segunda-feira, 18 de março de 2013

Eduardo Campos vai ajudar Marina a disputar eleições em 2014, diz jornal


O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, vai tentar ajudar a ex-senadora Marina Silva a derrubar o projeto de lei que restringe o acesso de novas legendas ao fundo partidário. O novo partido da ex-senadora, a Rede, seria diretamente atingido. As informações foram publicadas nesta segunda-feira (18) pela colunista da Folha de São Paulo, Mônica Bergamo.

Ademais, ainda de acordo com a coluna, a interlocutores Campos diz achar que o projeto é uma manobra do governo para inibir a eventual candidatura dela à Presidência em 2014.

A publicação insinua ainda um possível “gelo” de Lula em Campos, que, supostamente, não se falam há mais de cinco meses. A última vez teria sido em outubro, quando o governador pernambucano telefonou ao ex-presidente para felicitá-lo por seu aniversário, de 67 anos. 

Folha PE

Presidente do PDT/CE cita Heitor Férrer como candidato ao Senado em 2014



PDT pensa também na vaga de senador em 2014. Quem diz é o presidente regional do partido, deputado federal André Figueiredo. Para André, o PDT tem condições de postular por ser um partido aliado do governador Cid Gomes em todos os sentidos e por ter nomes à disposição.
Ao ser indagado sobre quem poderia ser o postulante ao Senado, diz logo?: O deputado estadual Heitor Férrer. A questão é que Heitor não é aliado das ações do governador e, na Assembleia Legislativa, é uma das poucas vozes de oposição ao esquema político de Cid Gomes.
O PDT, pelo visto, poderia apoiar o nome do PSB para governador e lançar nome para o Senado. Vale destacar que Heitor, na disputa pela Prefeitura de Fortaleza, acabou em terceiro lugar, mas ele se diz prejudicado pelas pesquisas que o tiraram do segundo turno com o hoje prefeito Roberto Cláudio (PSB).

Blog do Eliomar

Município de Independência deve reintegrar servidora demitida ilegalmente


O Município de Independência, a 309 km de Fortaleza, deve reintegrar a servidora pública A.L.B.S.A., demitida ilegalmente por suposto abandono de cargo. A decisão é da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
Segundo os autos, ela é servidora concursada desde 1997. Em janeiro de 2010, após conclusão de processo administrativo disciplinar, foi punida com demissão, porque teria se ausentado do serviço por mais de 30 dias, ato que configura abandono de função.
Em razão disso, a funcionária ajuizou mandado de segurança, com pedido liminar, requerendo a reintegração. Disse que entrou com pedido de férias para cuidar da mãe doente, mas não obteve resposta por escrito. Alegou não ter se ausentado por mais de 30 dias, pois retomou normalmente às atividades, após as férias. Afirmou, ainda, que a comissão de inquérito não analisou adequadamente as provas, nem levou em consideração o histórico de conduta ilibada da funcionária.
Em maio de 2011, o Juízo da Vara Única de Independência concedeu a segurança, concluindo que houve ilegalidade na demissão, porque ficou demonstrando que a servidora não tinha intenção de abandonar o emprego. O município foi obrigado a reintegrá-la, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. Também deverá pagar a remuneração referente ao período em que ingressou com o processo judicial até a data da reintegração.
Objetivando modificar a sentença, o ente público interpôs apelação (nº 0000430-7620108.060092) no TJCE. Defendeu que a demissão foi legal e merece ser mantida para o bom e regular funcionamento da máquina administrativa. Argumentou também que a alegação de férias para cuidar da mãe não é motivo para abandonar o posto de trabalho. Ressaltou que existe procedimento próprio no estatuto dos servidores públicos para requerer licença, não bastando fazer pedido verbal ao chefe.
Ao julgar o caso, a 6ª Câmara Cível negou provimento ao recurso e manteve a decisão da Justiça de 1º Grau. Segundo a relatora do processo, desembargadora Sérgia Maria Mendonça Miranda, o procedimento administrativo não obedeceu aos parâmetros legais. “Mesmo que existissem as faltas atribuídas à promovente [A.L.B.S.A.], quando o procedimento foi instaurado, a servidora já havia retornado regularmente ao trabalho, sem olvidar, ainda, que ela nunca sofrera qualquer penalidade administrativa”.

Segurança do prefeito de Senador Sá é encontrado morto



Foi encontrado sem vida nas margens da CE 362, precisamente nas proximidades da localidade de Riachão dos Farias, o senhor Benedito Lima Araújo, popularmente conhecido por Benezão, segurança do prefeito de Senador Sá, natural de Irauçuba-CE, e residente em Senador Sá desde  de 2008.
O corpo foi encontrado na manhã de domingo (17) nas proximidades o km 60 da CE 362 alvejado com 4 tiros, sendo (segundo a policia) um na boca e três nas costas.
Policiais do destacamento local sobre o comando do CB Nazareno estiveram no local e constataram a veracidade do fato. Segundo o CB Nazareno há grandes chances de ter sido uma “desova” (o crime acontece num lugar e o corpo é encontrado n’outro).
Ainda segundo a polícia não foram encontrado moto, ou qualquer pertence da vitima no local.

SPN

Audiência debate falta de repasse de recursos ao Hospital de Icó


Na próxima quinta-feira (21/03), a Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa promove audiência pública, no município de Icó, para tratar do cancelamento de convênios dos recursos do Ministério da Saúde com o Hospital Nossa Senhora de Lourdes. O debate acontece a partir das 8h, na Câmara Municipal de Icó. O requerimento foi do deputado Neto Nunes (PMDB).

No final de janeiro, o Hospital Nossa Senhora de Lourdes, um dos mais antigos do município, parou de funcionar após mais de quatro décadas de atividades. A direção do Hospital alega que o fechamento aconteceu em razão da falta de repasse de recursos em novembro e dezembro de 2012, além da não renovação do convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS) pela nova gestão do município.

O diretor administrativo do Hospital, Charles Peixoto, afirmou que o convênio do SUS com o município encerrou em dezembro. “Entramos em janeiro sem a nova administração nos procurar para saber o que iríamos fazer. Todo mundo sabe que a saúde sem recursos não funciona”, disse o executivo à imprensa local. 

Mauro Filho inicia ciclo de visitas de secretários de Estado a Assembleia



Tem início na próxima quinta-feira (21/03), a partir das 11h, no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa, o ciclo de visitas de secretários estaduais. De acordo com o presidente da Casa, deputado José Albuquerque (PSB), o objetivo é que cada secretário possa tirar dúvidas dos parlamentares acerca das ações desenvolvidas por suas pastas, garantindo uma maior interlocução entre o Executivo e o Parlamento. 

O primeiro a participar é o titular da Secretaria da Fazenda, Mauro Filho. Ele vai falar, entre outros temas, sobre a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), proposta pelo Governo Federal e em debate no Congresso Nacional. 

Conforme matéria publicada no site do Senado, enquanto os representantes do Sul e do Sudeste apoiam a unificação das alíquotas interestaduais em 4%, como deseja o Governo Federal, os das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste defendem uma convergência para 7% e 4%. 

O presidente José Albuquerque explica que, a cada semana ou quinzena um secretário virá a AL. “Eles deverão comparecer às quartas-feiras, durante o segundo expediente da sessão plenária”, informa.

O ciclo de visitas estava marcado para começar na próxima quarta-feira (20/03), mas em virtude do falecimento do ex-deputado Fonseca Coelho, a sessão plenária será suspensa.

Com o Papa Francisco, humor e naturalidade surpreendem o Vaticano



Derrubando o protocolo da Santa Sé, o Papa Francisco trouxe um sopro de ar fresco para esta instituição milenar com a exibição de uma simplicidade e humor que conquistaram a imprensa e a opinião pública.
"Ele é muito descontraído. Se comporta em público da mesma maneira que em privado", resume o vaticanista Marco Politi, em entrevista à AFP. Seu antecessor, Bento XVI "também era irônico e bem-humorado em privado, mas em público era muito rígido".
O contraste é gritante: enquanto Joseph Ratzinger improvisava apenas em suas brilhantes meditações teológicas e, de temperamento tímido, seguia o protocolo ao pé da letra, Jorge Bergoglio, eleito quarta-feira à noite, escolheu imediatamente se livrar dos grilhões das normas que regem as atividades papais.
Na manhã de domingo, de forma improvisada e alegre, se aproximou da multidão e conversou com os fiéis, para o desespero de seus guardas. Cumprimentou um por um depois de ter celebrado uma missa em uma pequena igreja no Vaticano.
"Ele não dá a impressão de uma autoridade hierárquica, mas sim de um simples padre", observa Marco Politi. Vestido com uma vestimenta púrpura simples, o Papa escolheu pronunciar sua homilia de domingo em pé, e não sentado em seu trono.
"Ele tem um comportamento muito natural e se mostra sempre à vontade, até mesmo em sua forma de andar e de cumprimentar", diz Marco Politi. Um andar dinâmico que o fez tropeçar na sexta-feira durante uma audiência com os cardeais, o que ajudou a torná-lo ainda mais humano.
Jorge Bergoglio decidiu "ser ele mesmo para desmistificar o ofício papal e apresentar o Papa como um bispo entre seus contemporâneos". Desta maneira, lembra o grande comunicador João Paulo II, mas sobretudo o Papa do Concílio Vaticano II, o Papa João XXIII, chamado na Itália de "O papa bom".
Em seus discursos públicos, o Papa Francisco, de 76 anos, não hesita em deixar escapar algumas piadas, mostrando cumplicidade com o público.
Durante seu primeiro Ângelus na Praça São Pedro no domingo, diante de uma multidão de 150.000 fiéis a quem mencionou o livro de um de seus amigos cardeais e "grande teólogo", disse em tom de brincadeira: "Não pensem que eu estou fazendo publicidade para os livros dos meus cardeais!"
Uma atitude que se encaixa perfeitamente com a imagem que ele já tinha antes de chegar ao trono de Pedro.
"Eu vi o Jorge Bergoglio de sempre, a mesma simplicidade, a mesma tranquilidade, não foi de todo solene", declarou à AFP Sergio Rubin, jornalista do jornal argentino Clarin e co-autor de uma biografia de Jorge Mario Bergoglio, quando ele ainda era cardeal ("El Jesuita").
Estas atitudes não parecem desagradar seus "irmãos cardeais", como o cardeal brasileiro Odilo Scherer:"O Papa Francisco é um jesuíta e surpreendeu o mundo com a sua simplicidade franciscana. Deus o abençoe, ilumine e fortaleça em sua missão!", escreveu em sua conta no Twitter.
Mas Marco Politi adverte que "provavelmente os mais conservadores da Igreja poderão considerar este comportamento como perigoso".
Estes mesmos conservadores provavelmente não apreciaram o fato de durante sua reunião de sábado com milhares de jornalistas ter "enviado uma bênção (para o público), mas abstendo-se de fazer o sinal da cruz, em respeito à liberdade de consciência de todos", ressalta o vaticanista.
Para além das "piadinhas, (que) são detalhes", Marco Politi prefere se concentrar em "sua sinceridade quando ele conta como viveu o conclave, o que é muito bonito".
"Durante a eleição, eu estava ao lado do arcebispo emérito de São Paulo Cláudio Hummes, um grande amigo (...) Quando os votos atingiram dois terços (o limite para ser eleito), ele me abraçou, beijou e me disse: 'não esqueça os pobres'". "Imediatamente eu pensei em São Francisco de Assis", contou o Papa com uma sinceridade surpreendente.

Vereadores querem livrar entorno dos templos religiosos de multas de trânsito


Dois vereadores de Fortaleza estão propondo a liberação de estacionamento no entorno dos templos religiosos. Tratam-se de Leonelzinho Alencar (PTdoB) e Elpídio Nogueira (PSB), que apresentaram dois projetos de indicação neste mês de março. Caso sejam aprovados na Câmara, eles serão enviados para avaliação do prefeito Roberto Cláudio (PSB), que pode ou não encaminhar as propostas para a Câmara Municipal de Fortaleza no formato de projeto de lei. 

Leonelzinho defende que as áreas para estacionamento sejam de 1 km² ao redor dos templos em dias de missa ou culto. Elas seriam classificadas de Zona de Livre Estacionamento (ZLE), e teriam validade durante os dias e horário das celebrações religiosas. "Liberar para estacionamento sua vizinhança imediata (dos templos) significará um importante instrumento de ordenamento urbano, além de um importante incentivo à prática religiosa", argumenta o vereador do PTdoB. 

Na proposta do vereador Elpídio Nogueira - que amplia o alcance da possível mudança para locais onde aconteçam "eventos culturais" - chega a definir o horário em que os automóveis ficariam livres de multas: nos dias úteis a partir das 19 horas, e nos fins de semana a partir das 17h30min. "A presente Indicação visa garantir a plenitude tanto do direito ao livre exercício de cultos religiosos quanto do direito a cidades culturalmente sustentáveis", sublinha o parlamentar.

O Povo

Por Aécio Neves: PTbras, de novo


Em outubro, a Petrobras completa 60 anos. Infelizmente não há o que comemorar, submersa que está em um poço de graves problemas, embora, possivelmente, isso não venha a ser impedimento para mais uma milionária campanha publicitária da estatal.
É sempre oportuno recuperar a memorável jornada da criação da Petrobras. Foi um dos movimentos populares mais marcantes da história brasileira. Sensível ao grande sentimento nacionalista daquele momento, o presidente Getúlio Vargas encampou a exigência expressa em comícios e manifestações de rua.
O slogan "O petróleo é nosso!" arregimentou estudantes, sindicalistas, intelectuais e outros segmentos da sociedade, no final dos anos 40 e começo dos anos 50.
Nos anos recentes, os petistas levaram a frase ao pé da letra, mediante o entendimento de que o "nosso" quer dizer que a Petrobras é "deles", com exclusividade. E promoveram o aparelhamento partidário da empresa, com os enormes danos que começam a vir à tona. Daí a grande atualidade em se retomar a batalha dos tempos da fundação da companhia. O Brasil precisa reestatizar imediatamente a Petrobras, que está afundando sob o peso dos interesses privados do PT.
Não há barril de petróleo capaz de obscurecer o que está acontecendo, a olhos vistos, com a empresa: queda brutal no valor de mercado, baixo retorno dos investimentos, descumprimento de metas, aumento dos custos operacionais e administrativos e perda de posição nos rankings internacionais, entre outras mazelas.
A lista continua. Os milhares de trabalhadores que adquiriram ações da Petrobras com recursos do FGTS viram o patrimônio registrar uma queda de cerca de 50%.
O escândalo da compra por mais de US$ 1 bilhão de uma refinaria nos EUA, pouco tempo antes negociada por apenas US$ 42,5 milhões e que, hoje, só conseguiria ser vendida por cerca de US$ 100 milhões, lança graves suspeitas sobre a empresa. Segundo o Ministério Público, "é mais que um mau negócio". Afinal, quem propôs e quem autorizou tamanha temeridade?
Com tantas incertezas pela frente, teme-se agora até pelo futuro do pré-sal. No final de 2006, às vésperas das eleições, o governo federal anunciou a autossuficiência do país em petróleo. No entanto, a própria Petrobras reconhece agora que, entre 2007 e 2012, essa condição não existiu. Registre-se ainda que, apenas no ano passado, o Brasil importou US$ 7,2 bilhões em derivados.
Patrimônio nacional e um dos símbolos da nossa independência, a Petrobras sempre foi um esteio para a economia brasileira. Defendê-la da voracidade de parte do PT é tarefa urgente. Tempos atrás era anunciado como grande novidade um certo modo petista de governar. Hoje o Brasil inteiro sabe o que isso significa.

Dilma desembarca em Roma dando conselhos ao papa Francisco



A presidente brasileira, Dilma Rousseff, disse no início da manhã desta segunda-feira que o Papa Francisco não pode ficar somente na defesa dos pobres, mas deve respeitar as opções de cada um. Em encontro com o imprensa, ela acrescentou que o Pontífice tem "uma missão a cumprir" e mostrou estar contente pela escolha de um chefe da Igreja Católica que seja latino-americano.

- É uma postura importante (a Igreja para os pobres). É claro que o mundo pede hoje, além disso, que as pessoas sejam compreendidas e que as opções diferenciadas sejam entendidas - disse à imprensa, após uma visita à exposição do pintor italiano Tiziano, na Scuderie Quirinale. 

Sobre uma reforma maior na defesa de temas polêmicos da Santa Sé, Dilma não acredita que o novo Papa poderá mudar a Igreja em questões morais, como o aborto ou o casamento homossexual:

- Não me parece que seja um tipo de Papa que vai defender esse tipo de posição. Não está me parecendo, pelo menos vocês (a imprensa) dizem isso.

A presidente destacou a importância de um Papa argentino para a América Latina.

- Em qualquer hipótese, um Papa latino-americano é uma honra para a América Latina. Acho que é uma afirmação da região.

Questionada sobre o fato de não ter sido eleito um Papa brasileiro, embora - segundo vaticanistas - um dos favoritos tenha sido o cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, ela respondeu:

- Acho essa pergunta um pouco estranha. Ele é latino-americano, ele é latino-americano.

A presidenta assistirá amanhã à missa inaugural de entronização do Papa Francisco. No total, o Vaticano espera receber 150 delegações internacionais, que chegam a Roma para conhecer mais de perto o novo líder da Igreja Católica. 

O Globo


Deputados do Ceará, assiduidade inferior a 70% em reuniões na Câmara Federal


Durante o exercício legislativo do ano passado e início de 2013, a média de presença dos 22 deputados federais do Ceará nas comissões da Câmara Federal foi inferior a 70%. Apesar de alguns parlamentares cearenses apresentarem boa participação nas reuniões, chegando a quase 100% de frequência, outros sequer conseguiram comparecer à metade dos encontros desses grupos na Casa. Todas as informações constam no portal da Câmara Federal.

O deputado federal Chico Lopes (PCdoB), por exemplo, apresentou 98,2% de frequência nas reuniões das comissões das quais faz parte, o que significa que ele participou de 109 dos 111 encontros realizados em Brasília. O parlamentar cearense é titular na Comissão de Defesa do Consumidor e suplente na de Trabalho, Administração e Serviço Público.

Na avaliação de Chico Lopes, os deputados devem contar com uma boa assessoria técnica para dar conta de todas as atividades, explicando que falta de tempo não é justificativa para deixar alguns compromissos de lado. "Falta de tempo não justifica, porque a nossa atividade é parlamentar. Não dá para ser professor, médico e ser deputado ao mesmo tempo", aponta.

O parlamentar também afirma que os deputados têm um bom suporte da Câmara Federal para bancar o mandato, o que lhes daria disponibilidade de exercer as atividades cotidianas. "Nós ainda temos os consultores, que nos prestam informações, não dá para reclamar da Câmara. E recebemos a verba parlamentar justamente para contratar assessores", explica.

Raimundo Gomes de Matos (PSDB) também está entre os deputados cearenses que mostraram grande assiduidade. O tucano marcou presença em 96 das 97 reuniões para as quais foi convocado na Casa desde o ano de 2012, sendo titular da comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

Debate

Gomes de Matos explica a importância do debate nas comissões antes de o projeto ser votado. "Na maioria das matérias que vão ao Plenário, o mérito é dissecado, debatido com mais profundidade pelos membros da comissão específica dos projetos". E completa: "considero muito mais efetivo o trabalho parlamentar nas comissões do que no próprio plenário".

Ainda segundo o deputado do PSBD, os parlamentares devem ter a iniciativa de buscar para si a relatoria de matérias relevantes, em vez de ficar apenas aguardando o sorteio na comissão. "Ele deve ser pró-ativo em reclamar prioridade para ser designado relator de projetos que ele considere importante em suas atividades, e não ficar esperando que por sorteio ou delegação do presidente da comissão", aposta.

Já o deputado Aníbal Gomes (PMDB) só compareceu a 30,8% das reuniões. Em 2012, ele foi titular da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, mas em 2013 está na de Defesa do Consumidor. Dos 39 encontros que deveria ter ido, participou de apenas 12, embora 16 ausências constem justificadas. Outras 11 faltas não foram explicadas pelo parlamentar cearense.

Já as ausências no plenário da Casa foram todas justificadas no mesmo período por atendimento a obrigação político-partidária e licença para tratamento de saúde. No ano passado, ele explica que fez uma cirurgia e ficou dois meses afastado, por isso não teria participado das reuniões de comissão, mas ressalta que o trabalho nas comissões é a atividade mais importante dos parlamentares na Casa.

O deputado diz ainda que nunca justificou uma ausência em reunião de comissão, apenas em plenário. Entretanto, no portal da Câmara Federal, 16 faltas aparecem com justificativas apresentadas. "Em cinco mandatos, nunca justifiquei uma ausência em reunião de comissão. Eu não conheço nenhum deputado que apresenta justificativa", diz.

O deputado Vicente Arruda (PR) também teve pouca assiduidade nas reuniões das comissões. Dos 88 encontros que ocorreram desde 2012, ele participou de apenas 29 deles, tampouco justificou a maior parte das ausências. O parlamentar não apresentou explicações para 58 faltas nas reuniões, sendo oito ausências justificadas.

Titular da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, uma das mais importantes, Vicente Arruda foi procurado pelo Diário do Nordeste, mas a entrevista não foi possível porque a ligação estava com ruídos devido a problemas na operadora. O chefe do gabinete do deputado, em Brasília, disse que retornaria as ligações, o que não ocorreu até o fechamento desta matéria.

Também não atingiram 50% de frequência nas reuniões de comissões da Casa o deputado Eudes Xavier, com 47,7% de presença, e Manoel Salviano, com 40,7% de assiduidade. Artur Bruno compareceu a 55% das reuniões, Arnon Bezerra a 56%, Edson Silva a 52,6%, Gorete Pereira a 52% e João Airton a 55%. Por outro lado, os deputados federais André Figueiredo , Ariosto Holanda, José Guimarães e Mauro Benevides apresentaram frequência superior a 80%. 

Diário do Nordeste

domingo, 17 de março de 2013

Eduardo Campos: ‘Sinto os sinais de renovação’

Eduardo Campos joga vôlei de praia com atletas especiais

Eduardo Campos, um governista cada vez ma non troppo, não dá mais um passo sem tropeçar em 2014. Seus cumprimentos soam como inaugurações do bom dia. Em cada frase, um discurso. O governador pernambucano não vai ao meio-fia sem levar à mão um comício.

Nas pegadas da semana em que roubou a cena num encontro de governadores em Brasília, fez palestra para industriais no Rio e jantou com varejistas em São Paulo, Eduardo foi à praia. Lançou em Recife o “Praia sem Barreiras”, programa concebido para facilitar o acesso de pessoas com problemas de locomoção às areias.

Ao lado de Geraldo Julio, o “poste” que acomodou na prefeitutra da capital pernambucana no ano passado, Eduardo participou de uma partida de vôlei sentado. “Estou jogando melhor sentado do que em pé”, comentou, entre risos, negando uma vez mais que esteja em campanha.

Ao deparar-se com os microfones, em número cada vez maior, o não-candidato subiu no caixote. Um dia depois de Dilma Rousseff ter defendido o fortalecimento de sua coalizão na cerimônia de troca de comando em três ministérios, Eduardo criticou os “velhos pactos políticos”. Heimm?!?

“O pacto político, ao meu ver, que vai ser capaz de fazer as mudanças continuarem, acelerarem, não será conservador, com as velhas políticas, com aquilo que incomoda a sociedade brasileira. O prazo acho até que está passando, porque a gente precisa dessa renovação.”

Membro da coalizão que critica, Eduardo diz que não é possível prever quando virão as mudanças. Mas fala como se as farejasse. “Eu já sinto os sinais do processo de renovação.” Hã?!?

Evocando a eleição municipal do ano passado, na qual rompeu com o PT pernambucano e prevaleceu sobre o ex-aliado na disputa pela prefeitura de Recife, o governador fustigou: “Vi isso aqui em Pernambuco, fiz parte desse processo de renovação.”

Eduardo repisou o que dissera no repasto com empresários paulistas. “Vi uma dose grande de pessimismo nas perguntas […]. Eu disse que sou um otimista, que nos últimos anos se fez muito. Mas também disse que pode ser feito mais.”

Sócio do condomínio que governa o país desde 2003, o presidenciável do PSB virou o que Nelson Rodrigues chamaria de um aliado de passeata. Cada frase de Eduardo vale por um panfleto contra o governo de Dilma Rousseff:

“[…] Precisamos fazer mais, sim. Até porque tivemos dois anos muito duros para o Brasil, 2011 e 2012, e precisamos ganhar 2013. Infelizmente o debate eleitoral foi antecipado e aí, tudo que a gente disser, sempre se puxa para a questão eleitoral. É um direito que se puxe para a questão eleitoral, como é um direito meu continuar discutindo o Brasil…”

E quanto a Dilma? “Com o espírito público que ela tem, provavelmente deseja fazer mais. A cidadania quer mais, essa é a questão.” Eduardo cobrou uma reforma tributária. E disse que as desonerações iniciadas sob Lula e mimetizadas por Dilma viraram remédio ineficaz contra a crise.

“Ultimamente, estamos fazendo desonerações tributárias muito pontuais, que são importantes para determinados setores. Mas acho que os efeitos dessa desoneração sobre a economia já demonstraram que elas, a cada dia que passa, são muito limitadas. É como se você já tivesse acostumado o organismo com determinado tipo de medicamento e determinada dose.”

Todo ser humano é um ator à procura de plateia. Representa para uma namorada, para os familiares, para os vizinhos, para os credores… Dono de índices de popularidade altíssimos no seu Estado, Eduardo Campos faz pose para o resto do país. Pose de presidenciável.

Blog do Josias