segunda-feira, 30 de março de 2015

PT e PMDB o fim da união ?

O desgaste na relação entre PMDB e PT no cenário político nacional não promete trégua nos próximos meses. Nem mesmo a futura nomeação do peemedebista Henrique Eduardo Ales (RN), para o ministério do Turismo, deve acalmar os ânimos do partido responsável por várias derrotas do governo Dilma Rousseff, nas últimas semanas. 

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), afirmou ao O POVO que a perspectiva para os próximos meses é de distanciamento entre os partidos. “A tendência é que o PMDB se distancie do PT e se aproxime das ruas. Quem criou o problema (crise) foi o governo”, alegou. O peemedebista disparou, ainda, que “se a presidente achar que vai conquistar o PMDB com cargos está equivocada”.

A declaração do senador veio após os institutos de pesquisa Datafolha e CNT indicarem uma forte queda na aprovação de Dilma. Os números indicam o pior momento do PT à frente do governo durante os 12 anos que está no poder.
Líder do governo na Câmara, o deputado federal José Guimarães (PT) avalia, por outro lado, que a chegada de Henrique Alves para o primeiro escalão federal pode ajudar o governo politicamente. “Ajuda a consolidar a base na Câmara. Além disso, ele é um quadro para ajudar o governo”. A indicação do ex-deputado do Rio Grande do Norte tenta apaziguar os ânimos com o presidente Cunha que é próximo a Alves. 
Derrotas
Dilma tem enfrentado dificuldades para aprovar projetos governistas nas duas casas legislativas que têm Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL) como presidentes. Medida Provisória (MP) que revê desonerações da folha de pagamento para vários setores da economia, enviada pela presidência ao Senado, foi devolvida pelo presidente Renan alegando falta de diálogo.

Em outro episódio, a Câmara aprovou, em fevereiro, a obrigatoriedade para liberação de recursos para as emendas dos parlamentares. A medida gera um custo para os cofres públicos de R$ 9,69 bilhões por ano.

Tentando evitar uma nova derrota para deputados e senadores, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem realizado reuniões com a base e oposição para contar com o apoio dos parlamentares e aprovar o pacote que reajusta os gastos do governo.
 O POVO

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