sexta-feira, 6 de março de 2015

Pena de morte

Por vias oficiais, deu-se no Brasil, muita ênfase à execução de um bandido brasileiro, na esfera judicial da Indonésia. Causou espécie porque não somos afeitos ao cumprimento da lei. Apelos humanitários e até maternais; pedidos de clemência e piedade entoaram como hino de louvor ao crime qualificado. 

Aos que morrem aqui, todos os dias, no labor e na defesa da sociedade, não lhes sobra um mínimo de amparo ou proteção. Os direitos humanos só estendem asas para proteger e acolher os malfeitores. As estatísticas continuam inflando na esteira da criminalidade; a corrupção institucionalizada alastra-se por todas as pilastras da República, e não se faz nada.

As drogas inundam todos os níveis da sociedade, devastando nossa reserva de inteligência futura. Assistimos a tudo isso passivamente, lenientes como se fosse uma evolução natural. Para onde foi o nosso patriotismo colonial e a nossa sede de ”ordem e progresso?” Chegamos ao limiar do insuportável. Por quê negar a pena de morte como instrumento de punição, se já existe há séculos, até nos países ricos e civilizados?

Jesus Cristo - o mais justo visitante deste planeta - apregoava em seus ensinamentos: “A árvore que não der bom fruto deve ser cortada e lançada ao fogo”. Estaria Ele referindo-Se à “cicuta?” Ao “teixo” ou ao pé de laranja azeda? Não.

Com toda clarividência a árvore é a pessoa que se desnuda de todos os princípios éticos e cristãos, e abraça a prática de atos inimagináveis que degradam a convivência humana. Jesus, sábio conhecedor da fraqueza do homem, deu à nudez da verdade uma vestimenta de parábola, tornando-a filosófica, suave e aceita por todos. É simples, é como retirar o fruto pobre da caixa de frutos saudáveis. Por isso, e pelos que choram perdas irreparáveis, pena capital aos bandidos perniciosos e avessos à coexistência. 

Pedro Mourão

pr.mourao@hotmail.com
Economista

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