segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Após show em Brasília, Marisa Monte tieta Joaquim Barbosa


O futuro presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa prestigiou neste fim de semana o show da cantora Marisa Monte em Brasília e acabou tietado por ela. Ele toma posse na quinta-feira.
Barbosa visitou o camarim após a apresentação, mas coube à cantora, no entanto, o papel de fã. Após tirar uma foto com o ministro, ela postou a imagem na rede social, com a hashtag "verdadeumailusão", referência ao nome do show Verdade, uma ilusão.
A foto recebeu mais de 780 comentários, foi compartilhada 1.070 vezes e foi "curtida" por mais de 14.000 pessoas.
O encontrou entre o dois, que ocorreu no sábado, levou cerca de meia hora.
A popularidade do ministro, que será o primeiro negro a presidir a mais alta corte do país, aumentou com a relatoria do processo do mensalão, maior julgamento da história do tribunal.

Marisa Monte tieta Joaquim Barbosa após show em Brasília

Olha o fim dos salários de vereadores no Brasil !


Ao que tudo indica, o cargo de vereador caberá mesmo aos altruístas apenas. Aquela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da remuneração a legisladores de municípios com até 50 000 habitantes (Mais detalhes em: O fim do salário de vereador) já tem relator e parecer quase pronto.
Cyro Miranda, autor da PEC, está vendendo otimismo. Diz que o relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Aloysio Nunes Ferreira, deve entregar seu parecer até o fim do mês, e com poucas alterações no texto original.
Segundo Cyro, Aloysio planeja incluir somente a previsão de uma ajuda de custo de um ou dois salários mínimos para cobrir custos, como transporte e alimentação. E Eunício de Oliveira já avisou: assim que receber o relatório, põe o projeto em votação na CCJ, o que pretende fazer antes do recesso.
Os vereadores que passem a economizar desde já.
Por Lauro Jardim

Valdetário é reeleito presidente da OAB com 52,16% dos votos

Valdetário Monteiro foi reeleito presidente da Ordem dos advogados do Brasil - Secção Ceará com 52,16% dos votos, contra 45,53% do candidato Erinaldo Dantas. Francisco Colares obteve 2,3% dos votos. Valdetário foi reeleito por uma diferença de 638 votos e ficará no cargo até 2015. Ao total, foram contabilizados 9.628 votos.Segundo o presidente da Comissão Eleitoral, Aldemir Pessoa, o candidato Erinaldo retornou ao local de votação para cumprimentar Valdetário e demais integrantes da chapa, fato que não acontecia há muito tempo na história das eleições da Ordem.

Com informações do Portal O Povo Online.

Justiça eleitoral afirma que Simão Pedro e Matheus Batista assumirão prefeitura de Orós





Festa na cidade de Orós, na manhã desta segunda-feira, 19, o juiz eleitoral da cidade deferiu a candidatura do vice-prefeito eleito, Mateus Batista e com isto põe fim a uma novela jurídica criada pela oposição do município.


O advogado Fabrício Moreira falou sobre a decisão, “ o candidato Simão Pedro nunca teve problema de ordem judicial, apenas aconteceu a mudança do seu vice, saiu o Eliseu Filho e entrou o Matheus Batista, a coligação adversária moveu de má fé ações na tentativa de impedir a posse da chapa vitoriosa, e isto chegou ao fim hoje  com a decisão do juiz eleitoral que deferiu o registro do Matheus Batista e automaticamente  da chapa que é vitoriosa mais uma vez”, afirmou.

Escute a entrevista do advogado Fabrício Moreira:


Em seguida a equipe de reportagem do portal Iguatu.Net entrou em contato com o prefeito eleito de Orós, Simão Pedro, “ estamos emocionados porque fomos caluniados nos últimos dias e com esta decisão prevaleceu a verdade e a vontade do nosso povo. A justiça fez justiça e vamos comemorar nesta noite com uma grande carreata em Orós, uma festa ao lado do nosso povo”, destacou o prefeito eleito.  E nesta noite acontecerá a mega carreata com a participação do prefeito Agenor Neto.

Escute a entrevista do prefeito eleito de Orós, Simão Pedro:

Banco Mundial investe U$ 350 milhões no Ceará


Representantes do Banco Mundial estão no Ceará a partir desta segunda-feira, 19, até a próxima sexta-feira, 23. Eles apresentarão ao governo do Estado o Programa para Resultados (P4R) do Banco Mundial (Bird), que prevê investimento de U$ 350 milhões no Estado do Ceará. O encontro deve acontecer no Palácio da Abolição.
O Estado do Cará será o primeiro estado brasileiro a utilizar o modelo P4R para operação de crédito junto ao Banco Mundial. O novo modelo substituirá a operação SWAp e tem como características o financiamento de programas, desembolso por resultados, fortalecimento da capacidade institucional e gerencia de riscos fiduciários e de salvaguardas.

"O Ceará tem tradição de ousar para avançar e superar desigualdades. Me estimula o desafio de sermos pioneiros", disse o governador Cid Gomes, durante a definição do modelo em maio deste ano.

No Ceará, o Banco Mundial participa com o SWAP há oito anos, desde o SWAP I, em 2004, que teve como meta a consolidação fiscal e o SWAP II, voltado para programa de gestão por resultado no Estado. O P4R tem como meta apoiar o crescimento econômico com redução das desigualdades e sustentabilidade ambiental do Ceará e tem valor de US$ 350 milhões.

O Povo

Justiça nega pedido da TIM para manter promoção


A primeira tentativa da Tim de reaver o direito de comercializar a promoção "Infinity Day" foi frustrada pelo juiz Flávio Marcelo Sérvio Borges, da 17ª Vara Federal do Distrito Federal. Na decisão, o magistrado corrobora a posição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) responsável pela suspensão do serviço na última sexta-feira (16) de que a empresa não demonstra capacidade de suprir a demanda que a promoção geraria.
A promoção, que já funcionava no estado do Rio Grande do Sul, dava direito a ligação para qualquer telefone pelo valor de R$ 0,50. O juiz, ao concordar com os argumentos da Anatel da falta de capacidade da Tim, relembrou que a empresa de telefonia celular já havia sido proibida de vender chips no começo do ano, devido a problemas no sistema e reclamações dos usuários. 
"A promoção veiculada aumentaria o número de chamadas, pelo que, não tendo sido demonstrada oficialmente a capacidade de incremento", diz na decisão.
Sérvio Borges ainda citou a dificuldade, mencionada pela TIM, em avisar os consumidores sobre a interrupção da promoção. Segundo ele, neste quesito "não há problemas", já que o "mundo empresarial é assim mesmo. Dinâmico para comercializar; dinâmico para cancelar".
Na conclusão do despacho, o juiz ainda destaca o valor das tarifas pagas pelos brasileiros, uma das maiores do mundo.
Em seu site, a TIM afirma que tomou conhecimento e cumprirá a decisão judicial que reitera a medida da Anatel sobre a suspensão da promoção Infinity Day.
JB

Dirceu deve começar a cumprir pena em penitenciária de Tremembé


Segurança máxima Se depender das avaliações técnicas do governo paulista, José Dirceu iniciará o cumprimento da pena imposta pelo STF na penitenciária José Augusto César Ribeiro, em Tremembé. O Bandeirantes considera improvável a ida do ex-ministro para centros de ressocialização, como o de Limeira. Em regra, esses estabelecimentos acolhem condenados a menos de 10 anos --Dirceu recebeu punição 10 meses maior pelo mensalão, embora deva ficar menos de 2 anos em regime fechado.

Painel

Sponholz


Há 43 anos Pelé marcava milésimo gol contra o Vasco no Maracanã


Há exatos 43 anos, Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, marcava de pênalti contra o Vasco da Gama, no estádio do Maracanã, o seu milésimo gol. A marca histórica de Pelé - anos depois repetida por Romário, do Vasco -de 1969, foi conseguida às 23h11 diante de 65.157 pagantes. A partida era válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o campeonato brasileiro da época. 
Aos 33 minutos do segundo tempo o zagueiro do Vasco Renê cometeu pênalti. Pelé cobrou com pé direito no canto esquerdo do goleiro argentino Andrada. 
Cercado pelos repórteres, Pelé disse: "Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas".

Veja o gol:

"O diabetes vai levar a saúde pública à falência", diz endocrinologista


Diretor do Joslin Diabetes Center, um dos principais centros de referência do mundo em diabetes, e professor da Universidade Harvard, Enrique Caballero quer uma mudança radical: deslocar recursos do tratamento para a prevenção. "A quantia gasta com hospitais, cirurgias e diálises é imensa."



O diabetes mata mais do que o câncer e o HIV juntos. Silenciosa, a doença pode apresentar os primeiros sintomas apenas 15 anos depois de seu início. Nesse estágio, a condição já apresenta complicações que variam da disfunção sexual à amputação de uma perna. Dados do Ministério da Saúde apontam que em apenas 12 anos o número de mortes em função da doença aumentou 38% — passando de 24,1 mortes por 100.000 habitantes, em 2006, para 28,7 mortes por 100.000 em 2010. A epidemia de diabetes cresce de mãos dadas com o avanço da obesidade.
De passagem pelo Brasil para participar do 30º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia, que aconteceu em Goiânia entre 7 e 10 de novembro, o endocrinologista mexicano Enrique Caballero acredita que para barrar o avanço da doença é preciso que se invista em políticas de prenveção. Diretor da Iniciativa Latina para o Diabetes do Joslin Diabetes Center — um dos principais centros mundiais de referência no estudo da doença — e professor da Universidade de Harvard, Caballero afirma que o avanço da doença pode levar os sistemas públicos de saúde à falência. "Se gastam milhares e milhares de dólares com as complicações do diabetes. Claro que o paciente precisa de tratamento, mas isso não resolve. Para barrar o crescimento da doença, deve-se investir em prevenção.”
Em entrevista exclusiva ao site de VEJA, Caballero fala sobre a importância do diagnóstico precoce e faz o alerta: "Não vá ao médico apenas quando já estiver se sentindo mal. Mesmo que esteja bem, vá e peça para fazer o exame que mede os níveis de glicose no sangue. É algo simples e que pode ajudar na prevenção da doença." Caballero fala ainda sobre a necessidade de um maior envolvimento social e político nas estratégias de prevenção da doença, na importância da farmacoeconomia e sobre as perspectivas de cura do diabetes. 
O diabetes tem sido subestimado? Diabetes mata mais que câncer e HIV juntos. Quando se ouve a palavra câncer ou a palavra aids, se tem medo. Ao ouvir diabetes, normalmente se pensa apenas em evitar alguns doces. O diabetes vai matar mais, e as pessoas não sabem disso. Acredito que a doença não tem sido encarada como uma condição séria, que pode levar a muitas complicações. O diabetes é a causa número um de cegueira e de falência crônica dos rins. Ele é ainda uma das principais causas para doenças cardiovasculares e para amputações não traumáticas. Até mesmo problemas de ereção podem ser uma consequência da doença. O diabetes pode ser uma doença devastadora. É importante que as pessoas não esperem se sentir mal para ir ao médico. Vá, mesmo que esteja tudo aparentemente bem com a sua saúde, e peça um exame de sangue para medir a glicose. Quanto mais cedo a doença for identificada, mais chances de controle e de evitar complicações.
Como o senhor vê a situação do diabetes no Brasil? O Brasil está enfrentando um enorme desafio com o diabetes tipo 2. De acordo com os dados mais recentes da Federação Internacional para o Diabetes, o país é o quinto em número total de pessoas com diabetes tipo 2. Até 2030, acredita-se que o Brasil vá subir um degrau nessa lista. Mas acredito que o número de diabéticos calculado está errado. Ele deve se referir apenas às pessoas diagnosticadas, e existe muita gente que tem a doença e não sabe. E não sabe porque o diabetes é uma doença silenciosa. Pode levar até 15 anos para que os primeiros sintomas comecem a aparecer.
Por que o número de diabéticos não para de crescer? Em primeiro lugar, acredito que há uma predisposição genética para o desenvolvimento do diabetes tipo 2 no Brasil. Isso acontece na população latina em geral. O Brasil combina diferentes fatores, do ponto de vista racial: há combinações de genes indígenas e negros, por exemplo. O que sabemos é que existe a resistência à insulina, e essa resistência é determinada geneticamente. Na população brasileira, as células beta [produtoras de insulina no pâncreas] tendem a ficar mais cansadas de maneira mais fácil, comparando a outras populações não latinas. Essa combinação de resistência à insulina com uma a disfunção das células beta está mantendo o diabetes tipo 2 em ascensão.
É possível reverter o crescente aumento no número de casos da doença? Acredito que sim, mas é preciso enfatizar a prevenção. Um dos problemas é que queremos trabalhar com adultos, mas é muito difícil convencer um adulto a mudar um estilo de vida que perdura por décadas. Precisamos começar mais cedo, com as crianças. Com certeza, essa não é uma solução simples e rápida. Os governos devem implementar estratégias para deixar as comunidades mais saudáveis, o que significa ajudar, de fato, as pessoas a serem mais saudáveis, a se exercitarem mais. Por isso, acho que o controle do diabetes é um problema social e político, não só uma questão de saúde.
Os tratamentos mais baratos, inclusive os distribuídos no Brasil pelo Sistema Único de Saúde, são também aqueles que mais apresentam efeitos adversos. Vale a pena usá-los? Existe uma nova maneira de olhar para isso chamada farmacoeconomia. Se você opta por oferecer o tratamento mais caro, e ele está realmente ajudando o paciente e provocando poucos efeitos colaterais, então seu custo será mais baixo a longo prazo. Isso acontece porque se previnem problemas futuros e dispendiosos, como necessidade de ida ao hospital e internações. Esse raciocínio vem sendo levado em consideração para decidir se basta olhar apenas para o custo da medicação ou para uma intervenção com prazo mais extenso. Mas isso é algo relativamente novo.

No Brasil há uma boa política para o diabetes? 
Há alguns esforços, mas eles não são suficientes. Em todo país se gastam milhões e milhões de dólares em complicações do diabetes. São gastos em hospitais, com cirurgias e diálises, por exemplo. Essa quantia gasta com as complicações é imensa, e vai levar os sistemas públicos de saúde de todo o mundo à falência. O problema é que não se investe em prevenção. Não há recursos para educar famílias e investir em programas de intervenção na comunidade. O benefício, claro, não será visto imediatamente, mas é o certo a se fazer: deslocar parte do dinheiro gasto nas complicações tardias da doença para a prevenção. É algo radical, mas é o que precisa ser feito. 
 
Estamos perto da cura? Um dos principais objetivos do Joslin Diabetes Center é encontrar a cura. Mas ainda não estamos lá. Tanto para o diabetes tipo 1 como para o 2, o principal problema é que as células do pâncreas se cansam, elas não trabalham muito bem. A cura para o diabetes seria encontrar uma maneira que faça com que as células do pâncreas não se cansem, ou que se seja capaz de produzir novas células. O que se pode fazer são transplantes de ilhotas [conjunto de células unidas em formato de uma esfera] para o pâncreas. Uma outra abordagem que vem sendo estudada é o uso de células-tronco, que são induzidas a se transformarem em novas células produtoras de insulina no pâncreas.
 
Algumas dessas técnicas já têm resultados animadores? Podemos curar o diabetes em animais com o transplante de ilhotas, porque o sistema imunológico deles não é tão sofisticado quanto o do homem. Assim, eles não destroem as novas células transplantadas. Em humanos, no entanto, essa técnica causa uma cura apenas temporária, de uns 18 meses, mas depois disso as novas células são eliminadas pelo sistema de defesa. Atualmente, os estudos caminham para a inserção dessas células em microcápsulas, que evitariam a rejeição pelo corpo. Ainda não obtivemos sucesso nisso. Em relação às células-tronco, a gente já consegue fazer com que elas se transformem nas células beta do pâncreas, que são as produtoras de insulina. Elas já têm uma estrutura perfeita, mas ainda não conseguimos fazer com que produzam insulina em resposta à chegada de glicose.

VEJA

No Dia da Bandeira, historiadores defendem maior discussão dos símbolos nacionais



Hasteada nos mais distintos locais, a Bandeira Nacional, um dos principais símbolos do Brasil, reúne uma série de detalhes obrigatórios que devem ser obedecidos, de acordo a com a legislação. O tamanho, a precisão nas cores, a disposição das estrelas e da faixa central devem ser seguidos à risca, assim como a forma como ela é homenageada e guardada. O 19 de novembro foi instituído Dia da Bandeira em 1889, logo depois da Proclamação da República.
No ensino fundamental, são obrigatórias as aulas sobre os símbolos nacionais, mas os historiadores defendem a ampliação da discussão sobre o tema. Eles sugerem que assuntos relativo aos símbolos – a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional –, como as razões que os motivaram, sejam aprofundados.

O coordenador do Departamento de História do Centro Universitário de Brasília (Uniceub), professor Deudedith Rocha Júnior, disse à Agência Brasil que é essencial ensinar aos estudantes não apenas os aspectos visuais, técnicos e simbólicos, mas, sobretudo, o que representam os símbolos e porque são importantes.
“Os símbolos nacionais representam um marco da identidade brasileira. Cada um tem seu significado e importância. A Bandeira Nacional, por exemplo, passou por várias etapas para chegar à atual. O sentido de nação está diretamente ligado aos símbolos, mas também é importante observar que as mudanças na sociedade fazem com que eles sejam redesenhados”, explicou o historiador.
Para ele, eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 podem ser usados como incentivos à discussão. “O ritual de hastear a Bandeira Nacional, de cantar os hinos [Nacional e da Bandeira Nacional] é importante, mas é interessante também que cada um que participa da situação conheça e reconheça nos símbolos algo que diga respeito a si”, acrescentou o professor.
Em Brasília, a principal cerimônia envolvendo o assunto é a da troca da Bandeira Nacional, que ocorre a cada primeiro domingo do mês. No próximo dia 2, às 9h, a Marinha será responsável pela solenidade, pois há um sistema de rodízio entre as Forças Armadas e o governo do Distrito Federal na coordenação do evento.
No dia da cerimônia, a Bandeira Nacional é hasteada no mastro da Praça dos Três Poderes. Com 280 metros quadrados, a bandeira é a maior do país.
AG.Brasil

Educação e emprego, por Aécio Neves


Realizada em São Paulo na semana passada, a Olimpíada do Conhecimento do Senai reafirmou a sua condição de maior e mais importante evento da educação profissionalizante do Brasil.
Durante cinco dias, 700 alunos disputaram provas em 54 ocupações profissionais. Simultaneamente, competiram no torneio WorldSkills Americas, com a participação de 24 países das Américas e do Caribe. Ano que vem, os nossos campeões participarão da etapa global dessa "Copa do Mundo" da educação profissional, em Leipzig, na Alemanha.
Há razões para nos orgulharmos de nossos estudantes. Em 2011, em Londres, durante a mesma competição internacional, eles conquistaram seis medalhas de ouro, três de prata, duas de bronze e sete certificados de excelência. Classificaram-se em segundo lugar, superando concorrentes de países desenvolvidos como Japão, Suíça e Cingapura.
Por trás desse bom desempenho está a presença da indústria nacional, responsável, em última instância, pela qualidade do ensino oferecido pelo Senai. É, porém, um esforço isolado -praticamente uma ilha de excelência, que não encontra a necessária sinergia com a política educacional brasileira nem apoio para disseminar-se e, assim, alcançar todos aqueles que poderiam conquistar oportunidades de melhores empregos e salários por meio de um diploma técnico.
Os equívocos começam já na definição da matriz educacional que privilegia e incentiva o bacharelado. Apenas 6,6% dos jovens brasileiros entre 15 e 19 anos optam pelo ensino profissionalizante. Na média dos 34 países da OCDE, são 42%, com picos de 55% no Japão, 53% na Alemanha e 40% na França e na Coreia do Sul.
O mais preocupante é que o sonho da universidade se frustra para a grande maioria -apenas 14% dos nossos jovens chegam aos cursos superiores, contra a média de 40% nos países da OCDE. Feitas as contas, constata-se que 86% deles, cerca de 20 milhões, ficam fora das universidades e não conquistaram uma formação profissional. São condenados a empregos de segunda classe, a subempregos.
Diante do risco iminente de um "apagão" de mão de obra no país, fatal para a competitividade das empresas, o Brasil se defronta com o desafio de capacitar, até 2015, 7,2 milhões de trabalhadores com cursos técnicos e de média qualificação para atuar em 177 ocupações, segundo alerta do Mapa do Emprego Industrial, produzido pelo próprio Senai.
O governo parece não ter tempo nem interesse em priorizar essa questão. Ignora que as nações que superaram a pobreza e se tornaram economicamente fortes, socialmente mais justas e soberanas são exatamente as que investiram com seriedade e consequência na educação de sua juventude.