segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Atrito entre PT e PMDB chega ao Ceará


Se em âmbito nacional a relação entre PT e PMDB tem ficado cada vez mais conflituosa, sendo agravada com a busca pela presidência da Câmara Federal, o relacionamento no Ceará entre as duas legendas não é nada amigável desde o último processo eleitoral, quando o petista Camilo Santana concorreu contra o peemedebista Eunício Oliveira ao cargo de governador do Estado. A disputa no Poder Legislativo também tem provocado divergências ainda maiores entre as siglas em nível estadual.
As articulações feitas para uma nova etapa da briga pela ampliação do poder de cada sigla no Estado também deve provocar consequências ainda mais graves para a relação entre as duas agremiações que dividiram nos últimos oito anos os espaços de maiores aliados do ex-governador Cid Gomes e agora ocupam os dois principais papéis na disputa política entre base e oposição no cenário cearense.
Na avaliação de representantes dos dois partidos no Ceará, a tensão existente na relação entre ambas as agremiações faz parte do jogo democrático e não causa risco à força que as duas legendas garantiram nos últimos anos quanto atuaram juntas, mas especialistas em ciência política alertam sobre como este cenário revela que o debate de ideias e projetos foi relegado a um segundo plano para dar lugar a uma disputa pelo poder.
"Na realidade, quando a política é privatizada, deixa de se discutir o futuro da política para se ter apenas uma briga pela perpetuação do poder", avaliou o cientista político Uribam Xavier, da Universidade Federal do Ceará. Já Cristina Nobre, doutora em Sociologia do curso de Serviço Social da Universidade Estadual do Ceará (Uece), chama atenção de como este conflito em diferentes níveis entre PT e PMDB revela a predominância do pragmatismo na política. Diário  do Nordeste

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