Manifestações pró e contra o impeachment têm acontecido semanalmente. Os discursos variam, mas existe uma interpretação comum: do lado do governo, o povo e as camadas mais populares; do lado a favor da saída da presidente Dilma Rousseff, a elite. Pelo menos em São Paulo, isso parece ser apenas um mito. Em conjunto com os professores Marcio Moretto Ribeiro e Pablo Ortellado, ambos da USP, a socióloga espanhola e professora da Unifesp Esther Solano vem estudando as manifestações políticas que eclodiram no país – especificamente em São Paulo – desde 2013. Na pesquisa, eles concluem que os atos refletem uma crise de representatividade que é mundial e acabam com a ideia de que há uma divisão entre "povão" e "coxinhas".
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