Na próxima terça-feira, a CPMI da Petrobras deve definir se convoca ou não o presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Os dois teriam sido citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como envolvidos no esquema de corrupção na companhia. Paulo Roberto Costa fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal e com o Ministério Público em troca de redução da sua pena.
A CPMI se reune na terça para ouvir o gerente de contratos da empresa, Edmar Diniz Figueiredo. Ele deve ser questionado a respeito de pagamento de propina a funcionários para facilitar negócios com a SBM Offshore, empresa holandesa que fornece navios-plataformas. Os contratos da SBM com a Petrobras somam 27 bilhões de dólares.
Em depoimento à CPI Mista em junho, a presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou que uma sindicância interna não encontrou evidência de pagamento de propina a funcionários da empresa.
A CPI Mista tenta conseguir acesso à delação premiada de Costa. O pedido está com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que aguarda a manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para decidir se vai ou não liberar o conteúdo da delação para os parlamentares.
O relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), já afirmou que o acesso a essas informações será fundamental para a conclusão de seu parecer. Enquanto a CPMI já instalada tenta avançar com sua investigação, líderes do PSDB, do DEM, do PPS e do Solidariedade (SD) anunciaram a coleta de assinaturas para a criação de uma nova Comissão para investigar as denúncias envolvendo a Petrobras, logo no início da próxima legislatura, em 2015.
Esses partidos divulgaram nota para esclarecer que não fizeram acordo para proteger políticos na CPMI. Em nota oficial, o PSDB afirma defender “a responsabilização de todos que cometeram eventuais crimes, independentemente da filiação partidária”. (das agências de notícias)
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