sábado, 1 de dezembro de 2012

Ministéro Público pede o fim de três entidades em Morada Nova


O Ministério Público do Estado do Ceará ajuizou três Ações Civis Públicas (ACPs) junto à comarca de Morada Nova, na região de Jaguaribe, pedindo que a Justiça decrete a extinção das seguintes entidades: Fundação Educativa Divino Espírito Santo, Fundação Pró-Esporte (“Chapéu de Coro”) e Fundação Educativa de Radiodifusão José Alencar de Macedo. O motivo é o não atendimento a pedidos feitos pelo MP para que elas fizessem as suas prestações de contas. As ações foram ajuizadas respectivamente nos dias 7, 27 e 28 de novembro e são assinadas pelo promotor de Justiça Adriano Jorge Pinheiro Saraiva.
          A Fundação Educativa Divino Espírito Santo e a Fundação Pró-Esporte (“Chapéu de Coro”) foram oficiadas pelo MP em 15 de agosto deste ano para que apresentassem diversas documentações, dentre elas a cópia do estatuto da entidade, a comprovação de que a fundação exerce de fato as atividades para as quais foi instituída e a cópia das prestações de contas anuais. Já a Fundação Educativa de Radiodifusão José Alencar de Macedo foi oficiada no dia 10 de setembro, também para apresentar ao Ministério Público uma série de documentos – cópias do estatuto, das prestações de contas, da ata da atual diretoria, do número de inscrição do CNPJ, além das certidões negativas de débitos federal, estadual e municipal, etc.
         Nenhuma das três entidades se pronunciou dentro do prazo estipulado e, portanto, todas elas são consideradas irregulares.  

Tribunal de Justiça do Ceará doa uma tonelada de papel a associações de catadores


O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) enviou, na manhã desta sexta-feira (30/11), 1.004 kg de papel picado para a Associação dos Catadores do Jangurussu (Ascajan) e para os Agentes Ambientais Rosa Virgínia. A doação consiste em material descartado proveniente de petições iniciais e anexos de processos já digitalizados e incorporados aos arquivos eletrônicos do Judiciário.
As entidades foram selecionadas por meio de credenciamento e firmaram convênio para fazer a coleta por dois anos. Segundo o catador Júnior Santos Alencar, da Ascajan, a doação vai proporcionar aumento da renda salarial e ajudar no sustento dos três filhos. Cerca de 35 famílias fazem parte da associação.
 Musamara Pereira, tesoureira da Rosa Virgínia, destacou a qualidade do material. “É um papel branco e limpo, com mais valor de mercado. Além disso, vai diminuir o tempo que passamos na rua procurando material”.
A ação é promovida pela Assessoria Institucional do TJCE em parceria com a Secretaria Judiciária. A medida atende ao Provimento nº 18/2011 e à Resolução nº 02, do TJCE, que estabelece a responsabilidade socioambiental como um dos objetivos do Plano Estratégico do Poder Judiciário cearense.
TJCE

Juiz determina afastamento do prefeito de Santa Quitéria por improbidade administrativa


O juiz José Valdecy Braga de Sousa determinou o afastamento do prefeito de Santa Quitéria, Francisco Chagas Magalhães Mesquita, de cinco secretários e quatro servidores por atos de improbidade administrativa. A decisão, proferida nessa quinta-feira (29/11), tem como objetivo garantir o andamento da instrução processual na apuração das irregularidades apontadas.

Segundo denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), o gestor desviou o montante de R$ 1.391.170,87, o que caracteriza apropriação indevida. A verba seria utilizada para pagamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais e do Imposto Sobre Serviço (ISS), entre outros.

A denúncia, que teve como base inspeção realizada pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), também constatou irregularidades na contratação de servidores, de processos licitatórios e no controle de gastos da Prefeitura, distante 222 Km Fortaleza.

Por conta disso, o MP/CE ajuizou ação, com pedido liminar, solicitando o afastamento e a indisponibilidade dos bens dos envolvidos. Argumentou que os acusados poderão tumultuar a coleta de provas, caso permaneçam nos cargos.

O magistrado, que é titular da 1ª Vara de Santa Quitéria, concedeu a liminar afastando preventivamente o prefeito e mais nove acusados. “É preferível adotar tal medida a colocar em risco a instrução processual e a própria sociedade, pela prática de atos como omissão de documentos ou destruição de provas e ameaças a testemunhas”.

Também decretou a indisponibilidade dos bens para assegurar eventual e integral ressarcimento dos prejuízos ao erário municipal. Em consequência, determinou que o vice-prefeito suceda o chefe do Executivo imediatamente, até ulterior deliberação.

Ordenou, ainda, a suspensão de todos os contratos temporários realizados durante o período eleitoral, que se mostram nulos de pleno direito. Além disso, suspendeu os contratos celebrados com as seguintes empresas: Meritus Consultoria e Controladoria Governamental, F.A. Moreira Souza-ME e Itarget TEC. da Informação Ltda., por indícios de que não estão realizando os serviços contratados.

RELAÇÃO DOS ACUSADOS

FRANCISCO CHAGAS MAGALHÃES MESQUITA, PREFEITO DE SANTA QUITÉRIA;

ANTONIO ARNOBIO G. LOBO PARENTE, SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO;

REGINA ELENA MAGALHAES,SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO;

ANTONIO JERLAN MESQUITA LEITÃO, SECRETÁRIO DE FINANÇAS;

ANA RACHEL MAGALHAES MESQUITA,SECRETÁRIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL;

KALINE COSTA MOUTA, TESOUREIRA;

FRANCISCO MARDO MARTINS PARENTE,EX-SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS;

QUITÉRIA RÉGIA TAVARES ANDRE MORORÓ,SECRETÁRIA DE SAÚDE;

JOÃO AUGUSTO MESQUITA, CHEFE DO SETOR DE TRANSPORTES DA PREFEITURA;

VANESSA DE PAULA RODRIGUES, PRESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO (CPL).

Cristovam lembra que projeto do Senado já destina 'royalties' à educação


A medida provisória anunciada nesta sexta-feira (30) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destinando 100% dos royalties dos contratos de concessões futuros de petróleo à educação é muito semelhante ao Projeto de Lei do Senado 594/2011, já em tramitação no Senado. A afirmação é de um dos autores da proposta, senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
O PLS 594/2011, também assinado pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), tem poucas diferenças do anunciado pelo governo federal. A principal delas é que os recursos dosroyalties não iriam diretamente para investimentos na educação, como prevê a MP a ser encaminhada ao Congresso Nacional, mas formariam um fundo cujos rendimentos seriam investidos na área. A idéia de se criar um fundo é assegurar que os recursos durem “para sempre”, como explicou Cristovam.
- Usando apenas os rendimentos do fundo, sempre teríamos dinheiro para investir. Agora se usarmos os royalties diretamente na educação, eles podem acabar. Estaremos cometendo o mesmo erro da época da exploração do ouro – argumentou o senador, enfatizando que o petróleo, assim como o ouro, é um recurso mineral finito.
Outra distinção entre o projeto em tramitação no Senado e a proposta de Dilma é que, no PLS, há uma determinação para que um terço do recurso a ser investido na educação se destine à educação para a inovação. A exigência é uma forma de estimular a inovação para desenvolvimento do país.
Cristovam Buarque lamentou que a presidente Dilma tenha preferido legislar por meio de medida provisória a aproveitar um projeto que já está em andamento no Congresso Nacional há pelo menos um ano e meio – em 2008, o senador apresentou proposta parecida no Senado, mas acabou sendo arquivada, depois de rejeitada. Em sua avaliação, o governo faz questão de ter a “paternidade” da proposta. O senador acrescentou que deve brigar pelo seu projeto.
Decisão acertada
Wellington Dias (PT-PI) avaliou como acertada a decisão da presidenta Dilma Rousseff de editar uma medida provisória destinando para a educação 100% dos royalties de estados e municípios provenientes dos contratos futuros de exploração de petróleo. Segundo ele, é objetivo comum do governo e de todo o Congresso Nacional, atingir a meta de ampliar para 10% do Produto Interno Bruto (PIB) os investimentos na educação, que foi definida pela Câmara dos Deputados com a aprovação Plano Nacional de Educação (PLC 103/2012) em outubro.
Agência Senado

No seminário do PSB, Eduardo Campos critica centralismo fiscal

Embora com a ressalva de que "não é hora de ?eleitoralizar' o debate e de inventar brigas que não existem e que não levam a nada", o governador de Pernambuco e eventual candidato do PSB a presidente, Eduardo Campos, fez hoje duras críticas ao centralismo fiscal governamental e propôs que Estados e municípios sejam compensados pelas desonerações tributárias feitas pela União. Em seminário do Partido Socialista Brasileiro (PSB), o governador foi nove vezes interrompido por aplausos.

Campos contornou todas as perguntas sobre sua eventual candidatura, mas usou frases ambíguas. Por exemplo: ele disse que nem PSB, PT, PSDB, entre outros, sabem dizer "o que vai acontecer em 2014". No entanto, ressaltou, ao se referir ao governo Dilma: "Nós vamos ajudá-la a ganhar o ano de 2013". Trata-se de uma referência ao baixo crescimento previsto do PIB para este ano, menor que o dos EUA, "onde está o centro da crise".

O presidente do PSB pregou "uma grande repactuação" para um "novo federalismo". O governador destacou que as desonerações produziram resultados no início da crise, em 2008. "Quer dizer, a gente perdeu, mas a gente ganhou o crescimento".

Mas agora - afirmou - "quando se usa novamente esses mesmos mecanismos num quadro de baixo crescimento econômico, em que muitas mudanças (...) agiram sobre as despesas (pisos salariais, por exemplo), nós temos a perdas, mas não temos a compensação que viria do crescimento".

"Nós temos que ter mecanismos de compensação nas desonerações tributárias", disse. Segundo o argumento de Campos, "na hora que o município faz seu planejamento, conta com aquele dinheiro, faz a projeção do ano, acerta a vida dele com os servidores, e programa o ano nas ações de custeio e investimento".

Quando o governo federal decide desonerar o IPI, por exemplo, isso altera toda a previsão de arrecadação feita por Estados e municípios, porque parte do imposto compõe os fundos de participação de Estados e municípios.

Campos diz que o PSB propõe o debate "sem se colocar como dono da verdade, mas afirmando que a federação que está aí é imperfeita: nós queremos um Brasil melhor, repactuado, que possa nesse século 21 vencer distorções importantes como na educação, nas disparidades sociais, mas também no arranjo de seu pacto federativo".

"Não vamos dizer que o sistema tributário brasileiro é uma beleza. É horrível. Precisamos conversar política de desoneração também, que não seja só para um segmento ou outro. Às vezes um segmento impacta mais em um Brasil, mas não impacta necessariamente em outro Brasil", disse.

"Se vamos fazer desonerações tributárias que vão ser carregadas nas costas, sobretudo do Brasil mais profundo, a gente precisa desonerar também a economia dessas áreas. (...) Vamos fazer desonerações transversais, para todos. Vamos fazer uma grande pactuação nacional , municípios, Estados e federação para baixar a carga tributária em 10%, de maneira que aí a realidade do município de 10 mil habitantes lá no Norte vai ser impactada tanto quanto a realidade do ABC paulista".

"Se é importante que se desonere a indústria automobilística", afirmou Eduardo Campos, "também é importante que se desonere a pequena iniciativa, a agricultura familiar, o setor de serviços, que emprega muito, e outros ramos da indústria alimentícia".

Campos fez uma referência indireta às críticas feitas, na eleição, à política de alianças do PSB, que correu em faixa própria em cidades como Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e Fortaleza (CE).

"Estamos claramente colocados para ajudar a presidente Dilma a tomar as atitudes que precisam ser tomadas para que a economia brasileira cresça em 2013 bem mais do que ela cresceu este ano e no ano passado", afirmou.

"Não vamos trazer para a cena as marcas das disputas que fizemos e fizemos com grande coragem. O PSB fez a disputa sem abrir mão de sua identidade, de sua coragem de combater. Não abrimos onde não era para abrir, enfrentamos o que enfrentamos, mas para nós isso passou. A hora é de enfrentar o futuro".

Justiça tira do ar blog usado pelo PCC


A Polícia Civil conseguiu na Justiça a retirada do ar de um blog do Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão foi tomada pela juíza Flávia Castellar Olivério, do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo), do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A existência do blog "primeirocomandodacapital" foi detectada pela polícia no começo de novembro. Nele, pessoas que se identificavam como integrantes da facção criminosa ("Representamos a facção PCC") publicavam textos de apoio às ações dos bandidos ("O crime é o crime. E, se mexe com 'nóis', 'nóis' corresponde!").
Em uma das seções do blog, havia o estatuto da facção com o conjunto de regras que devem ser cumpridas pelos bandidos batizados – aqueles que resolvem fazer parte da organização. Um dos documentos faz uma advertência às autoridades: "Conhecemos nossa força e a força de nossos inimigos". O texto termina com o lema da facção: "Paz, Justiça e Liberdade".


Detectado pelo Comando da Polícia Militar, o blog foi alvo de uma correspondência entre o ex-comandante-geral Roberval França e o ex-delegado-geral Marcos Carneiro Lima. A PM informou à Polícia Civil sobre o blog. Coube ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) a investigação.
No dia 13, o delegado Hélio Bressan, do Deic, representou à Justiça para que o blog fosse retirado do ar. O delegado também pediu que o conteúdo fosse armazenado pelo provedor e a quebra do sigilo cadastral do autor do blog, "bem como do endereço IP utilizado para a conexão por ocasião da criação do blog".
Em sua decisão, a juíza diz que o conteúdo do blog demonstra que, "em tese", ele era usado para "a prática de incitação e apologia ao crime". Para ela, a quebra do sigilo dos dados cadastrais deve ser feita porque "não se pode admitir tais condutas sob a proteção do anonimato, com a utilização de pseudônimos, razão pela qual também não se justifica a manutenção da página na internet". 

Senado faz sessão especial para homenagear Luiz Gonzaga


O Senado realizará, na segunda-feira (3), às 11h, sessão especial para comemorar o centenário de nascimento do compositor e cantor Luiz Gonzaga. Na justificativa do requerimento, assinado pelos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE), Armando Monteiro (PTB-PE), Humberto Costa (PT-PE), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Vicentinho Alves (PR-TO), os parlamentares destacam que Luiz Gonzaga foi um dos artistas que mais contribuiu para a unificação geográfica da cultura brasileira, por meio da comunhão de sentimentos e valores comuns.
"O gaúcho nos pampas, o vaqueiro nos cerrados, o seringueiro na Amazônia, o habitante das grandes cidades. Não há brasileiro que não se emocione ao ouvir os primeiros acordes de Asa BrancaVozes da SecaAssum PretoBaiãoParaíbaJuazeiroQue nem Jiló", afirmam.
Além disso, os senadores ressaltam que o compositor tem sobrevivido, como poucos, no coração e na memória de sucessivas gerações.
- Luiz Gonzaga do Nascimento é uma glória imorredoura do grande Estado de Pernambuco; é um patrimônio imaterial de todos os nordestinos; e é, finalmente, um milagre brasileiro - destacam.
Luiz Gonzaga nasceu na cidade de Exu (PE), em 13 de dezembro de 1912, e desde criança se interessou pela sanfona tocada pelo pai. Ainda jovem, tornou-se conhecido como sanfoneiro, apesar de prestar serviço militar por quase toda a década de 1930. Foi responsável por popularizar o baião no país, nas décadas de 1940 e 1950, fechando contrato com a gravadora RCA Victor e se apresentando em rádios do Rio de Janeiro.
O Rei do Baião continuou se apresentando e gravando discos pelas décadas seguintes. Entre os muitos parceiros, destacam-se Humberto Teixeira, José Marcolino, Zé Dantas e João Silva.
Luiz Gonzaga morreu em 2 de agosto de 1989, em Recife, aos 76 anos.
Em outubro deste ano, foi lançado o filme Gonzaga, de pai para filho, de Breno Silveira, que conta a trajetória do músico e sua relação turbulenta com o filho Gonzaguinha, cantor e compositor de sucesso nos anos 1970 e 1980.
Agência Senado

Eduardo Campos critica Dilma por ter vetado divisão dos royalties sem diálogo


Em nota divulgada na noite desta sexta-feira (30), o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, disse que "lamenta" a decisão da presidente Dilma Rousseff (PT) de vetar o artigo de lei que regulamenta a partilha dos royalties de petróleo. Para o socialista, faltou conversa.
"Lamento que o veto tenha acontecido sem que houvesse um entendimento para garantir a solução do impasse sem a fratura que agora se consolida. Deveríamos ter insistido em buscar um acordo depois de termos avançado tanto. E, principalmente, deveríamos ter conversado antes da decisão de vetar", avaliou. Eduardo ainda disse no texto que acredita que Dilma será derrotada na Câmara quando ocorrer a votação do veto.
O governador, que protagonizou embates com o PT em diversas cidades nas eleições deste ano, enviou uma carta à presidente na quarta (28), na qual reafirmou sua critica à votação do projeto de lei pelo Congresso em momento inadequado. Na carta, ele lembrou ainda ter sido sempre favorável à preservação dos direitos dos estados produtores, mas pedia a sanção da lei garantindo desde já receitas para os estados não produtores.
Blog do Jamildo

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Plenário pode votar pontos da reforma política na semana que vem


O Plenário pode votar na próxima semana alguns pontos do projeto de lei da reforma política, como o fim das coligações proporcionais nas eleições; o sistema eleitoral misto; a coincidência de data das eleições; e o financiamento público de campanhas eleitorais.
O presidente da Câmara, Marco Maia, afirmou que pretende colocar em votação esses pontos. A definição das propostas que serão votadas, no entanto, só ocorrerá após a reunião com os líderes partidários, na terça-feira (4).
parecer do relator da reforma política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), foi apresentado no início do ano na comissão especial sobre o tema, mas nunca houve consenso para a votação integral do texto.
Três MPs
Nas sessões ordinárias, a pauta do Plenário está trancada por três medidas provisórias: a 575/12, que trata de aporte público às parcerias público-privadas (PPPs); a 577/12, que regulamenta a intervenção em empresas do setor elétrico; e a 585/12, que prevê auxílio de R$ 1,95 bilhão da União para estados e municípios.
Em relação à MP 575/12, os deputados precisam votar emenda do Senado ao parecer aprovado na Câmara. A emenda exclui o artigo que prevê pena de detenção de seis meses a dois anos para o uso de potência de transmissão de rádio acima de 100 W sem outorga.
Originalmente, a MP 575 permite aos governos realizar pagamentos às empresas com as quais mantêm PPPs antes do término das obras. Essas parcerias foram criadas em 2004 para estimular a participação das empresas em projetos com grande necessidade de investimento, com valor igual ou superior a R$ 20 milhões.
Diversos assuntos foram incluídos na MP durante sua análise na comissão mista, como a criação de cargos para os ministérios do Esporte e da Integração Nacional; e a isenção doPIS/Pasep e da Cofins para o trigo, sua farinha e a pré-mistura para pão por mais um ano (até 31 de dezembro de 2013).
Intervenção no setor elétrico
No caso da MP 577/12, os deputados vão analisar o parecer da comissão mista. O texto original da MP autoriza a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a intervir em distribuidoras com dificuldades de manter o serviço.
A primeira intervenção com base na MP ocorreu em 31 de agosto, dia seguinte à sua publicação, em oito empresas do grupo Rede Energia.
O prazo da intervenção permitido pela MP será de até um ano, prorrogável uma única vez por até dois anos. Os acionistas terão 60 dias para apresentar um plano de recuperação e de correção das falhas e transgressões.
O texto aprovado na comissão mista, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), contém várias mudanças na MP e outros sete temas, a maior parte ligada à legislação tributária.
Entre os assuntos novos está o aumento de R$ 85 mil para R$ 100 mil do valor máximo de imóveis que poderão se beneficiar do programa Minha Casa, Minha Vida.
Exportações e Copa do Mundo
A MP 585/12, que também tranca a pauta, autoriza o repasse de R$ 1,95 bilhão da União aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para fomentar as exportações e compensar as perdas com a isenção tributária para produtos exportados estabelecida pela Lei Kandir (Lei Complementar 87/96).
O relator da medida na comissão mista, deputado Vicente Candido (PT-SP), incluiu no texto retroatividade da isenção tributária concedida às obras dos estádios das copas do Mundo e das Confederações, beneficiando aqueles com projetos apresentados antes de 21 de dezembro de 2010, data de publicação da lei que criou o regime especial de tributação, conhecido como Recopa.
Segundo o relator, isso beneficiará, por exemplo, os estádios do Corinthians e do Internacional, que começaram as obras antes de conseguirem habilitação no Recopa.

Há 140 anos acontecia a primeira partida de futebol !


O futebol tem uma origem que remonta a priscas eras passando pela Grécia antiga e pela China, mas o jogo mesmo com 11 homens de cada lado tentando colocar uma bola dentro do gol é bem mais recente. E hoje é um dia especial para os amantes do velho esporte bretão. Foi exatamente num dia 30 de novembro, mas de 1872, há 140 anos, que foi dado o pontapé inicial com a primeira partida oficial da história do futebol.
Na ocasião, 4 mil espectadores acompanharam o jogo entre Escócia e Inglaterra no campo do West of Scotland Cricket Club, em Partick, perto de Glasgow. A partida acabou 0 a 0, mas o encontro foi histórico por tudo o que o futebol se transformaria no século seguinte.
Na ocasião, a Inglaterra jogou numa formação de fazer os defensivistas ficarem de cabelo em pé. Um 1-1-8 que poderiamos descrever como uma tática kamikaze. Mais conservadora e cautelosa, a Escócia entrou em campo numa formação também jamais vista no futebol moderno: 2-2-6.
Apesar dos times altamente ofensivos, o placar não saiu do 0 a 0. Pior para a Escócia, que jogava em casa e ainda tinha o árbitro da partida, o escocês Willy Kease.
Na Escócia, todo o time era formado por jogadores do Queens Park, time que conquistou os primeiros títulos da história do país com o tricampeonato da Copa da Escócia entre 1874 e 1876 e que hoje está na quarta divisão escocesa.
Já o esquadrão inglês era formado por jogadores de nove equipes diferentes. A base era a Oxford University, com três jogadores: Frederick Chappell, Arnold Kirke-Smith e Cuthbert Ottaway.  O time hoje disputa apenas ligas amadoras.
Mas também havia representantes de equipes conhecidas hoje na Inglaterra como o Sheffield Wednesday e o Crystal Palace, ambos da segunda divisão. O atacante Charles Clegg jogava no Sheffield enquanto o também atacante (quem não era atacante no time?) Charles Chenery era do Palace.
Embora tenha sido a primeira partida oficial, Escócia e Inglaterra já tinham se encontrado em outras cinco oportunidades entre 1870 e 1872, mas havia apenas um jogador filiado nestas partidas, Robert Smith, do Queens Park. Robert e seu irmão James Smith também estariam presentes no primeiro jogo oficial.
Depois daqueles jogos disputados ainda de forma amadora e com os escoceses reclamando que o seu time não era 100% local, pois havia alguns jogadores anglo-escoceses na equipe, o secretário-geral da Federação Inglesa, Charles Alcock, propôs, em entrevista a um jornal escocês, uma nova partida em caráter oficial. Os ingleses só revelaram a preocupação com o número de jogadores em campo. Eles não queriam que ele fosse maior do que o de 11 atletas de cada lado como o futebol é jogado hoje em dia.
"Não nos importamos de de jogar com mais de 11 (jogadores). Mas na nossa opinião, quanto maior for o número de jogadores, o jogo torna-se menos científico e mais um ensaio de força bruta".
Inicialmente, os escoceses não responderam ao desafio. Na época, a Escócia praticava um jogo com pequenas diferenças nas regras em relação ao que os ingleses disputavam.
Uma carta da federação escocesa dizia: "O desafio de Mr. Alcock's de um encontro com os 11 da Escócia nos soa muito bem e é sem dúvida bem vindo. Mas não é geralmente sabido do senhor Alcock que os adeptos das regras da associação não vão encontrar nenhum adepto na Escócia".
Mas as duas federações se acertaram e o time do Queens Park foi enviado a Glasgow para representar a Escócia na partida histórica em novembro de 1872. O jogo foi marcado para o dia 30 por ser o dia de Saint Andrew, o patrono do país.
O time escocês foi selecionado pelo goleiro e capitão Robert W. Gardner. Já os ingleses foram convocados pelo próprio Alcock, que não jogou porque estava lesionado. A partida foi inicialmente marcada para as 14h, mas teve que ser adiada em 20 minutos por causa da neblina que cobria o gramado. Cada um dos quatro mil espectadores pagou um shilling, a moeda da época, para ver a partida.
Os escoceses jogaram de azul escuro enquanto os ingleses de branco. A Inglaterra também usava bonés enquanto os escoceses cachecóis vermelhos. A partida foi descrita pela imprensa da época como bastante disputada, com alguns lances e dribles. A Escócia jogou melhor no primeiro tempo, mas na etapa final, os ingleses equilibraram o jogo. Bom, acho que podemos dizer que o resultado foi justo, não é verdade?
E assim o primeiro jogo oficial terminou num movimentado (para os padrões da época) 0 a 0. Era o início da história do esporte mais conhecido do mundo.
E aí vai a ficha técnica do jogo:
Escócia 0 x 0 Inglaterra
Local: West of Scotland Cricket Club, em Partick
Árbitro: Willy Keay (Escócia)
Escócia: Robert W. Gardner, William Ker e Joseph Taylor; James Thomson e James Smith; Robert Smith, Robert Leckie, Alexander Rhind, Billy MacKinnon, Jerry Weir e David Wotherspoon.
Inglaterra: Robert Barker e Ernest Greenhalgh; Reginald de Courtenay Welch; Frederick Chappell, William Maynard, John Brockbank, Charles Clegg, Arnold Kirke-Smith, Cuthbert Ottaway, Charles Chenery e Charles Morice.

Governo anuncia decisão sobre royalties; veja íntegra

Ao anunciar a nova divisão dos royalties do petróleo nesta sexta-feira (30), o ministro Aloizio Mercadante (Educação) afirmou que a presidente Dilma Rousseff editou uma medida provisória que garante a destinação dos recursos dos royalties de novas áreas de petróleo no país para a educação. Veja a íntegra do evento no qual o governo federal apresentou a nova divisão dos royalties, seguido da coletiva de imprensa

Capa da VEJA deste fim de semana