quarta-feira, 19 de junho de 2013

Ex-atacante Ronaldo é xingado no protesto em Fortaleza: 'Babaca'

Pentacampeão com a Seleção Brasileira e membro do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, Ronaldo foi xingado durante o protesto que acontece na manhã desta quarta-feira, em Fortaleza (CE). O ex-jogador foi chamado de 'babaca' por protestantes. Nesta semana repercutiu na internet um vídeo de 2011, quando ele disse que "não se faz Copa do Mundo com hospital", para querer mostrar a importância de se investir na construção de estádios para o Mundial.
As críticas ao Ronaldo são apenas parte do protesto que ocorre na capital cearense, que recebe nesta quarta-feira, às 16h, o México, pela segunda rodada da Copa das Confederações. O público se reuniu nesta manhã, com o objetivo de chegar no Castelão ao meio-dia. Entre os gritos, além de "Ronaldo, babaca", foram citados: "Da Copa, eu abro mão, quero dinheiro para saúde e educação!", "Brasil, vamos acordar, um professor vale mais que o Neymar!", e o conhecido "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".
Nesta manhã, em sua página no Twitter, o ex-jogador se defendeu das críticas que está recebendo pela afirmação de 2011. "Um pessoal postou um vídeo editado com declarações minhas sobre a Copa de dois anos atrás. Posso de fato não ter me expressado tão bem e a edição que eu vi na internet é bastante tendenciosa. Era outro contexto. Não é justo usar como se fosse dito essa semana", afirmou Ronaldo. O POVO

Fortaleza: mais imagens de pessoas feridas em manifesto

Depoimento do repórter Leonardo Heffer, em Fortaleza: "Um torcedor passou por mim correndo. Disse que tem muitos torcedores com crianças querendo passar e não conseguem. Estão presos na guerra entre PMs e torcedores. De vez em quando estoura uma bomba aqui, dispersa mas logo depois o povo volta". Este torcedor, ferido no rosto, deu o seguinte depoimento: "Estávamos em manifestação pacífica mas tem vândalo infiltrado. Tentávamos impedir que eles chutassem a grade e a Polícia faz isso". NE10

Policial ferido em Fortaleza

Policial do Batalhão de Choque do Ceará é ferido com pedrada no rosto. O clima é tenso em Fortaleza, na tarde desta quarta-feira.

Confusão em Fortaleza

Alguns manifestantes utilizam outras ruas, no entorno da Alberto Craveiro e Paulino Rocha, que estão sem policiamento, na tentativa de chegar à Arena Castelão. Polícia usa bombas de efeito moral e spray de pimenta para conter manifestantes, que revidam com pedras. Manifestantes rompem bloqueio e entram em confronto com a Polícia. 
Alguns manifestantes utilizam outras ruas, no entorno da Alberto Craveiro e Paulino Rocha, que estão sem policiamento, na tentativa de chegar à Arena Castelão.




Para Planalto, redução da tarifa pode não resolver protestos

Avaliação feita entre integrantes do núcleo do Palácio do Planalto é  que a esta altura do campeonato, a simples redução de tarifas de ônibus nas capitais brasileiras, inclusive em São Paulo, não vai mais resolver a onda de protestos pelo país. A constatação interna é de que o clima de insatisfação hoje é muito mais amplo e que o erro foi não ter negociado com os manifestantes desde o início dos primeiros protestos em São Paulo. Blog Gerson Camarotti

Mais imagens de manifestantes que protestam em Fortaleza

Manifestantes já começam a caminhar para protesto antes do jogo Brasil x México, pela Copa das Confederações, em Fortaleza

Os manifestantes da campanha "+ Pão - Circo" já encontraram os primeiros bloqueios realizados pela Polícia Rodoviária Estadual do Ceará antes mesmo do ponto de concentração e os bloqueios prometidos pela Fifa.
O primeiro, já na Avendia Senador Carlos Jereissati, no sentido bairro montese-Castelão foi um dos primeiros empecilhos enfrentados. Para chegar ao ponto de concentração foi necessário enfrentar mais 1,5km, o que não desmotivou o grupo. "O Brasil acordou, vamos lá mostrar que não estamos contente com os gastos por uma Copa enquanto precisamos de melhorias nos hospitais e nas escolas", disse um dos manifestantes.
A concentração aconteceu agora pela manhã desta quarta-feira (19) em um dos principais acessos para a Arena Castelão. De lá, a previsão é, ao meio dia, saírem em caminhada para a Arena Castelão. Os manifestantes prometem movimento pacífico em Fortaleza. JC Online

Blatter critica os brasileiros e pede para deixarem o futebol fora dos protestos

No Brasil há pouco mais de uma semana para acompanhar de perto a disputa da Copa das Confederações, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, parece muito incomodado com os recentes protestos ocorridos nos entornos dos estádios usados para a competição. Nesta terça-feira, o mandatário criticou a atitude dos brasileiros.
"Não deveriam usar o futebol para anunciar suas reivindicações. O Brasil pediu esta Copa do Mundo. Nós não impusemos o Mundial a ele", afirmou, em entrevista à TV Globo.
A onda de protestos ocorrida no Brasil nos últimos dias vem atingindo os jogos da Copa das Confederações. Até aqui, nos quatro jogos disputados na competição, três foram marcados pelas manifestações fora dos estádios. No sábado, houve protestos em Brasil x Japão, em Brasília. No domingo, foi a vez de México x Itália, no Rio de Janeiro. Já na segunda-feira, Belo Horizonte presenciou reivindicações durante Taiti x Nigéria.
Blatter declarou que entende que "as pessoas não estão felizes", mas buscou justificar os gastos exorbitantes para a construção dos estádios para a Copa do Mundo em um País que sofre com problemas estruturais como saúde, educação e transporte.
"Eles (os brasileiros) sabiam que, para ter uma boa Copa do Mundo, naturalmente teríamos que construir estádios. Mas estas arenas não serão somente para o Mundial. Além disso, junto delas, há consequentes melhorias como em estradas, hotéis, aeroportos", disse o presidente da Fifa.
No último sábado, em Brasília, no jogo entre Brasil e Japão, que marcou a abertura da Copa das Confederações, Blatter foi muito vaiado quando, ao lado da presidente da república, Dilma Rousseff, fez um discurso para todo o estádio. No momento, ele se incomodou e pediu "respeito e fair play" aos presentes. Três dias após o ocorrido, no entanto, o mandatário não se mostrou preocupado com os assobios dirigidos a ele.
"Pedi respeito a chefa de Estado. Eles podem vaiar o presidente da Fifa, isso não me importa, porque ou se gosta ou não se gosta do presidente da Fifa. Mas a chefa de Estado estava lá. Aí eu tive que pedir respeito e fair play. Para ela, não para mim", esclareceu.
Após um dia de "folga", a Copa das Confederações volta à ativa nesta quarta-feira. Às 1q6 horas (de Brasília), Brasil e México se enfrentam na Arena Castelão, em Fortaleza, Em seguida, às 19 horas (de Brasília), na Arena Pernambuco, Itália e Japão medem forças, finalizando a segunda rodada do Grupo A. IG

Cid pede "paz" e diz não temer aproveitamento político

O governador Cid Gomes (PSB) evitou bater de frente com o protesto contra os investimentos da Copa de 2014 e disse que aqueles que tentarem se aproveitar politicamente do protesto podem se dar mal. “Pelo que nós vimos nas manifestações em São Paulo e no Rio de Janeiro, quem quis fazer isso foi repudiado pelos demais manifestantes. Quem tenta fazer uso político se dá mal”, afirmou Cid, em entrevista ontem à noite, após a inauguração das novas instalações do 16º Distrito Policial, na Avenida Alberto Craveiro.

Acompanhado do secretário de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Francisco Bezerra, o governador pediu, por mais de uma vez, que a manifestação seja pacífica e que sejam obedecidos os limites de segurança pública impostos pela Fifa. Sobre a orientação do Palácio da Abolição a respeito da forma de atuação da Polícia Militar, Cid afirmou que “tudo será feito para garantir a segurança de todos, ponderando-se a área limite da Fifa”. Questionado sobre qual será a postura da PM em caso de desobediência, Cid sorriu e não completou a resposta.

O titular da SSPDS não deu detalhes sobre o esquema montado para acompanhar o protesto, mas reforçou que não há mudanças no plano de segurança da Secretaria. A equipe do Governo foi bem recebida pelos moradores que participaram da inauguração, a cerca de um quilômetro do estádio Arena Castelão. O POVO

Em meio à crise, Dilma se reúne com Lula, Haddad e marqueteiro do PT

O governo federal ainda tenta acordar para o tamanho da nova cara do Brasil, que se espalha pelas ruas do país desde a semana passada. Mas, por enquanto, a maior preocupação é meramente eleitoral. Tão logo fez o primeiro pronunciamento oficial sobre o assunto, em cerimônia no Palácio do Planalto na terça-feira (18/6), para a apresentação do Código de Mineração, a presidente Dilma Rousseff voou para São Paulo para se encontrar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Além deles, participaram do encontro o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o presidente nacional do PT, Rui Falcão e o publicitário João Santana.

Esse grupo em nada se parece com uma força-tarefa formada para discutir crises. Em vez de encontros com os ministros de Estado de setores ligados à Justiça, à Segurança Pública e aos serviços de inteligência, a reunião contou apenas com caciques petistas e o principal marqueteiro do partido atualmente. Lula já tinha reclamado a interlocutores que Haddad estava titubeante diante dos recentes confrontos ocorridos nas ruas de São Paulo. Em seu blog, o ex-ministro José Dirceu afirmou que cabia ao prefeito petista chamar os estudantes para abrir uma mesa de debate sobre a qualidade no transporte público e a militarização das polícias. Correio Braziliense

Marcha no trajeto para a Arena Castelão

Fortaleza entra pela segunda vez, hoje, no mapa dos protestos contra os altos investimentos da Copa das Confederações e do Mundial de 2014, com uma marcha que atraiu o apoio de mais de 38 mil pessoas pela rede social Facebook. A manifestação intitulada “Copa para quem?”, convocada pela Internet, ocorre a partir de 12 horas, pouco antes do início do jogo entre Brasil e México, e com um trajeto que deve se estender pela principal via de acesso à Arena Castelão, a Avenida Alberto Craveiro.
A marcha, que se autoproclama pacífica e contrária a agressões e vandalismo, segue a linha dos movimentos que estouraram em todo o País desde a última quinta-feira, em São Paulo: não há comissão organizadora única e bem definida, inclui mais de uma pauta, abrange grupos diversos da população e contempla diferentes visões políticas e ideológicas.
Embora a página do protesto no Facebook destaque que a iniciativa não possui vínculos com qualquer partido, alguns políticos deverão acompanhar a passeata, como os vereadores João Alfredo (Psol) e Capitão Wagner (PR), ambos de oposição ao Governo Cid Gomes (PSB).
Perguntado se sua presença não abre o risco de confronto com policiais a serviço do Executivo, Wagner disse que não atuará como líder do movimento e que tentará mediar possibilidades de conflito entre manifestantes e forças de segurança. Ele também revelou ter informações de que policiais e bombeiros insatisfeitos com o Governo participarão da manifestação, à paisana e com máscaras, para evitar risco de represálias. Ontem, o parlamentar gravou vídeo na Internet, convocando a população.
Preparação
A presença de políticos deixou em alerta integrantes do movimento que estão na linha de frente do evento. “Há uma tensão. Como o publico é muito diverso, tem gente de partido, tem anarquistas e tem pessoas que não tem posição definida. Em Fortaleza, como o fenômeno é recente, não sabemos como a população vai reagir”, afirmou Valéria Pinheiro, membro de uma das comissões organizadoras. 
Segundo ela, alguns grupos estão sendo preparados para orientar os participantes a evitarem o conflito e acalmarem os ânimos mais alterados. Também haverá comissões de segurança e de saúde acompanhando a marcha.
Ao O POVO, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) disse que não modificou o plano de segurança previsto para a Copa e que não há esquema especial para acompanhar os insurgentes. A Secretaria Municipal de Segurança Cidadã também afirmou que a área de realização do protesto não é de competência da Guarda Municipal.

Aécio Neves e Eduardo Campos tem encontro marcado para o dia 24 de junho em Recife

Prováveis candidatos à Presidência da República nas eleições de 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) têm encontro marcado na próxima segunda-feira, 24, no Recife.

Questionado pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, sobre os motivos da reunião, o senador tucano divagou e disse apenas que vão "discutir sobre a vida".

Na véspera do encontro, o tucano vai a Caruaru (PE) e segunda-feira à noite, após a ida ao Recife, segue para Campina Grande (PB).

Além das questões nacionais, no seara política os dois dirigentes podem discutir sobre uma possível candidatura do atual prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), ao governo de Minas Gerais.

A expectativa de parte da cúpula do PSB era de que Lacerda tivesse se posicionado até o fim do mês passado, o que não aconteceu.

Padrinho político de Lacerda, Aécio negou que o partido tenha oferecido a legenda para o prefeito disputar o comando do Estado no próximo ano. O tucano também não quis se falar da possível candidatura do aliado. "Vamos esperar o tempo dele", disse.

Caso Lacerda não queira disputar as próximas eleições, uma das alternativas estudada pelo PSB é a candidatura do deputado federal Leonardo Quintão, que deixaria o PMDB para ingressar na legenda.

Independentemente do candidato, a ideia entre PSDB e PSB é ter uma campanha de não agressão entre os candidatos no Estado. Estadão