Segundo na linha sucessória, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), teve ontem um dia de presidente da República, em função das viagens ao exterior da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer. Apesar da série de reuniões de que participou, Alves optou pela discrição e não apareceu nem deu declarações em público na condição de presidente da República em exercício.
Alves chegou ao Palácio do Planalto pela manhã, acompanhado dos filhos e da noiva, e cumpriu uma extensa agenda, que incluiu reunião com correligionários e políticos do Rio Grande do Norte - seu reduto eleitoral. Apesar de ser natural do Rio de Janeiro, Alves fez carreira na política potiguar, elegendo-se deputado federal por 11 mandatos consecutivos.
Essa condição foi destacada por diversos de seus interlocutores, como a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM).
Ao deixar a audiência, a governadora desconversou sobre a possibilidade de deixar o DEM, do qual é a única governadora, por um partido da base governista.
"Eu sempre disse, como candidata e depois de eleita (...), que, passou a eleição, vamos baixar as armas e dar as mãos pelo Rio Grande do Norte", disse.
Especulações sobre a possibilidade de saída de Rosalba de seu partido ganharam força após a recusa da governadora em participar do programa partidário do DEM com críticas duras ao governo federal. A presidente Dilma Rousseff foi informada da decisão de Rosalba por Henrique Alves e demonstrou satisfação com o gesto, de acordo com relatos.
Segundo a governadora, a presidente Dilma tem apoiado diversas ações do governo estadual e essa "sensibilidade" em colaborar com pleitos do Rio Grande do Norte merece ser reconhecida, independentemente de bandeira partidária: "Toda vez que ela fizer [algo] pelo nosso Estado, eu vou aplaudir, vou reconhecer."
Embora estivesse formalmente na condição de presidente da República, Henrique Alves atuou também como presidente da Câmara, sobretudo durante reunião que fez com líderes da Casa. Valor




