terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Heitor Férrer volta a condenar gastos do Governo com shows


O deputado Heitor Férrer (PDT) voltou a usar a tribuna, no tempo de liderança da sessão plenária desta terça-feira (26/02),  para criticar o uso de verbas do Governo em apresentações de bandas de forró e  shows artísticos. Segundo o pedetista, a base de apoio ao governo está mudando o foco da discussão sobre a inauguração do Hospital Regional Norte, quando o Estado pagou cachê de R$ 650 mil para a cantora Ivete Sangalo.

“Eu me pronunciei hoje aqui especificamente sobre este ato abominável do Governo do Estado em gastar R$ 86 milhões com bandas de forró e shows artísticos. Um desses shows foi com o hospital de Sobral, que hoje o jornal O Globo mostra para o Brasil inteiro que o mesmo, após ser entregue e inaugurado, não funciona. O que tem lá são operários e pessoas lavando o chão, sem atendimento médico”, criticou o parlamentar.

Heitor explicou que seu foco não é o hospital, mas o fato de a Assembleia Legislativa se omitir como poder fiscalizador quanto aos gastos com artistas. O parlamentar prometeu encaminhar um relatório ao Ministério Publico e ao Tribunal de Contas do Estado. “Estou encaminhando isso ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas para que estes dois órgãos façam o que não estamos fazendo. A Comissão de Fiscalização e Controle nem fiscaliza e nem controla. A base é do Governo, acredita em tudo que o Governo faz e dá aquilo como verdade absoluta”, criticou.

O deputado citou o número de pacientes que aguardam por cirurgia no Hospital Geral de Fortaleza, criticando a justificativa do governador de que não tem dinheiro suficiente para operar essas pessoas. “Só no Hospital Geral existem 1371 pessoas esperando por cirurgia geral. Todas as urgências totalizam mais de 8 mil pacientes. O Governo não tem dinheiro para operar, mas tem o valor de R$ 86 milhões para pagar shows artísticos na entrega de obras”, salientou.

Por fim, Heitor anunciou um projeto de Lei de sua autoria que será apresentado à Casa, dispondo da proibição de gastos com entrega de obras públicas.

Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) explicou que jamais seria contra a implantação de um hospital, mas que prioridades precisam ser discutidas, quando ao invés de bancar shows artísticos, investir verbas nas emergências dos hospitais.

Já o deputado Carlomano Marques (PMDB) afirmou que Heitor estaria exagerando nos cálculos, já que se dividir os R$ 86 milhões por cada município, seriam R$ 6 mil por mês para todas as comemorações.

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