O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, condicionou ontem sua candidatura à reeleição ao apoio "exclusivo" da presidente Dilma Rousseff ao seu nome em 2014. Disse que só concorrerá à reeleição se Dilma tiver "palanque único" no estado, excluindo os de partidos aliados no plano federal. PDT e PMDB e PP, que apoiam Dilma, terão candidatos ao governo gaúcho.
— Orientei o govemo, durante todo esse período, com critério. Portanto, sou o representante da presidenta Dilma no estado, apoio a presidenta Dilma, grande parte dos nossos projetos estratégicos está ancorada nos programas da presidenta. Então, é natural que haja a expectativa do nosso partido de que ela tenha palanque único. Se não tiver, vamos discutir quem é o (candidato) mais indicado. E vou argumentar que não sou eu. Vou argumentar que podemos ter outro candidato qualquer para disputar—advertiu.
Dilma chega hoje ao Rio Grande do Sul para participar da cerimônia de inauguração da BR-448, que desafogará o trânsito na Região Metropolitana de Porto Alegre. A obra custou R$ 1 bilhão.
Em 2010, Dilma participou de dois comícios do PT no Rio Grande do Sul, mas também foi a atividades de campanha da çhapa que reuniu PMDB e PDT ao governo estadual. Na época, os dois partidos apoiaram Dilma, embora fossem oposição à candidatura de Tarso.
Tarso também condicionou sua candidatura à aprovação, pelo Coilgresso, de um projeto de lei complementar que renegocia as dívidas dos estados com a União. Desde 1997, o Rio Grande do Sul compromete 17% da receita líquida com o pagamento da dívida, cujo estoque já chega a R$ 42 bilhões. A aprovação do projeto, que enfrenta a resistência do ministro da Fazenda Gui-do Mantega, resultaria numa economia de R$ 850 milhões este ano e de R$ 16 bilhões até 2028.
— Se o PLC da dívida não for aprovado antes das eleições, não sou candidato. Por um motivo muito claro: o próximo governador não fará nada, vai apenas manter os projetos em andamento e pagar salários. •
O Globo
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