segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Pesquisa mostra aumento do antipetismo no Brasil

Está crescendo o número de brasileiros insatisfeitos com o PT. Os antipetistas subiram de 7,49% do eleitorado em 1997 para 11,44% em 2014. O número já é proporcionalmente maior do que o das pessoas que declaram preferência por PSDB e PMDB. De todo modo, cresce também o número de eleitores que não manifestam interesse por nenhum partido político.
A pesquisa, divulgada neste domingo (21) pelo jornal Folha de S. Paulo, foi elaborada pelo cientista político David Samuels, professor da Universidade de Minnesota (EUA), em parceria com o também cientista político Cesar Zucco Jr., da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. De acordo com o estudo, o PT é também o mais querido e mais odiado partido do Brasil.Em 2997, cerca de 14% do eleitorado declarava simpatia pelo PT. O número aumentou para 23,28% em 2006 e caiu para 15,95% em 2014. O PMDB e o PSDB também sofreram baixas quanto ao número de simpatizantes.
Em 2014, os dados foram coletados pela Brazilian Electoral Panel Survey, ligada ao Banco Interamericano de Desenvolvimento. Em 1997, foram entrevistadas 2.496 pessoas. Em 2006, a pesquisa ouviu 2.379 cidadãos e em 2014 o número chegou a 3.120 participantes.
Perfil
O pesquisador David Samuels disse à Folha de S. Paulo que acredita que os chamados antipetistas puros são “desiludidos com a democracia, verdadeiros herdeiros do regime militar”. No último levantamento, a maioria dos antipetistas defendia a volta dos militares ao poder. As visões do antipetista puro são mais radicais do que a dos simpáticos ao PSDB. Eles se declaram a favor do aborto, mas são contras políticas sociais como o Bolsa Família e as cotas para negros em universidades públicas. David diz não haver um único motivo para justificar o ódio pelo partido dos trabalhadores. Postura de Lula, Dilma e a ideologia dos políticos do partido são alguns dos motivos.

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