maio, com a escolha da nova Executiva tucana, foi adiada para evitar um racha dos tucaninhos. Nos bastidores, porém, integrantes do PSDB dizem que Aécio atuou para impedir a vitória de alguém ligado a Serra.
Dois nomes. O nome em questão é Wesley Goggi, capixaba, 32 anos, trazido a São Paulo em 2012 para coordenar ações na campanha de Serra à Prefeitura. Ele era favorito para assumir a Juventude do PSDB. O escolhido de Aécio, no entanto, era outro: Eduardo Leite, eleito o prefeito mais jovem do PSDB em 2012. Aos 28 anos, ficou conhecido nacionalmente depois das eleições como o prefeito "bonitão" de Pelotas.
Outra ação da direção do PSDB ajudou a complicar as coisas: o deputado Rodrigo de Castro (MG), aliado de Aécio, foi designado para acompanhar as negociações para a eleição da direção da Juventude tucana. O gesto foi visto como uma tentativa de controlar o pleito.
Com o impasse, a Juventude do PSDB acabou sem presidente, até que na semana passada Aécio instituiu sua "Rede Jovem"- curiosamente, a estrutura traz o nome do partido que a ex-senadora Marina Silva quer fundar.
O poder da nova estrutura partidária foi dividido entre os grupos, a fim de evitar novo racha. Uma das tarefas da "Rede" tucana será reformular o estatuto e organizar um cadastro dos membros da Juventude. A ideia é botar ordem na casa, já que hoje PSDB não sabe ao certo quantos jovens militam no partido.
Também caberá ao trio preparar uma nova eleição para definir quem vai comandar a estrutura durante as eleições presidenciais de 2014. Segundo Gaio Nárcio, que integra a nova coordenadoria, o pleito será realizado até início de setembro. Poderão votar 594 delegados.
Leite, o preferido de Aécio, desistiu de concorrer. Ele diz que não pode gastar energia apaziguando divergências internas do partido no momento em que precisa governar Pelotas, com mais de 325 mil habitantes. Estadão

O nome a ser apoiado diretamente por Aécio ainda não está definido. Goggi, reconhecido pelos adversários como um "militante histórico", ainda não decidiu se vai concorrer.

Salário de parlamentar no Brasil supera o de Japão, Alemanha e Canadá

O salário básico dos parlamentares no Brasil é maior do que o de países ricos como Japão, Alemanha e Canadá, segundo um levantamento feito pela revista britânica “The Economist“. Se for considerado como proporção do PIB (produto interno bruto) per capita, os ganhos dos legisladores do Brasil superam o de 24 dos 29 países analisados.
Hoje, os deputados e senadores brasileiros ganham o equivalente a US$ 157,6 mil por ano de salário básico, ou 13 vezes o PIB per capita. O cálculo usa uma cotação do dólar em paridade do poder aquisitivo, com o objetivo de neutralizar as variações do poder de compra do dólar nas diferentes nações.
Entre os 29 locais examinados pela revista, apenas quatro pagam mais que o Brasil aos seus parlamentares, em termos absolutos: Nigéria, Itália, Estados Unidos e Austrália. Desses, no entanto, somente a Nigéria é mais pobre que o Brasil, em PIB per capita.

Na Austrália, os parlamentares ganham mais de US$ 200 mil por ano, mas esse valor equivale a menos de quatro vezes o PIB per capita. Essa proporção é comum a diversos países ricos, como Estados Unidos, Alemanha, Japão, Canadá e Reino Unido.
Na França e na Suécia, o salário dos parlamentares equivale a, no máximo, duas vezes o PIB per capita. Na Espanha e na Noruega, a remuneração dessas autoridades é muito próxima ao próprio PIB per capita do país.
Entre os países estudados, a Espanha é o que paga menos aos parlamentares, apenas US$ 43,9 mil por ano.
O levantamento da “Economist” foi feito porque no Reino Unido existe uma proposta de aumento do salário dos congressistas em 11,5%, num momento em que a renda média do país está estagnada. Se o projeto vingar, a remuneração deles subirá de US$ 105,4 mil por ano para US$ 117 mil (continuando abaixo da verificada no Brasil).
Custo do Congresso
Considerando todo o Orçamento da Câmara e do Senado, o Poder Legislativo do Brasil gasta mais, por ano, do que o de Alemanha, França, Canadá e, inclusive, Itália, país onde os parlamentares ganham mais, segundo outro estado, da Transparência Brasil, feito em 2007.
Hoje, os congressistas brasileiros ganham R$ 26.723,13 por mês. No entanto, apesar de terem acabado com o 14º e o 15º salários, ainda têm vários outros tipos de remuneração.
Os senadores têm auxílio-moradia (R$ 3.800 por mês), plano de saúde (sem limite para despesas médicas), cota parlamentar (até R$ 15 mil mensais com telefone, correio, alimentação e outros itens), passagens aéreas (cinco por mês, de ida e volta, entre Brasília e a capital do Estado que representa), carro oficial (com 10 litros de gasolina ou 14 de álcool por dia) e cargos de confiança (11 servidores comissionados, além de sete efetivos).
Os deputados possuem auxílio-moradia (R$ 3.000 por mês), reembolso com gastos em saúde, cota parlamentar (até R$ 34.258, dependendo do Estado que representa, para passagens aéreas, telefone, correio, alimentação e outros) e cargos de confiança (até 25 secretários, cuja soma de salários pode chegar a R$ 78 mil por mês).

'Brasil forma muito mal seus professores e não dá a eles clareza sobre o currículo', afirma pesquisador

Em comparação com países que obtêm bons resultados na Educação, o Brasil comete um grave erro ao ser pouco claro na definição do currículo da educação básica. Este equívoco é agravado pelo fato de que, por aqui, orientações pouco claras sobre o que e como ensinar acabam caindo nas mãos de professores muitas vezes mal formados, mas com autonomia total para escolher como trabalhar conteúdos em sala de aula.
Este é o diagnóstico de Paula Louzano, professora da USP e doutora em Educação pela Universidade de Harvard, que apresentou há dez dias, no Conselho Nacional de Educação, um estudo comparativo sobre a organização do currículo brasileiro e a de outros oito países: Austrália, Cuba, Chile, Estados Unidos, Finlândia, Portugal, México e Nova Zelândia.
O que distingue o currículo brasileiro daqueles dos países que você pesquisou?
É o grau de especificação pelo governo (nacional, estadual ou municipal) do que deve ser ensinado em comparação com o que é definido pelo professor ou pelas escolas. No âmbito internacional, os países que outorgam maior autonomia a seus professores e escolas são Finlândia e Nova Zelândia. E estes países especificam muito mais o que deve ser ensinado em sala de aula em seus documentos nacionais do que nós fazemos. É verdade que no Brasil alguns estados e municípios definem o que deve ser ensinado em suas orientações curriculares, mas este não é um esforço nacional, e portanto depende da capacidade técnica e dos recursos disponíveis em cada ente federado. Isso gera desigualdade, já que os estados e municípios maiores e mais ricos foram justamente os que conseguiram realizar esta tarefa. Além disso, a nossa legislação determina que devemos ter uma base curricular comum a nível nacional, e este modelo de especificação do currículo pelos entes federados não necessariamente representa isso.
O país com melhores resultados na Educação no mundo é a Finlândia. E, lá, professores e escolas têm alto grau de autonomia na hora de elaborar o plano de aula. Por que lá dá certo e aqui não?
Sim, é fato que a Finlândia é o país que outorga maior autonomia a seus professores e escolas. No entanto, se nos atemos à legislação vigente, há no geral mais autonomia curricular no Brasil que na Finlândia. Nossas diretrizes curriculares nacionais não definem o que deve ser ensinado com o nível de especificação do currículo nacional finlandês. Além disso, o currículo nacional finlandês estabelece o que é considerado um desempenho adequado no final de cada ano, em cada uma das disciplinas. Com esta informação, o professor avalia o desempenho de seus alunos, e por isso não há avaliação externa lá. O professor avalia o aluno, mas o critério é comum.
Vale lembrar que há 20 anos a Finlândia especificava muito mais seu currículo centralmente, e portanto dava menos autonomia aos professores. Naquele momento, o país decidiu que queria investir na construção desta autonomia docente e o fez progressivamente, aumentando o rigor e a qualidade dos cursos de formação inicial de professores e, simultaneamente, diminuindo a especificação curricular e colocando a avaliação na mão do docente. Para ser professor na Finlândia, hoje, é necessário um curso de nove mil horas, com sete anos de duração, sendo que um terço delas corresponde a uma espécie de residência pedagógica: o futuro professor estagia em uma escola onde um professor tutor se responsabiliza junto com a universidade por sua formação.
O Brasil especifica pouco seu currículo e forma muito mal seus professores - hoje 30% das matrículas nos cursos de formação de professores são à distância -, ou seja, esperamos que professores mal formados, que muitas vezes têm pouco domínio do conteúdo ser ensinado, tenham autonomia total.
Na América Latina, Chile e Cuba são os mais citados como modelos na Educação. Como é o currículo nestes países e em que eles diferem do Brasil?
O Chile especifica o que deve ser ensinado a nível nacional e deixa pouco ou quase nenhum espaço para a escola. No entanto, não especifica centralmente como ensinar. Esta é uma decisão dos professores e das escolas.
Em Cuba, o governo define e especifica em detalhes o que e como se deve ensinar em cada uma das disciplinas, incluindo a sequência em que os conteúdos são apresentados e o tempo dedicado a cada um deles.
Estes dois países são unitários, o que deve ser levado em conta, já que o Brasil é federativo. Não digo que isto impede definições nacionais. Austrália, México e Estados Unidos, também federativos, fizeram especificações curriculares nacionais. Mas, nestes países, a especificação tende a ser menor: há mais espaço para outras instâncias intermediárias, como estados e municípios, intervirem.
Você acha que seria adaptável ao Brasil este modelo existente em alguns países, como Cuba, em que os documentos de orientação aos professores não apenas dizem o que ensinar, mas como ensinar?
Não acredito neste modelo de controle total do trabalho docente nem que ele caiba no nosso país. Isto não quer dizer que o que temos seja suficiente.
Devemos nos aproximar do modelo de países como Finlândia, Nova Zelândia e Austrália, ou mesmo Estados Unidos, onde há uma especificação nacional sobre o que ensinar, mas que é flexível e deixa espaço para a diversidade de métodos e caminhos. Por exemplo, a Finlândia determina que o aluno no final do segundo ano deve saber frações simples como metade, um terço e um quarto. Como o professor ensina isso e quando é uma decisão dele.
Mas é importante frisar que estamos longe disso, já que nossas diretrizes curriculares nacionais não fazem nem isso.
A reforma curricular teria impactos imediatos na qualidade do ensino ou seria preciso esperar uma geração de professores formados a partir de uma nova base para colher os frutos?
O currículo por si não garante a melhoria da qualidade da Educação, e sua definição não vai trazer impacto imediato se não vier acompanhada de sua implementação, o que envolve capacitação dos professores para implementá-lo.
Este tem sido o problema nos Estados Unidos. O Common Core (currículo base) estabeleceu habilidades pouco trabalhadas pelos professores antes de sua adoção - como, por exemplo, a complexidade textual. Os profissionais não estavam preparados para ensinar esta habilidade, e não havia material didático. Isto tem dificultado a implementação deste novo currículo. Por melhor que seja um currículo, sem a sua implementação na sala de aula ele não vale nada. Segundo Michael Fullan (pesquisador em Educação da Universidade de Toronto), 25% do sucesso de uma reforma dependem da sua aprovação ou desenho e 75%, de sua implementação.
Apesar de não garantir a melhoria, o currículo é uma base fundamental e um norte para as demais políticas, como a avaliação, os materiais didáticos e a formação dos professores. Como avaliamos nossos alunos com uma prova padronizada se não temos currículo? Isso é um contrassenso e explica por que a avaliação tem se transformado em currículo no Brasil.
No caso brasileiro, já que somos uma federação com tanta diversidade regional e cultural, faz sentido exigir um currículo mínimo para todas as escolas?
Sim, por um tema de equidade e igualdade de oportunidades. Não é possível que alguns brasileiros tenham acesso a um conjunto de conhecimentos acumulados pela sociedade e outros não. E que o local, a família e o grupo social em que uma criança nasça determinem o tipo de conhecimento a que ela vai ter acesso. A diminuição das desigualdades é a força motriz por trás desta política na maioria dos países, e deveria ser ainda mais forte aqui no Brasil, já que somos um dos países mais desiguais do mundo.

“Eunício Oliveira é candidato dele mesmo”, provoca peessebista

Dois caciques do PSB decidiram romper o silêncio e mandaram um recado para senador Eunício Oliveira (PMDB). O primeiro foi o secretário da Fazenda do Ceará, Mauro Filho (esquerda), que confirmou ontem, 14, em entrevista exclusiva ao Aqui CE , que o PS B não abre mão de lançar candidatura própria para o Governo do Estado em 2014. “De fato, não abrimos mão. Mas primamos para que a aliança, que é um dos pilares para a construção de um candidato hegemônico, seja preservada com todos os partidos”.
Quando perguntado sobre seu nome estar sendo apontado como possível candidato a sucessão, ele desconversa e volta a afirmar que única postura que pode ser antecipada é que o partido terá  candidato. “Nenhum nome será formalizado até 2014". Além do secretário, Edson Silva é outro peessebista que não esconde a decisão do partido de encabeçar a chapa majoritária que estará apta a disputar a sucessão do governador Cid Gomes. “Eunício é candidato dele mesmo”, provoca.
As declarações apontam mudanças claras no rumo da sucessão estadual. Há cerca de dois meses, o ex-ministro Ciro Gomes foi o primeiro a revelar que mesmo em aliança com o PMDB de Eunício, o PSB deveria propor um nome para discussão. “Naturalmente, nós ouvimos todas as pretensões, mas também nos sentaremos à mesa para pedir aos companheiros que respeitem nossa justa pretensão de também apresentar para discussão, sem desrespeitar ninguém, nosso candidato”.
*A reportagem completa está na edição de hoje (15) do jornal Aqui Ce.via Ceará NEWS7

Pirâmides: além de Telexfree e BBom, outras 16 empresas estão sob suspeita


O número de empresas suspeitas de serem pirâmides financeiras subiu de sete, no  início de julho, para 18 nesta semana. Duas delas, BBomTelexfree , já tiveram as contas bloqueadas pela Justiça.
"A gente está sabendo de 18, mas o número talvez seja maior", diz a procuradora da República em Goiás Mariane Guimarães de Mello Oliveira, integrante de uma força-tarefa formada pelo Ministério Público Federal e pelos ministérios públicos estaduais para investigar esse tipo de crime.
A procuradora, que atuou no caso Avestruz Master – a última grande pirâmide financeira de que o País teve conhecimento – prefere não revelar o nome das empresas investigadas. Em 2 de julho, entretanto, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN) anunciou investigações contra Telexfree, BBom, Cidiz, Nnex, Priples e Multiclick .
Procurado nesta sexta-feira (12), o promotor do departamento de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Rio Grande do Norte, José Augusto Peres Filho, preferiu não adiantar dados sobre as investigações. Ele também não confirmou o nome das empresas que são alvo de inquéritos no órgão.
Representantes da Telexfree, da BBom e da Cidiz sempre negaram irregularidades. A Nnex não retornou os contatos feitos em 1º de julho. Os responsáveis por Multiclick e Nnex não foram localizados.
As eventuais relações entre empresas suspeitas também é objeto de investigação, afirma Mariane Oliveira, a procuradora da República de Goiás. 
"Entre a BBom e a Telex já se apurou que sim, embora os donos sejam diferentes", diz a procuradora.O dono da BBom, José Francisco de Paulo, nega a informação . 
Onda das pirâmides
O principal ponto comum entre várias das empresas sob suspeita é a utilização do marketing multinível (MNN). Essa técnica de varejo, legal, consiste em criar redes de comerciantes autônomos que ganham não só ao vender produtos ou serviços, mas também ao atrair outros vendedores para a rede. 
Divulgação
João Francisco de Paulo, proprietário da Embrasystem (BBom), suspeita de pirâmide
O que diferencia o MNN regular de uma pirâmide é que, no caso da fraude, a sobrevivência do negócio depende da contínua entrada de pessoas na rede. Como a população é finita, o sistema é insustentável.
O temor de que o País viva uma onda de pirâmides financeiras surgiu após as ações do Ministério Público do Acre (MP-AC) contra a Telexfree, que informa prestar serviços de telefonia por internet e conta com ao menos 450 mil associados. Eles são remunerados por vender os pacotes de minutos, por postar anúncios na internet e por angariar mais gente para a rede.
No dia 18 de junho, a empresa foi impedida de recrutar novos associados e teve as contas bloqueadas . A juíza Thaís Khalil, da 2ª Vara Cível de Rio Branco, aceitou a denúncia do MP-AC de que o faturamento da empresa depende das taxas de adesão pagas por esses associados e não da receita com a venda de pacotes de minutos. A decisão continua em vigor.
Com o mesmo argumento, a juíza substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Ghelle, bloqueou as contas da BBom . Fundada em fevereiro como o braço de marketing multinível da empresa de monitoramento Embrasystem, a BBom tem cerca de 300 mil associados.
No dia 1º de julho, o iG revelou que, além da Telexfree, outras seis empresas eram alvo de algum tipo de investigação no País. Agora, a força-tarefa de MPs e MPF coloca 18 companhias sob suspeita – ao menos 14 delas já são alvo de algum processo formal de apuração, como inquéritos civis ou criminais.
Mariane fala em uma versão brasileira da "febre" de pirâmides financeiras que ganhou força nos Estados Unidos nas últimas décadas, motivada pela popularização da internet.
"Nos EUA houve cerca de 600 empresas [ investigadas ]. Teve uma febre. Essa onda está chegando no Brasil agora", diz ela. "É bom que a população fique atenta porque às vezes vai perder dinheiro. As experiências de Boi Gordo e Avestruz Master [que causaram prejuízos a milhares de investidores] não foram suficientes para alertar o consumidor."

    Restituição do IR do 2º lote liberada nesta segunda


    Agência Brasil (Brasília) – A Receita Federal libera nesta segunda-feira (15), na rede bancária, o dinheiro das restituições do segundo lote de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física 2013. Neste lote, os valores foram corrigidos em 2,21%
    Com a liberação do segundo lote, sobe para R$ 4,03 bilhões o valor total pago até agora. O número de contribuintes incluídos nos dois lotes chega a 2,9 milhões.
    Ao todo estão previstos sete lotes regulares, sendo o último em dezembro. O calendário de restituição está no Ato Declaratório 3 da Receita Federal, publicado no Diário Oficial da União.
    O contribuinte que não recebeu a restituição deve procurar o extrato no site da Receita para verificar por que caiu na malha fina ou se a declaração está na base de dados esperando a liberação. As pessoas que identificarem algum erro devem enviar a declaração retificadora.
    O extrato da declaração é disponibilizado no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) onde se encontram outras informações relativas ao Imposto de Renda. 

    Dilma cria rede social "chapa branca" para conquistar jovens, diz jornal


    O governo federal lançará nesta terça-feira o Observatório Participativo da Juventude, uma rede social que será utilizada para conquistar os jovens e funciona como uma resposta às manifestações de junho no País, de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo publicadas neste domingo. O site teve o lançamento adiado para que a presidente pudesse participar do ato de inauguração.
    Segundo a secretária nacional de Juventude, Severine Carmem Macedo, o projeto estava em desenvolvimento desde 2011. O site irá contar com um banco de dados sobre mobilidade, educação, sexualidade e saúde. Os usuários poderão criar um perfil para publicar textos e debater com outros visitantes, diz o jornal.

    Câmara dos Deputados deve gastar R$ 759,6 mil com locações


    A Câmara dos Deputados reservou o montante de R$ 759,6 mil para a locação de veículos para o transporte rodoviário de deputados e servidores, em atividades parlamentares e administrativas, no Distrito Federal e entorno, durante o segundo semestre de 2013. De acordo com o portal Contas Abertas, o valor é relativo às despesas de 20 de julho a 31 de dezembro deste ano.
    Segundo a publicação, serão nove automóveis, incluindo duas viaturas policiais. Uma delas com cela. O serviço será prestado pela Daleth Veículos e não inclui combustível e motorista.
    Com relação ao transporte aéreo dos parlamentares, servidores e convidados, o órgão empenhou R$ 12,9 mil para o pagamento referente ao mês de maio da empresa prestadora de serviços Oceanair Linhas Aéreas.
    Durante a semana, a Casa deve comprar 16 tablets. Para isso, foram reservados R$ 16,2 mil para a compra dos itens, que custam R$ 1,3 mil cada. O valor inclui garantia de funcionamento, com serviços de suporte técnico, por 36 meses. A Câmara também empenhou R$ 7,3 mil para a aquisição de três computadores. Cada item sairá por R$ 2.450.
    No carrinho de compras da Câmara ainda constam outros itens. A Coordenação de Administração de Edifícios da Câmara dos Deputados reservou R$ 8,8 mil para a compra de quatro cafeteiras elétricas com capacidade de 50 litros, cada.

    Igreja Universal começa a abrir mão de horários em emissoras de rádio eTV


    A Igreja Universal está revendo todos os contratos com emissoras de rádio e TV, que transmitem os seus programas. O desejo é não renovar com a maioria.
    E isto no Brasil inteiro. É difícil saber o que será de boa parte dessas empresas, que nos últimos tempos se acomodaram com esta situação. Flávio Ricco

    domingo, 14 de julho de 2013

    Senador italiano compara ministra negra a orangotango


    O primeiro-ministro de Itália, Enrico Letta, criticou duramente o senador Roberto Calderoli por ter comparado a ministra Cecile Kyenge, a primeira negra a ocupar um posto no gabinete do país, a um orangotango.
    Em comunicado divulgado hoje (14), Letta disse que as palavras de Calderoli são "inaceitáveis" e foram "além de qualquer limite".
    Calderoli é vice-presidente do Senado e líder do partido Liga do Norte, que é contrário à imigração. As declarações a respeito de Kyenge, que é ministra da Educação, foram feitas em um discurso durante uma reunião da legenda no sábado (13), no norte italiano.
    "Quando eu vejo imagens de Kyenge não consigo evitar pensar na semelhança com um orangotango, embora não diga que ela é um", disse Calderoli segundo o Corriere della Sera.
    Kyenge é uma médica nascida na República Democrática do Congo que se tornou a primeira ministra negra da Itália quando o gabinete de Letta foi empossado em abril.
    Calderoli disse durante a reunião que Kyenge fez bem em se tornar ministra, mas que "talvez ela devesse fazer isso em seu próprio país". Ele disse também que ela "faz tantos imigrantes que vêm aqui sonhar" que eles farão a "América" na Itália.
    A Liga Norte não está no governo, mas é há muito tempo o aliado mais próximo do partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que é o principal parceiro de Letta no governo de coalizão.
    As declarações do senador deram início a pedidos por sua renúncia. Uma delas partiu do ministro da Administração Pública, Gianpiero D''Alia. Fonte: Estadão. 

    Eunício Oliveira é o centro das atenções na Expocrato


    O governador Cid Gomes continua doente e não compareceu neste domingo, 14, na abertura da 62ª edição da Expocrato. E quem dominou politicamente o evento foi o senador Eunício Oliveira que ao lado do vice-prefeito de Fortaleza, Gaudêncio  Lucena chamaram a atenção dos milhares de populares durante o evento.
    E o  senador foi homenageado com a outorga do Título de Cidadão Cratense, durante o evento no Cariri. "A homenagem é o reconhecimento a quem está ajudando no processo de renovação política e administrativa na cidade do Crato e no Cariri", afirmou o prefeito do Crato, Ronaldo Gomes de Matos. 

    Opinião: a guerra cibernética começa no seu smartphone


    Quanto mais firmes forem os protestos do governo brasileiro, melhor. Quanto mais numerosas e abrangentes forem as iniciativas contra o governo dos Estados Unidos e suas contratadas pela invasão do nosso espaço cibernético, mais protegidos nos sentiremos.
    A aterrorizante verdade é que apesar do nosso esperneio muito pouco poderá mudar. A Casa Branca dará todas as explicações, os organismos internacionais prometerão sistemas menos vulneráveis à intromissão externa do tráfego digital dos países, porém na melhor das hipóteses ficaremos mais conscientes e atentos à caprichosa marcha do progresso.
    Nem mesmo o bravo Edward Snowden – ex-consultor dos serviços de inteligência americanos que botou a boca no trombone para acordar o mundo – conseguiria sugerir uma forma de controlar o sistema de conexões chamado WWW, ou W3, impedindo-o de cometer o encadeamento de abusos contra as soberanias individuais e nacionais.
    Este maravilhoso sistema ao qual estamos conectados a partir das células eletrônicas que carregamos nos bolsos & bolsas é simplesmente indestrinçável. Impossível “desligar” a indústria das conexões, ela foi longe demais, não há retorno. O caos criativo está ganhando mais uma parada.
    De bandeja
    A humanidade fez uma escolha há cerca de duas décadas e agora está pagando o preço. Maravilhada com a mágica das redes onde máquinas falam com máquinas e superam todas as barreiras do tempo e do espaço, a comunidade humana apostou cegamente no confortável conceito de conectividade e comunhão instantânea. Com elas turbinamos um inesgotável acervo de ferramentas para viver melhor e saber mais enquanto anulam-se progressivamente as liberdades e arbítrios individuais. Com elas vamos às ruas para mudar o mundo, embora conhecendo apenas alguns de seus fragmentos.
    Snowden, o homem mais solitário do mundo, o superexpatriado e hipermarginal, deveria ganhar o Nobel da Paz por ter arrancado de Vladimir Putin a confissão de que a Rússia é parceira dos EUA, por isso não pode conceder-lhe o asilo.
    Não existem sociedades mais diferenciadas do que a ex-URSS e os EUA – no entanto, são parceiras. O adjetivo, em qualquer idioma, é sinônimo de sócio e cúmplice.
    Putin e Obama estão enredados na mesma rede. Assim como as lideranças da China, da Alemanha, Reino Unido, Índia e Brasil. E também nós, comuns mortais, como constata Vikas Bajaj no New York Times (16/6):
    “Os usuários trocaram privacidade por conveniência... Poderiam fazer um esforço para se defender, mas nenhum programa ou serviço pode protegê-los da intrusão de agentes do governo, criminosos ou hackers. O problema é que aos poucos cedemos coletivamente nossa privacidade à medida em que transferimos interações sociais, econômicas [e agora políticas] do contexto físico para o âmbito da e-nuvem alimentada por milhares de computadores gerenciados por empresas como Google, Amazon e Facebook. E será muito difícil, senão impossível, recuperar aquilo que desperdiçamos” (ver íntegra aqui, em inglês).
    Trincheiras cibernéticas
    A revelação do Globo no domingo (7/7) sobre a espionagem de milhões de e-mails e ligações [telefônicas] de brasileiros pelos EUA causou justificado frisson internacional. O Brasil é o mais monitorado país da América Latina, dizia o subtítulo. Teria sido muito oportuno lembrar que é, igualmente, o mais informatizado do subcontinente.
    No mesmo domingo, à noite, no Fantástico da Rede Globo, o veiculador do alerta de Snowden, o jornalista Glenn Greenwald, do Guardian, explicou que o Brasil funciona como “ponte” para acessar outros países:
    “Pode ter sido uma alternativa encontrada pelos programas de monitoramento norte-americanos para conseguir acesso aos sistemas de países mais protegidos, como a China e o Irã. Não temos acesso ao sistema da China, mas temos acesso ao sistema do Brasil. Então coletamos o trânsito do Brasil não porque queremos saber o que um brasileiro está falando para outro brasileiro, mas o que alguém da China está falando com alguém do Irã”. (G1, 7/7, 22h33)
    Este é um pormenor que teria sido mais útil se publicado ao lado das revelações iniciais. Não foi. O desajuste jamais será corrigido – esta é a lógica das bolas de neve e as bolas de neve são fofas apenas na aparência.
    Greenwald acrescentou que o software Prism permite à Agência Nacional de Segurança americana (NSA) acessar e-mails, chats online e chamadas de voz dos serviços da Apple, Facebook, Google, Microsoft, YouTube, Skype, AOL, Yahoo e PalTalk.
    São essas portentosas redes que juntam o feliz proprietário de um smartphone ou tablet com o sistema planetário de intrusões, espionagem, terrorismo e contraterrorismo. São esses formidáveis serviços e suas calorosas redes sociais que empurram o homem contemporâneo, o cidadão conectado, para as trincheiras da guerra cibernética cujas maiores vítimas já conhecemos: a mídia impressa, o hábito de ler textos maiores do que três parágrafos, a capacidade de referenciar e entender os conjuntos.
    Observatório da Imprensa