quarta-feira, 10 de julho de 2013

ANJ critica condenação de jornalista em Sergipe

A Associação Nacional de Jornais classificou de “absurda” e “surrealista” a condenação do jornalista José Cristian Góes em uma ação criminal movida na Justiça de Sergipe pelo desembargador Edson Ulisses. Góes foi condenado em 1ª instância por crime de injúria porque, num texto de ficção sobre coronelismo – escrito por ele em primeira pessoa, sem citar nomes, datas ou locais, e publicado em 2012 em seu blog -, o coronel do texto, contrariado com uma greve, chamou “um jagunço das leis, não por coincidência marido de minha irmã”, para expulsar os grevistas.
Segundo a sentença, o “jagunço das leis” seria uma referência a Ulisses, vice-presidente do TJ e cunhado do governador Marcelo Déda (PT). A pena, de sete meses e 16 dias de detenção, foi convertida em prestação de serviços em entidade assistencial. O jornalista vai recorrer da decisão. Ulisses também moveu ação cível contra Góes, ainda sem julgamento.

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