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| Nova legenda poderá contar com 30 deputados federais e dar mais tempo de TV ao projeto nacional dos socialistas. Foto: Carlos Moura/CB/D.A Press |
Após o anúncio da fusão entre PPS e PMN, dirigentes de vários partidos começam a se mobilizar para evitar perdas em suas bancadas e desfiliações. O PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e o DEM, presidido pelo senador Agripino Maia, são os dois partidos mais ameaçados de perder deputados para o novo partido, que será formalizado nesta quarta-feira (17) e deverá se chamar Mobilização Democrática.
Segundos dirigentes do PPS, o objetivo da nova sigla é aumentar o tempo de televisão e os recursos financeiros que a oposição terá na campanha presidencial do próximo ano. No Congresso, as lideranças políticas já fazem os cálculos. O PSD poderá perder 15 dos seus 48 deputados. O curioso é que a legenda poderá ser vítima de um “esvaziamento”, o mesmo movimento aconteceu quando foi fundada a partir de uma divisão e retirou quadros históricos do DEM.
Analistas defendem que a perda dos deputados do PSD tem um reflexo: a relação destes parlamentares com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O socialista é cotado como um dos prováveis candidatos à Presidência da República nas eleições de 2014. E claro, esta movimentação estaria sendo realizada para dar força ao seu palanque numa possível disputa presidencial.
“O que todos têm, a começar por mim, é muita admiração pelo Eduardo (Campos), mas ninguém quer sair”, afirmou o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ao defender que não espera grandes perdas com o surgimento da nova legenda. Campos se reuniu com o presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire, na última semana em Brasília. O governador ofereceu a assessoria de advogados do PSB para organizar o novo partido.
Atualmente, juntos o PPS e PMN possuem 13 deputados. Com a fusão, se espera que a nova legenda chegue aos 30 deputados federais. Este número é suficiente para garantir cerca de um minuto extra na propaganda eleitoral na TV. Os deputados que quiserem migrar para o novo partido terão até o dia 30 deste mês para fazê-lo.
Serra, Campos e Roberto Freire
O ex-governador José Serra (PSDB) recebeu um convite do deputado federal Roberto Freire, que preside nacionalmente o PPS, para se filiar ao novo partido partido no final do mês de março. O projeto inicial é que Serra seja candidato ao governo de São Paulo pela legenda e crie um palanque forte para Eduardo no maior colégio eleitoral do país.
As mudanças também seriam para Roberto Freire, que mudaria de domicílio eleitoral e sairia candidato a deputado federal por Pernambuco. Roberto teria o apoio de Eduardo Campos, que em troca, exigiria que o partido apoiasse seu projeto nacional. O deputado negou oficialmente a movimentação.

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